A UNIDADE DE REFERÊNCIA NO ENSINO DOS NÚMEROS RACIONAIS: um olhar sobre manuais da formação de professores do ensino primário em Portugal (1844-1974)
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de História da Educação Matemática |
Texto Completo: | http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359 |
Resumo: | O presente trabalho centra-se na análise do modo como a unidade de referência era abordada no ensino dos números racionais em oito manuais da formação de professores do ensino primário, de diferentes momentos do intervalo de tempo entre 1844 e 1974. Os manuais analisados são de autores de referência na formação de professores em Portugal de diferentes épocas. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. É possível distinguir dois períodos: de 1884 a 1930 e depois de 1930 até 1974. No primeiro período, os cursos de formação inicial de professores do ensino primário contemplavam disciplinas com conteúdos matemáticos, por exemplo Aritmética e Geometria, e disciplinas de didática e pedagogia. No segundo período, o plano curricular do curso foi reduzido às disciplinas consideradas essenciais para o exercício profissional e as disciplinas com conteúdos de matemática foram retiradas passando os temas de matemática a ser tratados apenas a um nível didático e pedagógico. Verifica-se que, de um modo geral, nos manuais existe o recurso a situações contextualizadas onde se identificam diferentes tipos de grandezas, contínuas e discretas e respetivas unidades de medida, e unidades simples e compostas. No entanto, nos dois manuais do primeiro período cujos autores têm uma formação académica científica, Nunes (1887) e Preto (1903), nota-se uma maior preocupação com a diversidade de unidades escolhidas existindo uma distinção explícita entre grandezas contínuas, como as medidas de comprimento, e grandezas discretas com a apresentação de situações de reconstrução da unidade a partir de uma parte. Nas obras do segundo período é de destacar o trabalho com tarefas de reconstrução da unidade propostas em Gonçalves (1974) e a utilização explícita de diferentes tipos de unidades nos exemplos apresentados por Pimentel Filho (1934) e Gonçalves (1974). |
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A UNIDADE DE REFERÊNCIA NO ENSINO DOS NÚMEROS RACIONAIS: um olhar sobre manuais da formação de professores do ensino primário em Portugal (1844-1974)História da educação matemáticaEnsino primárioFormação de professoresNúmeros racionais não negativosUnidadeO presente trabalho centra-se na análise do modo como a unidade de referência era abordada no ensino dos números racionais em oito manuais da formação de professores do ensino primário, de diferentes momentos do intervalo de tempo entre 1844 e 1974. Os manuais analisados são de autores de referência na formação de professores em Portugal de diferentes épocas. O estudo é baseado numa análise documental, de natureza descritiva e interpretativa, com uma perspetiva histórica. É possível distinguir dois períodos: de 1884 a 1930 e depois de 1930 até 1974. No primeiro período, os cursos de formação inicial de professores do ensino primário contemplavam disciplinas com conteúdos matemáticos, por exemplo Aritmética e Geometria, e disciplinas de didática e pedagogia. No segundo período, o plano curricular do curso foi reduzido às disciplinas consideradas essenciais para o exercício profissional e as disciplinas com conteúdos de matemática foram retiradas passando os temas de matemática a ser tratados apenas a um nível didático e pedagógico. Verifica-se que, de um modo geral, nos manuais existe o recurso a situações contextualizadas onde se identificam diferentes tipos de grandezas, contínuas e discretas e respetivas unidades de medida, e unidades simples e compostas. No entanto, nos dois manuais do primeiro período cujos autores têm uma formação académica científica, Nunes (1887) e Preto (1903), nota-se uma maior preocupação com a diversidade de unidades escolhidas existindo uma distinção explícita entre grandezas contínuas, como as medidas de comprimento, e grandezas discretas com a apresentação de situações de reconstrução da unidade a partir de uma parte. Nas obras do segundo período é de destacar o trabalho com tarefas de reconstrução da unidade propostas em Gonçalves (1974) e a utilização explícita de diferentes tipos de unidades nos exemplos apresentados por Pimentel Filho (1934) e Gonçalves (1974).Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)2020-12-21info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359Revista de História da Educação Matemática; v. 6 n. 3 (2020)2447-6447reponame:Revista de História da Educação Matemáticainstname:Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)instacron:SBHMATporhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359/283http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359/393http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359/394http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359/395http://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/359/396Copyright (c) 2020 Revista de História da Educação Matemáticainfo:eu-repo/semantics/openAccessCandeias, Rui PedroMonteiro, Cecília2023-12-13T13:30:33Zoai:ojs2.histemat.com.br:article/359Revistahttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/indexPRIhttp://www.histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/oairevista.histemat.sbhmat@gmail.com||ghemat.contato@gmail.com2447-64472447-6447opendoar:2023-12-13T13:30:33Revista de História da Educação Matemática - Sociedade Brasileira de História da Matemática (SBHMat)false |
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