Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Selig,Fábio Augusto
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Souza Filho,Newton Fernando Stadler de, Kovacs,Pedro André, Mendel,Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100017
Resumo: INTRODUÇÃO: A enxaqueca atinge aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. Cerca de 50% dos pacientes com enxaqueca com aura (MA+) e 30% dos sem aura (MA-) são portadores de forame oval patente (FOP), incidência maior que na população geral. Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução clínica de pacientes com MA+ e MA- submetidos a oclusão percutânea. MÉTODO: Foram incluídos pacientes portadores de enxaqueca crônica refratária a tratamento clínico encaminhados ao Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Ecoville, entre agosto de 2006 e maio de 2007, para oclusão do FOP. A cefaléia foi caracterizada clinicamente quanto a intensidade, freqüência, duração e presença de aura, bem como foram avaliados os fatores de co-morbidade. A avaliação complementar foi realizada por meio de ressonância magnética de crânio (RMC), ecocardiografia Doppler transesofágica (ETE) e Doppler transcraniano (DTC), os dois últimos métodos com injeção de microbolhas e manobra de Valsalva. Foram, então, realizados cateterismo cardíaco e oclusão do FOP com prótese. Os pacientes foram acompanhados com reavaliação dos mesmos critérios pré-operatórios. RESULTADOS: No total, foram avaliados sete pacientes (seis do sexo feminino), entre 18 e 65 anos de idade, cinco deles portadores de MA+ (enxaqueca clássica) e outros dois portadores de MA-. Em quatro pacientes foram observadas crises moderadas e em três, crises graves. Todos, exceto um, apresentavam alterações isquêmicas à RMC, quatro apresentavam associação com depressão e um, com doença de Behçet. Todos tinham resultados de ETE e DTC positivos, que foram negativados até três meses após a oclusão. Apenas um paciente não apresentou melhora após o tratamento. CONCLUSÃO: Apesar do número ainda pequeno de pacientes, a oclusão percutânea do FOP com prótese parece ser método promissor para o tratamento complementar da enxaqueca.
id SBHCI-1_1430df0e373ed5dd06c6859f59e7c8fa
oai_identifier_str oai:scielo:S2179-83972008000100017
network_acronym_str SBHCI-1
network_name_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository_id_str
spelling Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patenteDefeitos do septo interatrialEnxaqueca com auraEnxaqueca sem auraTranstornos de enxaquecaAcidente cerebrovascular, etiologiaCateterismoINTRODUÇÃO: A enxaqueca atinge aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. Cerca de 50% dos pacientes com enxaqueca com aura (MA+) e 30% dos sem aura (MA-) são portadores de forame oval patente (FOP), incidência maior que na população geral. Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução clínica de pacientes com MA+ e MA- submetidos a oclusão percutânea. MÉTODO: Foram incluídos pacientes portadores de enxaqueca crônica refratária a tratamento clínico encaminhados ao Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Ecoville, entre agosto de 2006 e maio de 2007, para oclusão do FOP. A cefaléia foi caracterizada clinicamente quanto a intensidade, freqüência, duração e presença de aura, bem como foram avaliados os fatores de co-morbidade. A avaliação complementar foi realizada por meio de ressonância magnética de crânio (RMC), ecocardiografia Doppler transesofágica (ETE) e Doppler transcraniano (DTC), os dois últimos métodos com injeção de microbolhas e manobra de Valsalva. Foram, então, realizados cateterismo cardíaco e oclusão do FOP com prótese. Os pacientes foram acompanhados com reavaliação dos mesmos critérios pré-operatórios. RESULTADOS: No total, foram avaliados sete pacientes (seis do sexo feminino), entre 18 e 65 anos de idade, cinco deles portadores de MA+ (enxaqueca clássica) e outros dois portadores de MA-. Em quatro pacientes foram observadas crises moderadas e em três, crises graves. Todos, exceto um, apresentavam alterações isquêmicas à RMC, quatro apresentavam associação com depressão e um, com doença de Behçet. Todos tinham resultados de ETE e DTC positivos, que foram negativados até três meses após a oclusão. Apenas um paciente não apresentou melhora após o tratamento. CONCLUSÃO: Apesar do número ainda pequeno de pacientes, a oclusão percutânea do FOP com prótese parece ser método promissor para o tratamento complementar da enxaqueca.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100017Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972008000100017info:eu-repo/semantics/openAccessSelig,Fábio AugustoSouza Filho,Newton Fernando Stadler deKovacs,Pedro AndréMendel,Eduardopor2012-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972008000100017Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-15T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false
