Como compatibilizar conservação, desenvolvimento e turismo: a experiência do baixo Rio Negro, AM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Nailza Pereira
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Nelson, Sherre Prince, Badialli, José Eduardo Lozano, Lima, Marco Antônio Vaz de, Padua, Suzana Machado
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ecoturismo
Texto Completo: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/5874
Resumo: Este artigo aborda os passos realizados para o ordenamento da atividade turística no baixo Rio Negro do Estado do Amazonas, tornando-o mais sustentável por envolver representantes dos segmentos sociais, incluindo comunidades, guias, donos de barcos, operadores, ONGs e entidades governamentais de turismo e meio ambiente, e também por ampliar o conhecimento destes protagonistas em relação à biodiversidade local. Infelizmente, ao longo das últimas décadas, os envolvidos nesta atividade tiveram muitas dificuldades para interagir, o que levou a práticas isoladas. Apesar do fato de o baixo rio Negro ser composto por um mosaico de Unidades de Conservação federais, estaduais e municipais, muitos dos protagonistas locais não estavam cientes disto, nem tampouco dos potenciais que estas áreas podem representar para o turismo, de acordo com suas respectivas categorias de manejo. O IPÊ- Instituto de Pesquisas Ecológicas, uma organização sem fins lucrativos que por mais de uma década atua na região em programas socioambientais, começou, no ano de 2002, a promover diálogos entre os diferentes setores e membros das comunidades regionais, com o intuito de re-direcionar este quadro para uma atividade mais sustentável. O IPÊ parte do pressuposto que o tema turismo e meio ambiente no baixo Rio Negro, como em muitos outros lugares, precisa ser trabalhado de maneira integrada. O êxito do turismo depende de um meio ambiente conservado onde fundos derivados desta atividade econômica devam ser aplicados tanto para a conservação como também para promover benefícios diretos para as comunidades locais. Oficinas e cursos estão sendo realizados com a participação de representantes de todos os segmentos sociais e os resultados iniciais indicam eficácia. Percebeu-se a melhoria das habilidades de interpretação ambiental, que ampliou o conhecimento dos guias e os níveis de empenho, além de iniciativas de lideranças comunitárias para desenvolver produtos sustentáveis. Este projeto está em fase de execução e seus resultados iniciais demonstram que é possível através de educação e integração dos protagonistas buscar uma atividade turística mais responsável e sustentável sob o ponto de vista socioambiental.
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