Desfechos hospitalares em pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea primária versus de resgate

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ganassin,Fabio Peixoto
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Cantarelli,Marcelo José de Carvalho, Castello Jr.,Hélio José, Gonçalves,Rosaly, Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia, Guimarães,João Batista de Freitas, Gioppato,Silvio, Vardi,Julio Cesar Francisco, Almeida,Leonardo Cao Cambra, Navarro,Ednelson Cunha, Noronha,Higo Cunha, Farinazzo,Marcelo Mendes, Conforti,Thomas, Coelho,Leonardo dos Santos, Almeida,Roberto Simões de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000200009
Resumo: INTRODUÇÃO: Dificuldades de acesso em tempo hábil a centros que oferecem intervenção coronária percutânea (ICP) primária fazem com que a trombólise química seja a modalidade de reperfusão predominante em pacientes com infarto com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) no Brasil. Nesse cenário, a ICP de resgate torna-se importante opção para pacientes com insucesso na reperfusão. Comparamos os desfechos hospitalares dessas duas modalidades de ICP no IAMCSST. MÉTODOS: Entre agosto de 2006 e outubro de 2012, pacientes consecutivos do Registro Angiocardio, com IAMCSST, foram submetidos a ICP primária ou de resgate. Foi comparada a incidência de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (ECCAM) hospitalares. RESULTADOS: Avaliamos 801 pacientes submetidos a ICP primária (n = 599) ou a ICP de resgate (n = 202). No grupo ICP de resgate foi observada menor frequência de trombos, oclusões totais, fluxo TIMI 0/1 pré-procedimento e presença de circulação colateral. O emprego de stents foi similar, assim como a taxa de sucesso do procedimento (91,7% vs. 90,6%; P = 0,75). A incidência de ECCAM (6,3% vs. 6,9%; P = 0,89), óbito (4% vs. 4%; P &gt; 0,99), acidente vascular cerebral (0,3% vs. 0; P = 0,99) e reinfarto (2,7% vs. 3%; P &gt; 0,99) não diferiu entre os grupos. Na análise multivariada, dislipidemia [odds ratio (OR) 2,190, intervalo de confiança de 95% (IC 95%) 1,14-4,16; P = 0,01], classe funcional Killip III ou IV (OR 7,494, IC 95% 3,90-14,31; P < 0,01) e lesões com calcificação moderada/acentuada (OR 2,852, IC 95% 1,39-5,62; P < 0,01) foram as variáveis que melhor explicaram os ECCAM hospitalares. CONCLUSÕES: Neste registro contemporâneo, a ICP de resgate obteve resultados hospitalares similares aos da ICP primária.
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