Uso do escore de propensão na análise de custo-efetividade com utilização seletiva de stents farmacológicos e não-farmacológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Esmeralci
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Araújo,Denizar Vianna, Azevedo,Vitor Manuel Pereira, Ferreira Jr.,Alcides, Junqueira,Camillo de Lellis Carneiro, Amorim,Bernardo, Quintella,Edgar Freitas, Rodrigues,Cyro Vargues, Farias Neto,Antonio, Albuquerque,Denilson Campos de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000100006
Resumo: INTRODUÇÃO: Os estudos sobre a razão de custo-efetividade dos stents farmacológicos (SFs) são escassos. Nosso objetivo foi avaliar os resultados e comparar os custos (razão custo-efetividade incremental - RCEI) por reestenose evitada entre SFs e stents não-farmacológicos (SNFs) utilizando o escore de propensão. MÉTODOS: Incluímos na análise 220 pacientes tratados consecutivamente, dos quais 111 com SFs e 109 com SNFs. O escore de propensão foi usado para ajustar o efeito da intervenção por meio de pareamento, estratificação e ponderação. RESULTADOS: Predominaram pacientes do sexo masculino (67,7% vs. 66,9%; P = 0,53), com média de idade de 65,9 anos. Pacientes tratados com SFs apresentaram maior frequência de diabetes (54% vs. 17,4%; P < 0,001) e doença triarterial (18,9% vs. 10,1%; P = 0,029) e pior função ventricular (54,1% vs. 22%; P < 0,0001). O diâmetro dos stents foi de 2,76 ± 0,35 mm vs. 2,91 ± 0,47 mm (P = 0,006) e a soma do comprimento dos stents foi de 37,6 ± 23 mm vs. 24,8 ± 15,8 mm (P < 0,0001). Reestenose ocorreu em 6,3% vs. 12,8% dos pacientes (P = 0,099) e em 4,1% vs. 9,8% das lesões (P = 0,048). Houve incremento de custo de R$ 9.590,00 e a RCEI foi de R$ 147.538,00 por reestenose evitada (acima do limiar da Organização Mundial da Saúde). Entretanto, utilizando o escore de propensão, as variáveis que melhor classificaram os pacientes para SFs e apresentam RCEI máxima de R$ 4.776,96 foram idade &gt; 72 anos, diabetes e lesões com diâmetro < 3,2 mm e comprimento &gt; 18 mm. CONCLUSÕES: Apesar de os SFs não terem sido custo-efetivos na população em geral, o escore de propensão demonstrou que em idosos, diabéticos e pacientes com lesões longas ou vasos de fino calibre o uso de SFs foi custo-efetivo.
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