Comparação dos Resultados da Intervenção Coronária Percutânea por Via Radial na Síndrome Coronariana Aguda Entre Mulheres e Homens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dall'Orto,Clarissa Campo
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Lopes,Rubens Pierry Ferreira, Pinto Filho,Gilvan Vilella, Santos,Thayná Soares, Cisari,Giovanni, Perea,Julio Cesar Castilho, Costa,Guilherme de Oliveira Silveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972014000100016
Resumo: Introdução: Na síndrome coronariana aguda, o uso de múltiplos fármacos anticoagulantes e antiagregantes plaquetários contribui para o risco de sangramentos, incluindo aqueles da via de acesso vascular, particularmente no sexo feminino. O uso da artéria radial como via de acesso vascular mostrou reduzir a incidência de complicações. Métodos: Estudo retrospectivo, que incluiu pacientes com síndrome coronariana aguda submetidos a intervenções coronárias percutâneas por via radial, divididos de acordo com o sexo. Foram analisados os perfis dos pacientes, assim como as evoluções clínicas inicial e tardia. Resultados: Pacientes com síndrome coronariana aguda (n = 188) foram submetidos a intervenção coronária percutânea por acesso radial, sendo 34,6% mulheres. Os grupos não mostraram diferenças em relação às variáveis clínicas, com exceção do EuroSCORE e o clearence de creatinina, que caracterizaram um perfil um pouco mais complexo nas mulheres. Em relação às características angiográficas e do procedimento, não foram observadas diferenças em relação à maioria das variáveis. Dois terços dos pacientes tinham acometimento multiarterial, e as lesões tipo não C foram as mais tratadas. As taxas hospitalares de óbito (5,8% vs. 5,5%; p = 0,81), infarto do miocárdio (1,4% vs. 0; p = 0,76) e intervenção coronária percutânea de urgência (1,4% vs. 0; p = 0,76) foram semelhantes entre os grupos; os sangramentos graves foram raros (1,4% vs. 0; p = 0,76). Na evolução tardia, os eventos cardíacos maiores (18,3% vs. 17,1%; p = 0,67) foram semelhantes. Conclusões: Intervenção coronária percutânea por via radial mostrou-se tão efetiva nas mulheres quanto nos homens, no cenário da síndrome coronariana aguda, com alta taxa de sucesso e evolução clínica similar. Mostrou também ser segura, uma vez que os sangramentos foram eventos raros na população avaliada.
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