O erotismo de Helena na Ilíada: Dioniso, a perspectiva homérica e o gosto dos comentadores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/881 |
Resumo: | Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a ‘lascívia feminina’ (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo ‘makhlosýnē’ não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação. |
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O erotismo de Helena na Ilíada: Dioniso, a perspectiva homérica e o gosto dos comentadoresMakhlosýnēerotismoIlíadaHesíodoAfrodite.Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a ‘lascívia feminina’ (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo ‘makhlosýnē’ não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2019-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/88110.24277/classica.v32i2.881Classica; Vol. 32 No. 2 (2019); 283-316Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 32 n. 2 (2019); 283-3162176-64360103-431610.24277/classica.v32i2reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/881/769Copyright (c) 2020 Antonio Orlando O. Dourado-Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessDourado-Lopes, Antonio Orlando O.2020-02-18T01:48:05Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/881Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2020-02-18T01:48:05Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
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