Relação da homocisteinemia com a sensibilidade à insulina e com fatores de risco cardiovascular em um grupo indígena brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tavares,Edelweiss F.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Vieira-Filho,João P.B., Andriolo,Adagmar, Franco,Laércio J.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302002000300008
Resumo: A hiper-homocisteinemia é um fator de risco cardiovascular independente. Há controvérsias sobre uma possível relação entre a homocisteína e a resistência/sensibilidade à insulina. Para testar a relação entre a homocisteinemia e a sensibilidade à insulina, noventa índios Parkatêjê (90% da população adulta, sem miscigenação) tiveram os níveis séricos de homocisteína total (HPLC) dosados. A sensibilidade à insulina (%S) foi calculada pelo HOMA. Uma índia diabética foi excluída das análises envolvendo glicemia, insulina, pró-insulina, HbA1c e %S. Hiper-homocisteinemia e hiperinsulinemia ao jejum foram encontradas em 26,7% e 25,8% dos índios, respectivamente. O logaritmo natural (ln) da homocisteína correlacionou-se positivamente com a pressão arterial sistólica (r= 0,22) e diastólica (r= 0,21), triglicérides (r= 0,39) e ácido úrico (r= 0,40), após ajuste para idade e sexo, mas não com a insulina, pró-insulina e ln %S. O ln da homocisteína foi semelhante em todos os quartis de %S e também entre os indivíduos com e sem hiperinsulinemia de jejum. A insulina, pró-insulina e ln %S foram semelhantes entre os indivíduos com e sem hiper-homocisteinemia. Observamos correlações entre variáveis relacionadas ao risco cardiovascular, mas não entre essas variáveis e a insulina ou o ln %S. Este achado talvez seja peculiar deste grupo. Concluindo, as variações nas concentrações séricas da homocisteína não estão relacionadas à insulina, à pró-insulina e à %S entre os Parkatêjê.
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