A BACIA CATARINENSE DO RIO URUGUAI E O TURISMO DE CONSERVAÇÃO COMO FERRAMENTA AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL REGIONAL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho-Junior, Oldemar
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Sperb, Rafael
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5963
Resumo: O conceito de turismo de conservação ainda não é bem definido, sendo pouco conhecido no Brasil. A preocupação com a definição do conceito procede a partir do momento que o turismo de conservação pode representar uma alternativa econômica importante na gestão de projetos de biodiversidade em unidades de conservação, em especial Áreas de Proteção Ambiental (APA). Este tipo de turismo estimula a participação de diferentes setores da sociedade, facilitando a resolução de situações conflitivas, além de contribuir para modificar realidades adversas e melhorar a qualidade de vida das comunidades. O Rio Uruguai constitui um exemplo de interesses conflitivos, dentre os quais, projetos de usinas hidrelétricas para geração de energia têm levado vantagem frente a outras iniciativas. Modificações da paisagem natural resultam em provocações sociais que acabam por afetar o sistema econômico regional. O presente trabalho tem como característica produzir um banco de dados organizado e produtos como mapas temáticos de forma a subsidiar ações voltadas ao desenvolvimento sustentável regional. Para tanto, expedições ao campo e análises de imagens orbitais do satélite LANDSAT ETM7+, nas bandas do infravermelho 4 e 7, e bandas do visível 3, 2 e 1, foram realizadas. O Banco de Dados em SIG incluiu (Associações de Municípios, Colonização, Cultura, Densidade Populacional, IDH, PIB, Turismo de Aventura, Festas, Lazer, Hospedagem, Instituições de Ensino, Enem, Produção Agrícola, Erva-Mate, Maçã, Pinhão, Pinho, Uva, Ferrovias, Veículos, Hospitais, Número de Habitantes e Unidades de Conservação. A porção catarinense abordada nesse trabalho abrange 8 Bacias Hidrográficas: Peperi-Guaçu, Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga, Peixe, Canoas e Pelotas. O trabalho é desenvolvido para o período de um ano, de Agosto de 2009 a Agosto de 2010. Um total de 210 mapas temáticos foram produzidos em diferentes escalas. Os resultados revelam áreas com baixos níveis de intervenção urbana ao longo das margens do Rio Uruguai. Os dados de IDH (média de 0,78) dão uma amostra do potencial que a Bacia do Rio Uruguai possui para o desenvolvimento de um turismo sustentável, responsável e/ou de conservação. Educação, por exemplo, é um fator primordial para o estabelecimento de práticas sustentáveis. Um aspecto importante a ser considerado nesse projeto é o status de conservação dos ecossistemas. Dentro da Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai existem apenas 21 Unidades de Conservação de diferentes categorias, 2 RPPNs, 10 Unidades de Conservação Municipais, 3 Unidades de Conservação Estaduais e 6 Unidades de Conservação Federais. A soma das áreas dessas UCs totaliza cerca de 585 km2, o que representa algo em torno de 1.17% da área da Bacia (50.200km2). A utilização do SIG, como instrumento de gestão se mostrou bastante útil devido à possibilidade de gerenciamento de grande volume de dados, análise do mundo real e simulações de situações diversas. Soma-se a isso o fato de que novos dados podem ser incorporados ao sistema a qualquer momento, tornando mais segura qualquer tomada de decisão ou solução de uso conflitivo.
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