Células-tronco mesenquimais para reparo cardíaco
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100018 |
Resumo: | As células-tronco mesenquimais (CTMs) são uma população adulta de células que compartilham algumas características fenotípicas com as células-tronco embrionárias, mas carecem da preocupação ética ou da segurança associadas a tais células indiferenciadas. As CTMs estão localizadas, principalmente, na medula óssea e, em menor grau, em outros tecidos. Elas podem ser positivamente selecionadas, expandidas em cultura ex vivo, e se diferenciar para a linhagem de osteócitos, condrócitos e adipócitos do tecido mesenquimal. As chamadas células mesenquimais progenitoras (CMPs), precursoras de CTMs, podem ser isoladas da medula óssea, resultando em produto homogêneo, contendo uma população marcadamente mais pura de CTMs, ou seja, sem o elevado número de células contaminantes inerentes às técnicas de isolamento. Além disso, as CTMs carecem de certos receptores coestimulantes, como os antígenos de histocompatibilidade (HLA) da classe II, e, localmente, secretam fatores, diminuindo a resposta das células T e permitindo a utilização alogênica como produto já disponível. As CTMs aumentaram a neovascularização e a regeneração de cardiomiócitos em uma série de modelos animais, acarretando a melhoria do resultado funcional cardíaco e a limitação do progresso da insuficiência cardíaca. O(s) mecanismo(s) de melhoria permanece(m) um assunto discutível. As alternativas incluem diferenciação direta das CTMs versus secreção parácrina de fatores que indiretamente afetam o tecido endógeno e as células progenitoras locais. Apesar de ainda se buscar o mecanismo exato da melhoria cardíaca, fica claro que as CTMs alogênicas oferecem terapia celular reprodutível, barata e amigável, do ponto de vista regulatório, para o tratamento de moléstia cardiovascular, que, para maior segurança e eficiência, precisarão ser investigadas por ensaios clínicos. |
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Células-tronco mesenquimais para reparo cardíacoCélulas-troncoTerapia tissularIsquemia miocárdicaMiocárdioAs células-tronco mesenquimais (CTMs) são uma população adulta de células que compartilham algumas características fenotípicas com as células-tronco embrionárias, mas carecem da preocupação ética ou da segurança associadas a tais células indiferenciadas. As CTMs estão localizadas, principalmente, na medula óssea e, em menor grau, em outros tecidos. Elas podem ser positivamente selecionadas, expandidas em cultura ex vivo, e se diferenciar para a linhagem de osteócitos, condrócitos e adipócitos do tecido mesenquimal. As chamadas células mesenquimais progenitoras (CMPs), precursoras de CTMs, podem ser isoladas da medula óssea, resultando em produto homogêneo, contendo uma população marcadamente mais pura de CTMs, ou seja, sem o elevado número de células contaminantes inerentes às técnicas de isolamento. Além disso, as CTMs carecem de certos receptores coestimulantes, como os antígenos de histocompatibilidade (HLA) da classe II, e, localmente, secretam fatores, diminuindo a resposta das células T e permitindo a utilização alogênica como produto já disponível. As CTMs aumentaram a neovascularização e a regeneração de cardiomiócitos em uma série de modelos animais, acarretando a melhoria do resultado funcional cardíaco e a limitação do progresso da insuficiência cardíaca. O(s) mecanismo(s) de melhoria permanece(m) um assunto discutível. As alternativas incluem diferenciação direta das CTMs versus secreção parácrina de fatores que indiretamente afetam o tecido endógeno e as células progenitoras locais. Apesar de ainda se buscar o mecanismo exato da melhoria cardíaca, fica claro que as CTMs alogênicas oferecem terapia celular reprodutível, barata e amigável, do ponto de vista regulatório, para o tratamento de moléstia cardiovascular, que, para maior segurança e eficiência, precisarão ser investigadas por ensaios clínicos.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2008-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000100018Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.16 n.1 2008reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972008000100018info:eu-repo/semantics/openAccessSchuster,Michael D.Martens,Timothy P.Itescu,Silviupor2012-08-15T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972008000100018Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-15T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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