Tímoria e páthos em Medeia, de Eurípides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Timbó, Margarida Pontes
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Oliveira, Ângelo Bruno Lucas de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)
Texto Completo: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/182
Resumo: Este texto apresenta algumas considerações acerca da tímoria (a vingança) e do páthos (o sofrimento), na tragédia Medeia, de Eurípides, escrita por volta do século V a.C. A imagem da Medeia imortalizada para os leitores é aquela mulher melancólica, que sofre devido ao abandono do homem amado; monstruosa e vingativa, atinge o ápice de seu desespero quando mata os próprios filhos para ferir o esposo infiel. O ciúme serve de mote ao filicídio, gerando a tímoria e, em consequência, o páthos. Rejeitada pelo amado, Medeia simboliza a mulher impulsiva, passional, que castiga drasticamente o esposo pelo perjúrio cometido. Medeia trágica foge aos padrões da mulher ateniense da época de Eurípides; tal fato sugere que ela não seria o tipo de esposa ideal. A tragédia em foco prenuncia ao ateniense do período sua possível condição ao tornar-se grego: encontrar um caminho inverso ao da glória, o risco de tornar-se bárbaro como Medeia, reflexo da vingança e do sofrimento diante de infortúnios.
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