Machado de Assis, leitor de Homero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Classica (Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos. Online) |
Texto Completo: | https://revista.classica.org.br/classica/article/view/903 |
Resumo: | No presente estudo, analiso a produção ficcional do escritor Machado de Assis relativa à década de 1870, quando o autor brasileiro, após ter-se dedicado à poesia e ao teatro, estreou no gênero romance, produzindo quatro obras no período: Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878). Focalizando o tema dos diálogos (Bakhtin, 2002 [1929]) que o autor estabelece em sua narrativa com as literaturas grega e romana produzidas na Antiguidade Clássica, objetivo demonstrar que, dentre os modelos destas matrizes que Machado versou continuadamente como autor-leitor, destaca-se o nome de Homero e os poemas épicos atribuídos a ele. Durante a análise das obras selecionadas, demonstro como a escolha das cenas homéricas imitadas, sobretudo da Ilíada, pelo futuro autor das Memórias Póstumas é importante para a construção de sua poética de revalorização da imitatio e da aemulatio que, aliada à sua visão aguda dos problemas sociais brasileiros, revoluciona a forma de se pensar o projeto de concepção de uma literatura nacional, em pleno contexto de ebulição do Romantismo, atravessando os limites desta escola e apontando saídas para a sua superação. |
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No presente estudo, analiso a produção ficcional do escritor Machado de Assis relativa à década de 1870, quando o autor brasileiro, após ter-se dedicado à poesia e ao teatro, estreou no gênero romance, produzindo quatro obras no período: Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878). Focalizando o tema dos diálogos (Bakhtin, 2002 [1929]) que o autor estabelece em sua narrativa com as literaturas grega e romana produzidas na Antiguidade Clássica, objetivo demonstrar que, dentre os modelos destas matrizes que Machado versou continuadamente como autor-leitor, destaca-se o nome de Homero e os poemas épicos atribuídos a ele. Durante a análise das obras selecionadas, demonstro como a escolha das cenas homéricas imitadas, sobretudo da Ilíada, pelo futuro autor das Memórias Póstumas é importante para a construção de sua poética de revalorização da imitatio e da aemulatio que, aliada à sua visão aguda dos problemas sociais brasileiros, revoluciona a forma de se pensar o projeto de concepção de uma literatura nacional, em pleno contexto de ebulição do Romantismo, atravessando os limites desta escola e apontando saídas para a sua superação. |
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