CONSUMO E CONSERVAÇÃO NO ECOTURISMO DAS UCs ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL JENIPABU E RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ESTADUAL PONTA DO TUBARÃO (RN): A PERCEPÇÃO DOS ATORES QUE NELAS ATUAM
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ecoturismo |
Texto Completo: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5969 |
Resumo: | Na contemporaneidade o ecoturismo tem apresentado forte crescimento no mercado turístico mundial, acompanhando e fomentando um contexto de discussões globais sobre os problemas e as demandas ambientais, bem como evidenciando a necessidade de um aprofundamento científico através de um debate crítico sobre o imperativo do consumo vivido atualmente, questionando-se as dinâmicas de consumo e conservação que permeiam a prática ecoturística. Este estudo se dedica a analisar a percepção dos agentes que atuam no ecoturismo das Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Jenipabu (APAJ) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDSEPT). A pesquisa buscou averiguar as relações entre conservação e consumo e suas influências no ecoturismo realizado nas UCs de uso sustentável selecionadas para este estudo. Para tanto se teve como percurso metodológico uma abordagem qualitativa sob uma perspectiva crítica, baseada em pesquisa bibliográfica e documental e realização de entrevistas semi-estruturadas com três grupos de agentes, a saber: gestores/técnicos, comunidade e ecoturistas envolvidos com o ecoturismo nas UCs selecionadas. O estudo foi realizado utilizando-se duas unidades de análise principais (consumo e conservação) subdivididas em doze categorias. Para a fixação das unidades de análise e categorias, tomou-se como referência autores que realizam crítica à sociedade do consumo e apresentam as principais características do meio técnico-científico-informacional predominante, tais como Santos (1987; 1988; 1994; 2001; 2006), Guerreiro Ramos (1989) e A. B. Rodrigues (1996; 2003); e autores que tratam histórica e cientificamente acerca da relevância do conceito de conservação existente na gênese e no discurso do ecoturismo, descrevendo também suas características essenciais, como Diegues (1998; 2000), A. B. Rodrigues (2001), Pires (2002) e Neiman e Rabinovici (2010) Os principais resultados revelam que o uso mercadológico do prefixo “eco” tem atuado como uma nova roupagem para o que na realidade ainda se revela antigo, ou seja, usa-se a conservação como justificativa para mais um novo tipo de consumo. Os resultados também evidenciam que apesar da coexistência de intencionalidades mercantis e simbólicas em ambas UCs, é possível observar a predominância de características fundantes da sociedade do consumo em massa no processo de criação e nas atividades produtivas da APAJ, enquanto na RDSEPT nota-se em certa medida a predominância das características conservacionistas apregoadas pelo ecoturismo. Isso se constata também na percepção dos atores entrevistados, os quais estão envolvidos com o ecoturismo nas UCs pesquisadas. Ou seja, as diferenças presentes no processo de criação também estão presentes no cotidiano e discurso dos envolvidos. Pode-se inferir, portanto, que o turismo realizado na APAJ não pode ser denominado de ecoturismo, enquanto as práticas observadas na RDSEPT evidenciam um alinhamento com as diretrizes do ecoturismo. Palavras-chave: Ecoturismo; Consumo; Conservação. |
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CONSUMO E CONSERVAÇÃO NO ECOTURISMO DAS UCs ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL JENIPABU E RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ESTADUAL PONTA DO TUBARÃO (RN): A PERCEPÇÃO DOS ATORES QUE NELAS ATUAMNa contemporaneidade o ecoturismo tem apresentado forte crescimento no mercado turístico mundial, acompanhando e fomentando um contexto de discussões globais sobre os problemas e as demandas ambientais, bem como evidenciando a necessidade de um aprofundamento científico através de um debate crítico sobre o imperativo do consumo vivido atualmente, questionando-se as dinâmicas de consumo e conservação que permeiam a prática ecoturística. Este estudo se dedica a analisar a percepção dos agentes que atuam no ecoturismo das Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Jenipabu (APAJ) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDSEPT). A pesquisa buscou averiguar as relações entre conservação e consumo e suas influências no ecoturismo realizado nas UCs de uso sustentável selecionadas para este estudo. Para tanto se teve como percurso metodológico uma abordagem qualitativa sob uma perspectiva crítica, baseada em pesquisa bibliográfica e documental e realização de entrevistas semi-estruturadas com três grupos de agentes, a saber: gestores/técnicos, comunidade e ecoturistas envolvidos com o ecoturismo nas UCs selecionadas. O estudo foi realizado utilizando-se duas unidades de análise principais (consumo e conservação) subdivididas em doze categorias. Para a fixação das unidades de análise e categorias, tomou-se como referência autores que realizam crítica à sociedade do consumo e apresentam as principais características do meio técnico-científico-informacional predominante, tais como Santos (1987; 1988; 1994; 2001; 2006), Guerreiro Ramos (1989) e A. B. Rodrigues (1996; 2003); e autores que tratam histórica e cientificamente acerca da relevância do conceito de conservação existente na gênese e no discurso do ecoturismo, descrevendo também suas características essenciais, como Diegues (1998; 2000), A. B. Rodrigues (2001), Pires (2002) e Neiman e Rabinovici (2010) Os principais resultados revelam que o uso