Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dall'Orto,Clarissa Campo
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Lopes,Rubens Pierry Ferreira, Oliveira,Luiz Daniel Silva de, Cisari,Giovanni, Marques,Alexandre de Souza, Perea,Julio Cesar Castillo, Costa,Guilherme de Oliveira Silveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000300011
Resumo: INTRODUÇÃO: A via radial é objeto de interesse crescente de cardiologistas intervencionistas, por oferecer diversas vantagens, entre elas a redução da taxa de sangramento maior, associado a maior risco de morte e eventos isquêmicos. Entretanto, sua utilização como via de acesso na intervenção coronária percutânea (ICP) primária é motivo de controvérsias, pela maior complexidade do procedimento e pelo possível retardo para se obter a reperfusão miocárdica, quando comparada à via femoral. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes consecutivos com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a ICP primária por via radial. Foram analisados os perfis clínico, angiográfico e do procedimento, assim como a evolução tanto inicial como tardia. RESULTADOS: Entre outubro de 2010 e fevereiro de 2012, 61 pacientes foram submetidos a ICP primária por via radial. A média de idade foi de 59 ± 11,1 anos, 24,6% eram do sexo feminino e 21,3% eram diabéticos. O tempo porta-balão foi de 126,1 ± 44,7 minutos, o tempo de fluoroscopia foi de 16,1 ± 9,5 minutos, o sucesso angiográfico foi alcançado em 98,5%, com obtenção de blush miocárdico graus 2 ou 3 em 77,4%, e resolução do segmento ST > 50% aos 90 minutos em 70,5% dos pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 6,6% e a taxa de sangramento grave foi de 1,6%. Na evolução tardia, reestenose clínica ocorreu em 7,2% e óbitos adicionais, em 3,5% dos pacientes. CONCLUSÕES: A utilização da via radial para ICP primária é segura e eficaz quando realizada em serviços familiarizados com a técnica, não apresentou retardo para a reperfusão, comparativamente a dados históricos, e demonstrou baixo risco de sangramento maior.
id SBHCI-1_0defa5fd59193ce014a09f70a1cc694b
oai_identifier_str oai:scielo:S2179-83972012000300011
network_acronym_str SBHCI-1
network_name_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository_id_str
spelling Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento STInfarto do miocárdioArtéria radialAngioplastiaHemorragiaINTRODUÇÃO: A via radial é objeto de interesse crescente de cardiologistas intervencionistas, por oferecer diversas vantagens, entre elas a redução da taxa de sangramento maior, associado a maior risco de morte e eventos isquêmicos. Entretanto, sua utilização como via de acesso na intervenção coronária percutânea (ICP) primária é motivo de controvérsias, pela maior complexidade do procedimento e pelo possível retardo para se obter a reperfusão miocárdica, quando comparada à via femoral. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes consecutivos com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a ICP primária por via radial. Foram analisados os perfis clínico, angiográfico e do procedimento, assim como a evolução tanto inicial como tardia. RESULTADOS: Entre outubro de 2010 e fevereiro de 2012, 61 pacientes foram submetidos a ICP primária por via radial. A média de idade foi de 59 ± 11,1 anos, 24,6% eram do sexo feminino e 21,3% eram diabéticos. O tempo porta-balão foi de 126,1 ± 44,7 minutos, o tempo de fluoroscopia foi de 16,1 ± 9,5 minutos, o sucesso angiográfico foi alcançado em 98,5%, com obtenção de blush miocárdico graus 2 ou 3 em 77,4%, e resolução do segmento ST > 50% aos 90 minutos em 70,5% dos pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 6,6% e a taxa de sangramento grave foi de 1,6%. Na evolução tardia, reestenose clínica ocorreu em 7,2% e óbitos adicionais, em 3,5% dos pacientes. CONCLUSÕES: A utilização da via radial para ICP primária é segura e eficaz quando realizada em serviços familiarizados com a técnica, não apresentou retardo para a reperfusão, comparativamente a dados históricos, e demonstrou baixo risco de sangramento maior.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2012-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000300011Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.20 n.3 2012reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972012000300011info:eu-repo/semantics/openAccessDall'Orto,Clarissa CampoLopes,Rubens Pierry FerreiraOliveira,Luiz Daniel Silva deCisari,GiovanniMarques,Alexandre de SouzaPerea,Julio Cesar CastilloCosta,Guilherme de Oliveira Silveirapor2012-11-08T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972012000300011Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-11-08T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false
