Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972014000100010 |
Resumo: | Introdução: Estudos demonstram que a intervenção coronária percutânea primária realizada fora do horário de rotina está relacionada a pior prognóstico. Nosso objetivo foi avaliar os desfechos da intervenção coronária percutânea primária realizada nos períodos diurno e noturno em um centro cardiológico de referência. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, que incluiu 1.108 pacientes consecutivamente atendidos por infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, divididos nos grupos intervenção coronária percutânea primária diurna (se realizada entre 8 e 20 horas) e intervenção coronária percutânea primária noturna (se realizada entre 20 e 8 horas). Resultados: Incluímos 680 pacientes no grupo diurno e 428 no grupo noturno. As características basais referentes ao perfil demográfico, fatores de risco e classificação Killip foram semelhantes em ambos os grupos, porém o tempo porta-balão foi significativamente maior no grupo noturno (84 ± 66 minutos vs. 102 ± 98 minutos; p < 0,01). Vasos culpados, e fluxos TIMI pré e pós-procedimento não foram diferentes entre os grupos. Não encontramos diferenças significantes em relação à mortalidade hospitalar (7,6% vs. 10,2%; p = 0,16), trombose de stent (2,8% vs. 2,4%; p = 0,69) ou presença de sangramento maior (1,9% vs. 2,1%; p = 0,50). Em 1 ano, a mortalidade também foi semelhante (9,5% vs. 12,6%; p = 0,12). O principal preditor de mortalidade em 1 ano foi a classe III/IV de Killip (OR = 10,02; IC 95% 5,8-17,1; p < 0,01). Conclusões: Pacientes com infarto agudo do miocárdio apresentam taxas de desfechos clínicos semelhantes, independentemente do horário de realização da intervenção coronária percutânea primária. No entanto, o tempo porta-balão é significativamente maior nos pacientes tratados entre 20 e 8 horas. |
id |
SBHCI-1_8ba53224f39d7d637fec1003743a6663 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2179-83972014000100010 |
network_acronym_str |
SBHCI-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e NoturnoInfarto do miocárdioIntervenção coronária percutâneaReperfusão miocárdica Introdução: Estudos demonstram que a intervenção coronária percutânea primária realizada fora do horário de rotina está relacionada a pior prognóstico. Nosso objetivo foi avaliar os desfechos da intervenção coronária percutânea primária realizada nos períodos diurno e noturno em um centro cardiológico de referência. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, que incluiu 1.108 pacientes consecutivamente atendidos por infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, divididos nos grupos intervenção coronária percutânea primária diurna (se realizada entre 8 e 20 horas) e intervenção coronária percutânea primária noturna (se realizada entre 20 e 8 horas). Resultados: Incluímos 680 pacientes no grupo diurno e 428 no grupo noturno. As características basais referentes ao perfil demográfico, fatores de risco e classificação Killip foram semelhantes em ambos os grupos, porém o tempo porta-balão foi significativamente maior no grupo noturno (84 ± 66 minutos vs. 102 ± 98 minutos; p < 0,01). Vasos culpados, e fluxos TIMI pré e pós-procedimento não foram diferentes entre os grupos. Não encontramos diferenças significantes em relação à mortalidade hospitalar (7,6% vs. 10,2%; p = 0,16), trombose de stent (2,8% vs. 2,4%; p = 0,69) ou presença de sangramento maior (1,9% vs. 2,1%; p = 0,50). Em 1 ano, a mortalidade também foi semelhante (9,5% vs. 12,6%; p = 0,12). O principal preditor de mortalidade em 1 ano foi a classe III/IV de Killip (OR = 10,02; IC 95% 5,8-17,1; p < 0,01). Conclusões: Pacientes com infarto agudo do miocárdio apresentam taxas de desfechos clínicos semelhantes, independentemente do horário de realização da intervenção coronária percutânea primária. No entanto, o tempo porta-balão é significativamente maior nos pacientes tratados entre 20 e 8 horas. Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2014-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972014000100010Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.22 n.1 2014reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/0104-1843000000004info:eu-repo/semantics/openAccessCardoso,Cristiano O.Lana,Daniela DallaBess,GrasieleSebben,Juliana CañedoMattos,EduardoBaldissera,Felipe A.Sarmento-Leite,RogérioQuadros,Alexandre S.Gottschall,Carlos Antônio Masciapor2015-01-19T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972014000100010Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2015-01-19T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