mercadológico do prefixo “eco” tem atuado como uma nova roupagem para o que na realidade ainda se revela antigo, ou seja, usa-se a conservação como justificativa para mais um novo tipo de consumo. Os resultados também evidenciam que apesar da coexistência de intencionalidades mercantis e simbólicas em ambas UCs, é possível observar a predominância de características fundantes da sociedade do consumo em massa no processo de criação e nas atividades produtivas da APAJ, enquanto na RDSEPT nota-se em certa medida a predominância das características conservacionistas apregoadas pelo ecoturismo. Isso se constata também na percepção dos atores entrevistados, os quais estão envolvidos com o ecoturismo nas UCs pesquisadas. Ou seja, as diferenças presentes no processo de criação também estão presentes no cotidiano e discurso dos envolvidos. Pode-se inferir, portanto, que o turismo realizado na APAJ não pode ser denominado de ecoturismo, enquanto as práticas observadas na RDSEPT evidenciam um alinhamento com as diretrizes do ecoturismo. Palavras-chave: Ecoturismo; Consumo; Conservação.Universidade Federal de São Paulo2011-10-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/596910.34024/rbecotur.2011.v4.5969Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur); v. 4 n. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUCBrazilian Journal of Ecotourism; Vol. 4 No. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUCRevista Brasileña de Ecoturismo; Vol. 4 Núm. 4 (2011): Anais do 8° CONECOTUR e do 4° EcoUC1983-9391reponame:Revista Brasileira de Ecoturismoinstname:Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)instacron:SBECOTURporhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5969/3831Soares, Artemísia dos SantosAzevedo, Francisco Fransualdo deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-09-24T14:11:44Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/5969Revistahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/indexPUBhttp://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/oai||zneiman@gmail.com1983-93911983-9391opendoar:2019-09-24T14:11:44Revista Brasileira de Ecoturismo - Sociedade Brasileira de Ecoturismo (SBECotur)false |
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CONSUMO E CONSERVAÇÃO NO ECOTURISMO DAS UCs ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL JENIPABU E RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ESTADUAL PONTA DO TUBARÃO (RN): A PERCEPÇÃO DOS ATORES QUE NELAS ATUAM Soares, Artemísia dos Santos |
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Na contemporaneidade o ecoturismo tem apresentado forte crescimento no mercado turístico mundial, acompanhando e fomentando um contexto de discussões globais sobre os problemas e as demandas ambientais, bem como evidenciando a necessidade de um aprofundamento científico através de um debate crítico sobre o imperativo do consumo vivido atualmente, questionando-se as dinâmicas de consumo e conservação que permeiam a prática ecoturística. Este estudo se dedica a analisar a percepção dos agentes que atuam no ecoturismo das Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Jenipabu (APAJ) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão (RDSEPT). A pesquisa buscou averiguar as relações entre conservação e consumo e suas influências no ecoturismo realizado nas UCs de uso sustentável selecionadas para este estudo. Para tanto se teve como percurso metodológico uma abordagem qualitativa sob uma perspectiva crítica, baseada em pesquisa bibliográfica e documental e realização de entrevistas semi-estruturadas com três grupos de agentes, a saber: gestores/técnicos, comunidade e ecoturistas envolvidos com o ecoturismo nas UCs selecionadas. O estudo foi realizado utilizando-se duas unidades de análise principais (consumo e conservação) subdivididas em doze categorias. Para a fixação das unidades de análise e categorias, tomou-se como referência autores que realizam crítica à sociedade do consumo e apresentam as principais características do meio técnico-científico-informacional predominante, tais como Santos (1987; 1988; 1994; 2001; 2006), Guerreiro Ramos (1989) e A. B. Rodrigues (1996; 2003); e autores que tratam histórica e cientificamente acerca da relevância do conceito de conservação existente na gênese e no discurso do ecoturismo, descrevendo também suas características essenciais, como Diegues (1998; 2000), A. B. Rodrigues (2001), Pires (2002) e Neiman e Rabinovici (2010) Os principais resultados revelam que o uso mercadológico do prefixo “eco” tem atuado como uma nova roupagem para o que na realidade ainda se revela antigo, ou seja, usa-se a conservação como justificativa para mais um novo tipo de consumo. Os resultados também evidenciam que apesar da coexistência de intencionalidades mercantis e simbólicas em ambas UCs, é possível observar a predominância de características fundantes da sociedade do consumo em massa no processo de criação e nas atividades produtivas da APAJ, enquanto na RDSEPT nota-se em certa medida a predominância das características conservacionistas apregoadas pelo ecoturismo. Isso se constata também na percepção dos atores entrevistados, os quais estão envolvidos com o ecoturismo nas UCs pesquisadas. Ou seja, as diferenças presentes no processo de criação também estão presentes no cotidiano e discurso dos envolvidos. Pode-se inferir, portanto, que o turismo realizado na APAJ não pode ser denominado de ecoturismo, enquanto as práticas observadas na RDSEPT evidenciam um alinhamento com as diretrizes do ecoturismo. Palavras-chave: Ecoturismo; Consumo; Conservação. |
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