Mudanças no perfil populacional e resultados da intervenção coronária percutânea do Registro Angiocardio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farinazzo,Marcelo Mendes
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Cantarelli,Marcelo José de Carvalho, Castello Jr.,Hélio J., Gonçalves,Rosaly, Gioppato,Silvio, Guimarães,João Batista de Freitas, Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia, Vardi,Julio Cesar Francisco, Noronha,Higo Cunha, Ganassin,Fabio Peixoto, Almeida,Leonardo Cao Cambra de, Navarro,Ednelson Cunha, Conforti,Thomas Borges
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972013000300011
Resumo: INTRODUÇÃO: A evolução tecnológica tem permitido ampliar a indicação da intervenção coronária percutânea (ICP) para cenários clínicos e angiográficos mais desafiadores. Nosso objetivo foi avaliar os resultados da ICP em dois diferentes períodos, nos últimos 6 anos. MÉTODOS: Registro multicêntrico no qual 6.288 pacientes consecutivos tratados por ICP foram divididos por períodos de tratamento: 2006 a 2008 (P1; n = 1.779) e 2009 a 2012 (P2; n = 4.509). Buscamos comparar as taxas de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (ECCAM) hospitalares e identificar seus preditores. RESULTADOS: Pacientes do Grupo P2 mostraram ser mais jovens, com maior prevalência de tabagismo e diabetes. Esses pacientes mostraram maior acometimento de múltiplos vasos, maior número de lesões trombóticas e lesões em bifurcações. A relação de vasos tratados/paciente foi maior no Grupo P2, assim como a relação stent/paciente e a utilização de stents farmacológicos. ECCAM foi mais frequente no Grupo P2 (2,5% vs. 3,5%; P = 0,04), às custas do infarto periprocedimento (1,7% vs. 2,6%; P = 0,05), não havendo diferenças quanto a óbito (1,0% vs. 1,0%; P = 0,87), acidente vascular cerebral (0,2% vs. 0,1%; P = 0,47) ou cirurgia de revascularização de emergência (0,1% vs. 0; P = 0,68). Idade (odds ratio - OR - de 1,02; intervalo de confiança de 95% - IC 95% - de 1,00-1,05; P = 0,04) e Killip III/IV (OR = 6,03, IC 95%; 3,39-10,90; P < 0,01) foram as variáveis que melhor explicaram a presença de ECCAM. CONCLUSÕES: Nessa grande coorte, mudanças substanciais ocorreram nas características de pacientes tratados por ICP nos últimos 6 anos. O cenário mais complexo associou-se a discreto aumento de infartos periprocedimento, mas não a outros eventos adversos clínicos hospitalares.
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