Pele de Rana Catesbeiana como curativo biológico oclusivo no tratamento de feridas cutâneas produzidas em cães: Alterações macroscópicas e microscópicas resultantes da interação desses tecidos. Estudo preliminar
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Acta Cirúrgica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502002000300002 |
Resumo: | Objetivo: Investigar o efeito da pele de rã como curativo oclusivo em feridas cutâneas. Métodos: Quinze cães mestiços, de ambos os sexos, pesando 9,45 ± 2,62kg, sob anestesia geral, foram submetidos a 34 lesões cutâneas quadradas, com 400mm² de área, localizadas nas regiões toracodorsal direita e esquerda. Nas 17 lesões da região toracodorsal direita, após descongelamento, peles de Rana catesbeiana preservadas em solução de NaCl e glicerol sob temperatura de --4ºC foram empregadas como curativo oclusivo (Grupo Teste). As 17 lesões da região toracodorsal esquerda foram tratadas com gaze umedecida em solução de NaCl a 0,9% (Grupo Controle). As freqüências de feridas cicatrizadas (FC) e não cicatrizadas (FNC) e a incidência de destruição de peles de rã foram analisadas. Cinco séries de amostras de peles de rã foram examinadas histologicamente até o aparecimento de destruição. Características histológicas do processo inflamatório das feridas foram avaliadas através dos percentuais de intensidade de Polimorfonucleares (PPMN), Mononucleares (PM) e Infiltrado Linforreticular (PIL). O testes t de Student bicaudal e qui-quadrado (chi²) foram aplicados quando indicados. Resultados: 1) Não houve diferenças significativas nas freqüências de FC e FNC entre os Grupos estudados; 2) Houve incidência de destruição de peles de 31,00%, limitada à área de contato com a ferida; tendência para aumento da incidência de destruição durante o período de estudo foi sugerida; 3) As alterações histológicas das peles de rã, caracterizadas por infiltrado constituído sobretudo por mononucleares, bem como por destruição das camadas de Malpighi e subjacentes, foram observadas na área de contato com a ferida canina; 4) Os valores do PPMN não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Prevalência do PM e exclusividade do PIL no Grupo Teste foram verificadas. Conclusão: A pele de rã não é efetiva no tratamento de feridas caninas e a rejeição foi sugerida como um fator causal. |
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Pele de Rana Catesbeiana como curativo biológico oclusivo no tratamento de feridas cutâneas produzidas em cães: Alterações macroscópicas e microscópicas resultantes da interação desses tecidos. Estudo preliminarCurativos biológicosPeleCicatrização de feridasCãesObjetivo: Investigar o efeito da pele de rã como curativo oclusivo em feridas cutâneas. Métodos: Quinze cães mestiços, de ambos os sexos, pesando 9,45 ± 2,62kg, sob anestesia geral, foram submetidos a 34 lesões cutâneas quadradas, com 400mm² de área, localizadas nas regiões toracodorsal direita e esquerda. Nas 17 lesões da região toracodorsal direita, após descongelamento, peles de Rana catesbeiana preservadas em solução de NaCl e glicerol sob temperatura de --4ºC foram empregadas como curativo oclusivo (Grupo Teste). As 17 lesões da região toracodorsal esquerda foram tratadas com gaze umedecida em solução de NaCl a 0,9% (Grupo Controle). As freqüências de feridas cicatrizadas (FC) e não cicatrizadas (FNC) e a incidência de destruição de peles de rã foram analisadas. Cinco séries de amostras de peles de rã foram examinadas histologicamente até o aparecimento de destruição. Características histológicas do processo inflamatório das feridas foram avaliadas através dos percentuais de intensidade de Polimorfonucleares (PPMN), Mononucleares (PM) e Infiltrado Linforreticular (PIL). O testes t de Student bicaudal e qui-quadrado (chi²) foram aplicados quando indicados. Resultados: 1) Não houve diferenças significativas nas freqüências de FC e FNC entre os Grupos estudados; 2) Houve incidência de destruição de peles de 31,00%, limitada à área de contato com a ferida; tendência para aumento da incidência de destruição durante o período de estudo foi sugerida; 3) As alterações histológicas das peles de rã, caracterizadas por infiltrado constituído sobretudo por mononucleares, bem como por destruição das camadas de Malpighi e subjacentes, foram observadas na área de contato com a ferida canina; 4) Os valores do PPMN não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. Prevalência do PM e exclusividade do PIL no Grupo Teste foram verificadas. Conclusão: A pele de rã não é efetiva no tratamento de feridas caninas e a rejeição foi sugerida como um fator causal.Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia2002-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502002000300002Acta Cirúrgica Brasileira v.17 n.3 2002reponame:Acta Cirúrgica Brasileira (Online)instname:Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia (SBDPC)instacron:SBDPC10.1590/S0102-86502002000300002info:eu-repo/semantics/openAccessFalcão,Suyiene CordeiroLopes,Silvia LimongiCoelho,Antônio Roberto de BarrosAlmeida,Edvaldo Lopes depor2002-07-01T00:00:00Zoai:scielo:S0102-86502002000300002Revistahttps://www.bvs-vet.org.br/vetindex/periodicos/acta-cirurgica-brasileira/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sgolden@terra.com.br0102-86501678-2674opendoar:2002-07-01T00:00Acta Cirúrgica Brasileira (Online) - Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia (SBDPC)false |
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