Evolução temporal do perfil de risco e resultados da intervenção coronariana percutânea em pacientes com disfunção ventricular esquerda: dados da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso,Cristiano de Oliveira
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Quadros,Alexandre Schaan de, Sarmento-Leite,Rogério Eduardo Gomes, Gottschall,Carlos Antônio Mascia, Mattos,Luiz Alberto, Marin-Neto,José Antonio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000100012
Resumo: INTRODUÇÃO: Estudos antigos estabeleceram que pacientes com risco elevado seriam beneficiados quando tratados por cirurgia de revascularização miocárdica. Entretanto, não é tão claro se esse benefício também poderia ser alcançado por intervenções coronarianas percutâneas (ICP). O objetivo do presente estudo foi avaliar os resultados imediatos das ICP realizadas em pacientes com disfunção ventricular esquerda e o perfil geral de risco dos pacientes assim tratados. MÉTODO: Com base no registro Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC), foram analisadas todas as ICP realizadas em pacientes com disfunção ventricular esquerda entre 1999 e 2007. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo A (antes de 2002) e grupo B (depois de 2002). Características clínicas, angiográficas e desfechos da fase hospitalar foram comparados. Análise estatística comparando os dois grupos foi realizada com teste de qui-quadrado e teste t de Student, sendo significativo P < 0,05. RESULTADOS: Foram analisados 50.587 pacientes tratados por ICP (n = 12.783 no grupo A e n = 37.804 no grupo B). Registrou-se perfil geral de risco significativamente mais elevado no grupo B, bem como maior número de intervenções em lesões complexas e em pacientes com disfunção ventricular esquerda moderada e grave. Ocorreu redução dos índices de óbito hospitalar (2,4% vs. 1,6%; P < 0,001), infarto agudo do miocárdio (0,9% vs. 0,5%; P < 0,001), acidente vascular encefálico (2,2% vs. 0,4%; P < 0,001), insuficiência renal aguda (2,7% vs. 0,8%; P < 0,001) e complicações vasculares (6,3% vs. 1,6%; P < 0,001). CONCLUSÃO: Este estudo, focando exclusivamente pacientes com disfunção ventricular esquerda, mostra que resultados adequados das ICP em hospital foram obtidos e mantidos a despeito da progressiva elevação do perfil geral de risco nos pacientes assim tratados, ao longo do período de 1999 a 2007.
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