Stents auto-expansíveis versus balão-expansíveis para tratamento de lesões em vasos de fino calibre: estudo com ultra-som intracoronário tridimensional
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000300017 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Intervenção coronária percutânea em vasos de fino calibre (VF) está associada a piores resultados imediatos e tardios, com elevadas taxas de reestenose. Estudos prévios têm sugerido que stents auto-expansíveis causam menos injúria vascular no momento do implante, com expansão de seus volumes com o tempo, gerando maiores áreas luminais que stents balão-expansíveis. A influência desses fenômenos em VF ainda é desconhecida. OBJETIVOS: Avaliar as propriedades mecânicas e a eficácia do novo stent CardioMind® no tratamento de lesões em VF em comparação ao stent balão-expansível Multi-Link Pixel® (Pixel). MÉTODO: Treze pacientes portadores de lesões únicas primárias, < 14 mm de extensão, em artérias coronárias nativas < 2,5 mm de diâmetro, foram tratados com o stent CardioMind® e comparados a uma coorte histórica de 25 pacientes, com os mesmos critérios de inclusão, tratados com o stent Pixel®. Ultrasom intracoronário (USIC) seriado foi realizado pós-procedimento e aos 7,3 ± 1,0 meses. RESULTADOS: A média das idades foi de 58,1 ± 9,9 anos, com 60,5% do sexo masculino e 39,4% diabéticos. Ambos os stents produziram volumes de hiperplasia neo-intimal (HNI) semelhantes (volume de HNI indexado: 1,45 ± 0,46 mm³/mm para o CardioMind® vs. 1,66 ± 1,02 mm³/mm para o Pixel®; p = 0,48). Entretanto, o stent CardioMind® apresentou expansão de 12% em seus volumes, gerando menor porcentual de obstrução volumétrica intra-stent (31,94 ± 8,19% vs. 39,90 ± 4,72%; p = 0,0005). Nenhum dos tipos de stent causou injúria nos segmentos de borda. CONCLUSÕES: A análise seriada com USIC demonstrou que os stents CardioMind® e Pixel® produziram volumes semelhantes de tecido neo-intimal. Entretanto, a expansão continuada dos volumes do CardioMind® promoveu maior volume luminal e menor porcentual de obstrução intra-stent. Ambos os stents foram inócuos aos segmentos das bordas. |
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Stents auto-expansíveis versus balão-expansíveis para tratamento de lesões em vasos de fino calibre: estudo com ultra-som intracoronário tridimensionalContenedoresAngioplastia coronária transluminal percutâneaUltra-sonografiaINTRODUÇÃO: Intervenção coronária percutânea em vasos de fino calibre (VF) está associada a piores resultados imediatos e tardios, com elevadas taxas de reestenose. Estudos prévios têm sugerido que stents auto-expansíveis causam menos injúria vascular no momento do implante, com expansão de seus volumes com o tempo, gerando maiores áreas luminais que stents balão-expansíveis. A influência desses fenômenos em VF ainda é desconhecida. OBJETIVOS: Avaliar as propriedades mecânicas e a eficácia do novo stent CardioMind® no tratamento de lesões em VF em comparação ao stent balão-expansível Multi-Link Pixel® (Pixel). MÉTODO: Treze pacientes portadores de lesões únicas primárias, < 14 mm de extensão, em artérias coronárias nativas < 2,5 mm de diâmetro, foram tratados com o stent CardioMind® e comparados a uma coorte histórica de 25 pacientes, com os mesmos critérios de inclusão, tratados com o stent Pixel®. Ultrasom intracoronário (USIC) seriado foi realizado pós-procedimento e aos 7,3 ± 1,0 meses. RESULTADOS: A média das idades foi de 58,1 ± 9,9 anos, com 60,5% do sexo masculino e 39,4% diabéticos. Ambos os stents produziram volumes de hiperplasia neo-intimal (HNI) semelhantes (volume de HNI indexado: 1,45 ± 0,46 mm³/mm para o CardioMind® vs. 1,66 ± 1,02 mm³/mm para o Pixel®; p = 0,48). Entretanto, o stent CardioMind® apresentou expansão de 12% em seus volumes, gerando menor porcentual de obstrução volumétrica intra-stent (31,94 ± 8,19% vs. 39,90 ± 4,72%; p = 0,0005). Nenhum dos tipos de stent causou injúria nos segmentos de borda. CONCLUSÕES: A análise seriada com USIC demonstrou que os stents CardioMind® e Pixel® produziram volumes semelhantes de tecido neo-intimal. Entretanto, a expansão continuada dos volumes do CardioMind® promoveu maior volume luminal e menor porcentual de obstrução intra-stent. Ambos os stents foram inócuos aos segmentos das bordas.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000300017Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.3 2008reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972008000300017info:eu-repo/semantics/openAccessChamié,DanielCosta Jr.,José RibamarAbizaid,AlexandreFeres,FaustoDevito,FernandoMattos,Luiz AlbertoStaico,RodolfoAbizaid,AndréaTanajura,Luiz Fernando L.Fitzgerald,Peter J.Whitbourn,RobertSousa,Amanda G. M. R.Sousa,J. Eduardopor2012-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972008000300017Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-15T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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