Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/182 |
Resumo: | Este texto apresenta algumas considerações acerca da tímoria (a vingança) e do páthos (o sofrimento), na tragédia Medeia, de Eurípides, escrita por volta do século V a.C. A imagem da Medeia imortalizada para os leitores é aquela mulher melancólica, que sofre devido ao abandono do homem amado; monstruosa e vingativa, atinge o ápice de seu desespero quando mata os próprios filhos para ferir o esposo infiel. O ciúme serve de mote ao filicídio, gerando a tímoria e, em consequência, o páthos. Rejeitada pelo amado, Medeia simboliza a mulher impulsiva, passional, que castiga drasticamente o esposo pelo perjúrio cometido. Medeia trágica foge aos padrões da mulher ateniense da época de Eurípides; tal fato sugere que ela não seria o tipo de esposa ideal. A tragédia em foco prenuncia ao ateniense do período sua possível condição ao tornar-se grego: encontrar um caminho inverso ao da glória, o risco de tornar-se bárbaro como Medeia, reflexo da vingança e do sofrimento diante de infortúnios. |
id |
SBEC_c910b2d4f67464dcb7d2ec81a7bf0e0c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/182 |
network_acronym_str |
SBEC |
network_name_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Tímoria e páthos em Medeia, de EurípidesMedeiatragédiavingançasofrimento.Este texto apresenta algumas considerações acerca da tímoria (a vingança) e do páthos (o sofrimento), na tragédia Medeia, de Eurípides, escrita por volta do século V a.C. A imagem da Medeia imortalizada para os leitores é aquela mulher melancólica, que sofre devido ao abandono do homem amado; monstruosa e vingativa, atinge o ápice de seu desespero quando mata os próprios filhos para ferir o esposo infiel. O ciúme serve de mote ao filicídio, gerando a tímoria e, em consequência, o páthos. Rejeitada pelo amado, Medeia simboliza a mulher impulsiva, passional, que castiga drasticamente o esposo pelo perjúrio cometido. Medeia trágica foge aos padrões da mulher ateniense da época de Eurípides; tal fato sugere que ela não seria o tipo de esposa ideal. A tragédia em foco prenuncia ao ateniense do período sua possível condição ao tornar-se grego: encontrar um caminho inverso ao da glória, o risco de tornar-se bárbaro como Medeia, reflexo da vingança e do sofrimento diante de infortúnios.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2009-12-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/18210.14195/2176-6436_22-2_5Classica; Vol. 22 No. 2 (2009); 229-239Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 22 n. 2 (2009); 229-2392176-64360103-431610.24277/classica.v22i2reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/182/171Copyright (c) 2013 Margarida Pontes Timbó, Ângelo Bruno Lucas de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessTimbó, Margarida PontesOliveira, Ângelo Bruno Lucas de2018-02-08T21:59:32Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/182Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2018-02-08T21:59:32Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
title |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
spellingShingle |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides Timbó, Margarida Pontes Medeia tragédia vingança sofrimento. |
title_short |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
title_full |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
title_fullStr |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
title_full_unstemmed |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
title_sort |
Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides |
author |
Timbó, Margarida Pontes |
author_facet |
Timbó, Margarida Pontes Oliveira, Ângelo Bruno Lucas de |
author_role |
author |
author2 |
Oliveira, Ângelo Bruno Lucas de |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Timbó, Margarida Pontes Oliveira, Ângelo Bruno Lucas de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Medeia tragédia vingança sofrimento. |
topic |
Medeia tragédia vingança sofrimento. |
description |
Este texto apresenta algumas considerações acerca da tímoria (a vingança) e do páthos (o sofrimento), na tragédia Medeia, de Eurípides, escrita por volta do século V a.C. A imagem da Medeia imortalizada para os leitores é aquela mulher melancólica, que sofre devido ao abandono do homem amado; monstruosa e vingativa, atinge o ápice de seu desespero quando mata os próprios filhos para ferir o esposo infiel. O ciúme serve de mote ao filicídio, gerando a tímoria e, em consequência, o páthos. Rejeitada pelo amado, Medeia simboliza a mulher impulsiva, passional, que castiga drasticamente o esposo pelo perjúrio cometido. Medeia trágica foge aos padrões da mulher ateniense da época de Eurípides; tal fato sugere que ela não seria o tipo de esposa ideal. A tragédia em foco prenuncia ao ateniense do período sua possível condição ao tornar-se grego: encontrar um caminho inverso ao da glória, o risco de tornar-se bárbaro como Medeia, reflexo da vingança e do sofrimento diante de infortúnios. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-12-02 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/182 10.14195/2176-6436_22-2_5 |
url |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/182 |
identifier_str_mv |
10.14195/2176-6436_22-2_5 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/182/171 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2013 Margarida Pontes Timbó, Ângelo Bruno Lucas de Oliveira info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2013 Margarida Pontes Timbó, Ângelo Bruno Lucas de Oliveira |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Classica; Vol. 22 No. 2 (2009); 229-239 Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 22 n. 2 (2009); 229-239 2176-6436 0103-4316 10.24277/classica.v22i2 reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) instacron:SBEC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
instacron_str |
SBEC |
institution |
SBEC |
reponame_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
collection |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br |
_version_ |
1797239836801761280 |