A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/690 |
Resumo: | Analisamos a construção da persona satírica dos primeiros duzentos e oitenta e cinco versos da Sátira 6 do poeta romano Juvenal. Nossa análise utiliza o conceito de persona satírica proposto por William Anderson, em que há a distinção entre a voz do poema e o autor empírico, de forma que não se deve supor que em um poema estejam representadas as opiniões de quem o escreveu, mas que o enunciador daquele texto é uma persona conscientemente construída pelo poeta com vistas a atingir determinados objetivos poéticos. Além disso, utilizamos também o conceito de ethos proposto por Dominique Maingueneau, que afirma que ler um texto é necessariamente construir a imagem de quem o tenha escrito. Em nosso caso, analisamos a imagem construída pela persona de Juvenal na sátira em questão, e chegamos à conclusão de que o ethos construído é de alguém conservador, extremamente avesso a mulheres e ao casamento com elas e um saudosista utópico, que evoca um passado ideal inexistente para justificar as próprias queixas – o que, a nosso ver, só comprova a gratuidade delas. |
id |
SBEC_e8cf55e92d3e1621e9b10d777460d42c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/690 |
network_acronym_str |
SBEC |
network_name_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de JuvenalJuvenalsátira romanapersona satíricaethos.Analisamos a construção da persona satírica dos primeiros duzentos e oitenta e cinco versos da Sátira 6 do poeta romano Juvenal. Nossa análise utiliza o conceito de persona satírica proposto por William Anderson, em que há a distinção entre a voz do poema e o autor empírico, de forma que não se deve supor que em um poema estejam representadas as opiniões de quem o escreveu, mas que o enunciador daquele texto é uma persona conscientemente construída pelo poeta com vistas a atingir determinados objetivos poéticos. Além disso, utilizamos também o conceito de ethos proposto por Dominique Maingueneau, que afirma que ler um texto é necessariamente construir a imagem de quem o tenha escrito. Em nosso caso, analisamos a imagem construída pela persona de Juvenal na sátira em questão, e chegamos à conclusão de que o ethos construído é de alguém conservador, extremamente avesso a mulheres e ao casamento com elas e um saudosista utópico, que evoca um passado ideal inexistente para justificar as próprias queixas – o que, a nosso ver, só comprova a gratuidade delas.Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)2018-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/69010.24277/classica.v31i2.690Classica; Vol. 31 No. 2 (2018); 89-100Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 31 n. 2 (2018); 89-1002176-64360103-431610.24277/classica.v31i2reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online)instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)instacron:SBECporhttps://revista.classica.org.br/classica/article/view/690/669Copyright (c) 2019 Leni Ribeiro Leite, Iana Lima Cordeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessLeite, Leni RibeiroCordeiro, Iana Lima2019-07-21T13:15:10Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/690Revistahttps://revista.classica.org.br/classicaPUBhttps://revista.classica.org.br/classica/oaieditor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br2176-64360103-4316opendoar:2019-07-21T13:15:10Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
title |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
spellingShingle |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal Leite, Leni Ribeiro Juvenal sátira romana persona satírica ethos. |
title_short |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
title_full |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
title_fullStr |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
title_full_unstemmed |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
title_sort |
A construção da persona satírica na Sátira 6 de Juvenal |
author |
Leite, Leni Ribeiro |
author_facet |
Leite, Leni Ribeiro Cordeiro, Iana Lima |
author_role |
author |
author2 |
Cordeiro, Iana Lima |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leite, Leni Ribeiro Cordeiro, Iana Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Juvenal sátira romana persona satírica ethos. |
topic |
Juvenal sátira romana persona satírica ethos. |
description |
Analisamos a construção da persona satírica dos primeiros duzentos e oitenta e cinco versos da Sátira 6 do poeta romano Juvenal. Nossa análise utiliza o conceito de persona satírica proposto por William Anderson, em que há a distinção entre a voz do poema e o autor empírico, de forma que não se deve supor que em um poema estejam representadas as opiniões de quem o escreveu, mas que o enunciador daquele texto é uma persona conscientemente construída pelo poeta com vistas a atingir determinados objetivos poéticos. Além disso, utilizamos também o conceito de ethos proposto por Dominique Maingueneau, que afirma que ler um texto é necessariamente construir a imagem de quem o tenha escrito. Em nosso caso, analisamos a imagem construída pela persona de Juvenal na sátira em questão, e chegamos à conclusão de que o ethos construído é de alguém conservador, extremamente avesso a mulheres e ao casamento com elas e um saudosista utópico, que evoca um passado ideal inexistente para justificar as próprias queixas – o que, a nosso ver, só comprova a gratuidade delas. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-12-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/690 10.24277/classica.v31i2.690 |
url |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/690 |
identifier_str_mv |
10.24277/classica.v31i2.690 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revista.classica.org.br/classica/article/view/690/669 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Leni Ribeiro Leite, Iana Lima Cordeiro info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Leni Ribeiro Leite, Iana Lima Cordeiro |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Classica; Vol. 31 No. 2 (2018); 89-100 Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos; v. 31 n. 2 (2018); 89-100 2176-6436 0103-4316 10.24277/classica.v31i2 reponame:Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) instname:Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) instacron:SBEC |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
instacron_str |
SBEC |
institution |
SBEC |
reponame_str |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
collection |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) - Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
editor@classica.org.br||revistaclassica@classica.org.br |
_version_ |
1797239839231311872 |