SEGURANÇA E PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE ATIVIDADES ECOTURÍSTICAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Lucas Siqueira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Lamas, Suellen Alice
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5940
Resumo: A natureza sempre foi um atrativo aos visitantes, seja para descansar, praticar esportes ou com o objetivo de contemplação. Hoje, porém, mais que uma opção de lazer, o contato com o ambientes naturais tornou-se uma necessidade. As unidades de conservação, são destinos muito procurados por serem locais que permitem um contato mais próximo com amostras significativas de ecossistemas conservados. Verifica-se, entretanto, que em meio ao prazer e satisfação proporcionados por essa experiência, está o desprazer dos acidentes físicos que podem ocorrer, o que traz à tona uma grande problemática: a falta de planejamento adequado das unidades de conservação para receber um número cada vez maior de visitantes. A partir desse contexto, o presente trabalho buscou conhecer e discutir a realidade da segurança e prevenção de acidentes das atividades de ecoturismo desenvolvidas em unidades de conservação, a partir de exemplos reais retirados do quadro de acidentes da Associação Férias Vivas – instituição sem fins lucrativos – que dá assistência jurídica à pessoas que sofreram acidentes em atividades turísticas. Os primeiros resultados demonstram que os acidentes são ocasionados geralmente pela falta de equipamentos adequados de segurança e guias capacitados, falta de sinalização dos espaços internos, ausência de equipe preparada para situações emergenciais e de informações sobre as características dos locais visitados. Vale notar também, que não existem levantamentos estatísticos oficiais de acidentes nessas áreas, em virtude do receio da propaganda negativa, o que leva ao ocultamento dessas ocorrências. Por outro lado, os acidentes podem se originar da negligência dos visitantes ao não cumprirem as regras impostas pelas áreas visitadas ou por outras ações que fogem do controle, de certo modo, dos gestores. Nas atividades de ecoturismo os acidentes mais comuns foram evidenciados nas práticas de trilhas/caminhadas. A abordagem desses aspectos, não objetivou evidenciar culpados pelos acidentes, prejudicando a imagem das instituições e seus gestores, mas trazer à tona um tema ainda pouco discutido, mas de grande importância para o planejamento e gestão dessas unidades, visto que quanto maior a conscientização e o conhecimento dessa realidade de acidentes por parte dos envolvidos na atividade turística provavelmente mais rápida e eficaz serão as mudanças desses comportamentos errôneos que afetam os mesmos, pois, informação é a base para a segurança de todos.
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