Racionalidades e sensibilidades em trilhas interpretativo-perceptivas: promovendo ações formativas de Educação Ambiental na Vila de Paranapiacaba-Santo André (SP)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Luciana de Oliveira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Figueiredo, Luiz Afonso Vaz de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5882
Resumo: Este estudo tem por objetivo registrar e avaliar experiências concretas e de integração humana com a natureza, por meio de trilhas da Vila de Paranapiacaba (Santo André e Santos, SP). Em virtude disso, foram propostas estratégias alternativas de educação ambiental visando à formação de monitores ambientais e acadêmicos para atuar em atividades ecoturísticas, tendo como diferencial a relação entre racionalismo científico e abordagens sensibilizadoras e reflexivas. O local escolhido é um patrimônio de grande importância histórico-cultural e ambiental, por isso recebe grande demanda de visitantes. Para atuar na preservação e conservação local estuda-se a possibilidade da sensibilização como meio de interceder na problemática ambiental partindo de um reconhecimento da relação entre o emocional e o racional para uma leitura profunda e crítica do ser humano diante do meio ambiente. Utilizou-se o método de narrativa visual, no qual as fotos tiradas durante as atividades serviram para contar sobre o desenvolvimento da proposta, por outro lado, para o reconhecimento das imagens utilizou-se do imaginário didático-poético das trilhas criando-se uma cadeia de palavras ligada à temática ambiental, tendo como base o imaginário poético bachelardiano. Foi desenvolvida uma observação direta em campo aplicada com três grupos no local (alunos de Turismo e Biologia), entre os meses de setembro e novembro de 2008. O primeiro grupo seguiu para observação de uma atividade monitorada para estruturar e planejar a proposta, os demais grupos foram participar da experiência-piloto, desenvolvida por meio de atividades dinâmicas aplicadas durante o percurso. Desse modo, os participantes foram colocados em contato direto com a natureza, podendo reconhecê-la através dos sentidos, apurando-os, de maneira a realizar uma observação mais detalhista e apreciativa, em uma leitura poética da vida, buscando conhecer a si mesmo, ao outro e a reconhecer-se como parte da natureza. Para análise das representações sociais foi aplicado um questionário orientado para uma abordagem quantitativa e qualitativa que abrangia diversas questões com relação ao local. Dentre os resultados obtidos notaram-se nos envolvidos pontos positivos e negativos com relação à região e sugestões como meio de obter melhorias. Concluiu-se que as atividades sensitivas foram significativas, onde o indivíduo participante pode interagir com o ambiente, libertando das amarras iniciais para se integrar de maneira profunda, porém levou-se em consideração que as reações assim como a aceitação ou apreciação sempre decorrem de um processo individual. Pensando nisso elaboramos atividades distintas, buscando atingir a todos. Assim os produtos do trabalho apontam para a possibilidade da implantação de uma trilha perceptiva e interpretativa na região, no entanto é necessário um planejamento, mapeamento e preparação da mesma, assim como da formação de agentes de educação ambiental, visando os melhores resultados da experiência vivencial, em seus aspectos racionais e subjetivos, e também quanto à segurança dos envolvidos.
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