dc.title.none.fl_str_mv Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
title Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
spellingShingle Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
Selig,Fábio Augusto
Defeitos do septo interatrial
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Transtornos de enxaqueca
Acidente cerebrovascular, etiologia
Cateterismo
title_short Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
title_full Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
title_fullStr Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
title_full_unstemmed Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
title_sort Evolução clínica da enxaqueca após oclusão percutânea de forame oval patente
author Selig,Fábio Augusto
author_facet Selig,Fábio Augusto
Souza Filho,Newton Fernando Stadler de
Kovacs,Pedro André
Mendel,Eduardo
author_role author
author2 Souza Filho,Newton Fernando Stadler de
Kovacs,Pedro André
Mendel,Eduardo
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Selig,Fábio Augusto
Souza Filho,Newton Fernando Stadler de
Kovacs,Pedro André
Mendel,Eduardo
dc.subject.por.fl_str_mv Defeitos do septo interatrial
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Transtornos de enxaqueca
Acidente cerebrovascular, etiologia
Cateterismo
topic Defeitos do septo interatrial
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Transtornos de enxaqueca
Acidente cerebrovascular, etiologia
Cateterismo
description INTRODUÇÃO: A enxaqueca atinge aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. Cerca de 50% dos pacientes com enxaqueca com aura (MA+) e 30% dos sem aura (MA-) são portadores de forame oval patente (FOP), incidência maior que na população geral. Este estudo teve como objetivo avaliar a evolução clínica de pacientes com MA+ e MA- submetidos a oclusão percutânea. MÉTODO: Foram incluídos pacientes portadores de enxaqueca crônica refratária a tratamento clínico encaminhados ao Laboratório de Hemodinâmica do Hospital Ecoville, entre agosto de 2006 e maio de 2007, para oclusão do FOP. A cefaléia foi caracterizada clinicamente quanto a intensidade, freqüência, duração e presença de aura, bem como foram avaliados os fatores de co-morbidade. A avaliação complementar foi realizada por meio de ressonância magnética de crânio (RMC), ecocardiografia Doppler transesofágica (ETE) e Doppler transcraniano (DTC), os dois últimos métodos com injeção de microbolhas e manobra de Valsalva. Foram, então, realizados cateterismo cardíaco e oclusão do FOP com prótese. Os pacientes foram acompanhados com reavaliação dos mesmos critérios pré-operatórios. RESULTADOS: No total, foram avaliados sete pacientes (seis do sexo feminino), entre 18 e 65 anos de idade, cinco deles portadores de MA+ (enxaqueca clássica) e outros dois portadores de MA-. Em quatro pacientes foram observadas crises moderadas e em três, crises graves. Todos, exceto um, apresentavam alterações isquêmicas à RMC, quatro apresentavam associação com depressão e um, com doença de Behçet. Todos tinham resultados de ETE e DTC positivos, que foram negativados até três meses após a oclusão. Apenas um paciente não apresentou melhora após o tratamento. CONCLUSÃO: Apesar do número ainda pequeno de pacientes, a oclusão percutânea do FOP com prótese parece ser método promissor para o tratamento complementar da enxaqueca.
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100017
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100017
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S2179-83972008000100017
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008
reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron:SBHCI
instname_str Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
instacron_str SBHCI
institution SBHCI
reponame_str Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
collection Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)
repository.mail.fl_str_mv ||sbhci@sbhci.org.br
_version_ 1752122251393630208