Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira,Daniel Triboli
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Koester,Edinei, Bertotti,Anelise Losangela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Geology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892016000100079
Resumo: RESUMO: O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.
id SBGEO-1_406c9e6edb34155a28e1463c402404c6
oai_identifier_str oai:scielo:S2317-48892016000100079
network_acronym_str SBGEO-1
network_name_str Brazilian Journal of Geology
repository_id_str
spelling Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-GrandensePetrologiaGranito ChasqueiroU-PbLu-HfEscudo Sul-Rio-Grandense.RESUMO: O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.Sociedade Brasileira de Geologia2016-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892016000100079Brazilian Journal of Geology v.46 n.1 2016reponame:Brazilian Journal of Geologyinstname:Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)instacron:SBGEO10.1590/2317-4889201620150041info:eu-repo/semantics/openAccessVieira,Daniel TriboliKoester,EdineiBertotti,Anelise Losangelapor2016-08-03T00:00:00Zoai:scielo:S2317-48892016000100079Revistahttp://bjg.siteoficial.ws/index.htmhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsbgsede@sbgeo.org.br||claudio.riccomini@gmail.com2317-46922317-4692opendoar:2016-08-03T00:00Brazilian Journal of Geology - Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)false
dc.title.none.fl_str_mv Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
spellingShingle Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
Vieira,Daniel Triboli
Petrologia
Granito Chasqueiro
U-Pb
Lu-Hf
Escudo Sul-Rio-Grandense.
title_short Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_full Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_fullStr Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_full_unstemmed Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
title_sort Petrologia do Granito Chasqueiro, região de Arroio Grande, sudeste do Escudo Sul-Rio-Grandense
author Vieira,Daniel Triboli
author_facet Vieira,Daniel Triboli
Koester,Edinei
Bertotti,Anelise Losangela
author_role author
author2 Koester,Edinei
Bertotti,Anelise Losangela
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Vieira,Daniel Triboli
Koester,Edinei
Bertotti,Anelise Losangela
dc.subject.por.fl_str_mv Petrologia
Granito Chasqueiro
U-Pb
Lu-Hf
Escudo Sul-Rio-Grandense.
topic Petrologia
Granito Chasqueiro
U-Pb
Lu-Hf
Escudo Sul-Rio-Grandense.
description RESUMO: O Granito Chasqueiro aflora como campos de matacões e lajeados, que em planta constituem um corpo alongado segundo N50oE com área de aproximadamente 400 km2, localizado no sul da porção oriental do Escudo Sul-Rio-Grandense. Compreende de monzo a sienogranito, leucocrático de cor cinza-clara e textura porfirítica com megacristais de K-feldspatos em matriz equigranular, hipidiomórfica grossa, composta por quartzo, K-feldspato, plagioclásio, biotita, hornblenda, minerais opacos e acessórios. Os megacristais atingem proporções modais entre 30,0 e 60,0%, e variam entre 4 e 8 cm, que com os minerais máficos da matriz evidenciam uma foliação de fluxo magmático subvertical bem desenvolvida que transaciona lateralmente para uma foliação tectônica nos bordos do granito próximo às zonas de cisalhamento onde ocorrem extensas faixas marcadas por intensa deformação dúctil e geração de protomilonitos. O granito apresenta enclaves máficos microgranulares de composição diorítica, apresentando diferentes formas e tamanhos. Geoquimicamente, é caracterizado por um magmatismo subalcalino do tipo cálcio-alcalino de alto potássio, metaluminoso a levemente peraluminoso, com assinatura característica de granitos gerados em ambiente pós-colisional. Processos de fusão crustal, mistura de magmas e cristalização fracionada são sugeridos para a sua evolução. Análises geocronológicas obtidas pelo método U-Pb (LA-ICP-MS) e geoquímica isotópica de Lu-Hf (LA-ICP-MS) em zircões indicaram, respectivamente, idade de cristalização 574 ± 3 Ma e valores negativos para εHf, sugerindo assim uma relação do Granito Chasqueiro com o evento deformacional D2 e fontes magmáticas dominantemente crustais com participação de componente mantélico subordinado.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-03-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892016000100079
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892016000100079
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/2317-4889201620150041
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Geologia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Geologia
dc.source.none.fl_str_mv Brazilian Journal of Geology v.46 n.1 2016
reponame:Brazilian Journal of Geology
instname:Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)
instacron:SBGEO
instname_str Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)
instacron_str SBGEO
institution SBGEO
reponame_str Brazilian Journal of Geology
collection Brazilian Journal of Geology
repository.name.fl_str_mv Brazilian Journal of Geology - Sociedade Brasileira de Geologia (SBGEO)
repository.mail.fl_str_mv sbgsede@sbgeo.org.br||claudio.riccomini@gmail.com
_version_ 1752122398416568320