title |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
spellingShingle |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno Cardoso,Cristiano O. Infarto do miocárdio Intervenção coronária percutânea Reperfusão miocárdica |
title_short |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
title_full |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
title_fullStr |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
title_full_unstemmed |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
title_sort |
Resultados das Intervenções Coronárias Percutâneas Primárias Realizadas nos Horários Diurno e Noturno |
author |
Cardoso,Cristiano O. |
author_facet |
Cardoso,Cristiano O. Lana,Daniela Dalla Bess,Grasiele Sebben,Juliana Cañedo Mattos,Eduardo Baldissera,Felipe A. Sarmento-Leite,Rogério Quadros,Alexandre S. Gottschall,Carlos Antônio Mascia |
author_role |
author |
author2 |
Lana,Daniela Dalla Bess,Grasiele Sebben,Juliana Cañedo Mattos,Eduardo Baldissera,Felipe A. Sarmento-Leite,Rogério Quadros,Alexandre S. Gottschall,Carlos Antônio Mascia |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cardoso,Cristiano O. Lana,Daniela Dalla Bess,Grasiele Sebben,Juliana Cañedo Mattos,Eduardo Baldissera,Felipe A. Sarmento-Leite,Rogério Quadros,Alexandre S. Gottschall,Carlos Antônio Mascia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Infarto do miocárdio Intervenção coronária percutânea Reperfusão miocárdica |
topic |
Infarto do miocárdio Intervenção coronária percutânea Reperfusão miocárdica |
description |
Introdução: Estudos demonstram que a intervenção coronária percutânea primária realizada fora do horário de rotina está relacionada a pior prognóstico. Nosso objetivo foi avaliar os desfechos da intervenção coronária percutânea primária realizada nos períodos diurno e noturno em um centro cardiológico de referência. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, que incluiu 1.108 pacientes consecutivamente atendidos por infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST, divididos nos grupos intervenção coronária percutânea primária diurna (se realizada entre 8 e 20 horas) e intervenção coronária percutânea primária noturna (se realizada entre 20 e 8 horas). Resultados: Incluímos 680 pacientes no grupo diurno e 428 no grupo noturno. As características basais referentes ao perfil demográfico, fatores de risco e classificação Killip foram semelhantes em ambos os grupos, porém o tempo porta-balão foi significativamente maior no grupo noturno (84 ± 66 minutos vs. 102 ± 98 minutos; p < 0,01). Vasos culpados, e fluxos TIMI pré e pós-procedimento não foram diferentes entre os grupos. Não encontramos diferenças significantes em relação à mortalidade hospitalar (7,6% vs. 10,2%; p = 0,16), trombose de stent (2,8% vs. 2,4%; p = 0,69) ou presença de sangramento maior (1,9% vs. 2,1%; p = 0,50). Em 1 ano, a mortalidade também foi semelhante (9,5% vs. 12,6%; p = 0,12). O principal preditor de mortalidade em 1 ano foi a classe III/IV de Killip (OR = 10,02; IC 95% 5,8-17,1; p < 0,01). Conclusões: Pacientes com infarto agudo do miocárdio apresentam taxas de desfechos clínicos semelhantes, independentemente do horário de realização da intervenção coronária percutânea primária. No entanto, o tempo porta-balão é significativamente maior nos pacientes tratados entre 20 e 8 horas. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972014000100010 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972014000100010 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/0104-1843000000004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.22 n.1 2014 reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) instacron:SBHCI |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
instacron_str |
SBHCI |
institution |
SBHCI |
reponame_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbhci@sbhci.org.br |
_version_ |
1752122253244366848 |