dc.title.none.fl_str_mv Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
title Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
spellingShingle Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
Dall'Orto,Clarissa Campo
Infarto do miocárdio
Artéria radial
Angioplastia
Hemorragia
title_short Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
title_full Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
title_fullStr Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
title_full_unstemmed Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
title_sort Intervenção coronária percutânea por acesso transradial em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST
author Dall'Orto,Clarissa Campo
author_facet Dall'Orto,Clarissa Campo
Lopes,Rubens Pierry Ferreira
Oliveira,Luiz Daniel Silva de
Cisari,Giovanni
Marques,Alexandre de Souza
Perea,Julio Cesar Castillo
Costa,Guilherme de Oliveira Silveira
author_role author
author2 Lopes,Rubens Pierry Ferreira
Oliveira,Luiz Daniel Silva de
Cisari,Giovanni
Marques,Alexandre de Souza
Perea,Julio Cesar Castillo
Costa,Guilherme de Oliveira Silveira
author2_role author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Dall'Orto,Clarissa Campo
Lopes,Rubens Pierry Ferreira
Oliveira,Luiz Daniel Silva de
Cisari,Giovanni
Marques,Alexandre de Souza
Perea,Julio Cesar Castillo
Costa,Guilherme de Oliveira Silveira
dc.subject.por.fl_str_mv Infarto do miocárdio
Artéria radial
Angioplastia
Hemorragia
topic Infarto do miocárdio
Artéria radial
Angioplastia
Hemorragia
description INTRODUÇÃO: A via radial é objeto de interesse crescente de cardiologistas intervencionistas, por oferecer diversas vantagens, entre elas a redução da taxa de sangramento maior, associado a maior risco de morte e eventos isquêmicos. Entretanto, sua utilização como via de acesso na intervenção coronária percutânea (ICP) primária é motivo de controvérsias, pela maior complexidade do procedimento e pelo possível retardo para se obter a reperfusão miocárdica, quando comparada à via femoral. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes consecutivos com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a ICP primária por via radial. Foram analisados os perfis clínico, angiográfico e do procedimento, assim como a evolução tanto inicial como tardia. RESULTADOS: Entre outubro de 2010 e fevereiro de 2012, 61 pacientes foram submetidos a ICP primária por via radial. A média de idade foi de 59 ± 11,1 anos, 24,6% eram do sexo feminino e 21,3% eram diabéticos. O tempo porta-balão foi de 126,1 ± 44,7 minutos, o tempo de fluoroscopia foi de 16,1 ± 9,5 minutos, o sucesso angiográfico foi alcançado em 98,5%, com obtenção de blush miocárdico graus 2 ou 3 em 77,4%, e resolução do segmento ST > 50% aos 90 minutos em 70,5% dos pacientes. A mortalidade hospitalar foi de 6,6% e a taxa de sangramento grave foi de 1,6%. Na evolução tardia, reestenose clínica ocorreu em 7,2% e óbitos adicionais, em 3,5% dos pacientes. CONCLUSÕES: A utilização da via radial para ICP primária é segura e eficaz quando realizada em serviços familiarizados com a técnica, não apresentou retardo para a reperfusão, comparativamente a dados históricos, e demonstrou baixo risco de sangramento maior.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000300011
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000300011
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S2179-83972012000300011
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.20 n.3 2012
reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
instname_str Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron_str SBHCI
institution SBHCI
reponame_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
collection Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
repository.mail.fl_str_mv ||sbhci@sbhci.org.br
_version_ 1752122252805013504