POTENCIAL DE ECOTURISMO DO PARQUE NACIONAL MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE (AP)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chagas, Marco Antonio
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6001
Resumo: O Brasil possui 310 unidades de conservação federais públicas, das quais 67 são Parques Nacionais - PNs, categoria onde se permite a visitação e turismo, de acordo com o que estabelece a Lei 9985/00 (SNUC). Na Amazônia Legal, existem 21 PNs, com destaque para o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque – PNMT, criado em 22 de agosto de 2002, maior parque do Brasil e uma das maiores áreas de floresta tropical protegidas do mundo. Com área de 3.867.000 hectares, localiza-se na porção noroeste do Estado do Amapá, com pequena porção (1,2%) no Estado do Pará. O trabalho analisa o potencial de ecoturismo em áreas protegidas no Estado do Amapá, com ênfase no PNMT. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica, e documental baseada no Plano de Manejo do referido parque (aprovado em 10 Março de 2010, pela Portaria do ICMBio no 28), além de entrevistas estruturadas com gestores do mesmo. Os resultados permitiram vislumbrar o grande potencial ecoturístico existente no PNMT, a partir da implementação de programas de Uso Público e visitação nas áreas zoneadas. O Parque possui três áreas prioritárias para Uso Público. A primeira (Pólo Amapari/Araguari), localizada na porção sudeste da unidade, tem acesso via terrestre até o município de Serra do Navio (sede física da UC), e em seguida, via fluvial pelos rios Amapari e Araguari até o Parque. Para esta região, planejam-se atividades de baixo impacto, como o turismo de observação (fauna e flora), caminhadas, acampamentos e trilhas interpretativas. A segunda área (Pólo Oiapoque), localizada na região norte do PNMT, tem acesso terrestre até o município de Oiapoque, em seguida, via fluvial pelos rios Oiapoque e Anotaie. A área tem potencial para o turismo internacional, devido a sua fronteira com o Parque Amazônico da Guiana Francesa, que pode viabilizar atividades conjuntas relacionadas a Uso Público, dentre as quais, a prática de esportes radicais, como montanhismo, rafting e canoagem, oportunizado por seus rios encachoeirados, as quais poderão ser incrementadas com a inauguração no segundo semestre de 2011, da ponte binacional ligando o Amapá (Brasil) à Saint-Georges (Guiana Francesa). A terceira área (Pólo Jarí) localiza-se na porção oeste do Parque, tendo como referência a pista do Molocopote. O acesso somente é possível por via aérea devido a limitações de navegabilidade no médio curso do rio Jari. Poderá receber alguma estrutura para recepção de visitantes, oferecendo excursões fluviais pelo Rio Jari e seus principais afluentes, tanto a montante (até cachoeira Macaé, limite com o Parque Indígena do Tumucumaque) como a jusante (até cachoeira Macaquara). O local poderá servir como base de partida para sobrevoos panorâmicos na região das montanhas da Serra do Tumucumaque (região de fronteira com Guiana Francesa e Suriname). Conclui-se que, apesar do ecoturismo não ser ainda uma realidade no estado, o Amapá pode se transformar em um dos principais destinos ecoturísticos da Amazônia, considerando a grande riqueza de recursos naturais cênicos nas áreas protegidas. Os potenciais atrativos naturais existentes no PNMT estimulam o desenvolvimento de estudos técnicos complementares ao Plano de Manejo para avaliar a viabilidade do ecoturismo na região. Palavras-chave: Amazônia, Amapá, Tumucumaque, Ecoturismo.
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Revista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 4 Núm. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC
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