O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922005000300009 |
Resumo: | O esforço percebido tem sido alvo de diversas investigações, geralmente associando-o a indicadores fisiológicos objetivos no exercício. Recentemente, foi proposta a identificação do limiar de esforço percebido (LEP) em corrida aquática, o qual não diferiu da velocidade crítica. Em tese, ambos os parâmetros seriam indicadores de máximo estado estável de variáveis como o VO2 e lactato sanguíneo. Este trabalho teve como objetivo verificar a coincidência entre LEP, potência crítica (PCrit) e um indicador de máximo estado estável de VO2 (PCrit') em cicloergômetro. Oito participantes do sexo masculino foram submetidos a teste de esforço progressivo, para determinação do VO2pico (46,7 ± 8,5ml/kg/min), e a quatro testes retangulares exaustivos para estimativa dos parâmetros do modelo de potência crítica, LEP e PCrit'. A relação hiperbólica entre potência mecânica e tempo até que o VO2pico fosse alcançado em cada teste foi utilizada para a estimativa da PCrit', tida como a assíntota no eixo da potência, e a porção da capacidade de trabalho anaeróbio (CTAnaer) depletada até o estabelecimento do VO2pico (CTAnaer'). Para identificar o LEP, os coeficientes angulares das retas do aumento do esforço percebido no tempo (ordenada) e as potências utilizadas (abscissa) foram ajustados a uma função linear que fornecia um ponto no eixo da potência em que o esforço percebido seria mantido estável indefinidamente. Os parâmetros PCrit e CTAnaer foram estimados por meio da equação não linear potência-tempo. Para comparação das estimativas de LEP, PCrit e PCrit' foi empregada ANOVA para medidas repetidas e as associações foram estabelecidas por correlação de Pearson. CTAnaer e CTAnaer' foram comparadas por teste t. O LEP (180W ± 61W), PCrit (174W ± 43W) e PCrit' (176W ± 48W) não diferiram significantemente e as correlações foram de 0,92-0,98. CTAnaer' (14.080 ± 5.219J) foi menor que CTAnaer (22.093 ± 9.042J). Conclui-se que o LEP prediz de forma acurada a intensidade de PCrit e PCrit'. |
id |
SBMEE-1_6d83387c4e962dec0bbf8655ebecce05 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1517-86922005000300009 |
network_acronym_str |
SBMEE-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênioEsforço percebidoPotência críticaMáximo estado estável de VO2O esforço percebido tem sido alvo de diversas investigações, geralmente associando-o a indicadores fisiológicos objetivos no exercício. Recentemente, foi proposta a identificação do limiar de esforço percebido (LEP) em corrida aquática, o qual não diferiu da velocidade crítica. Em tese, ambos os parâmetros seriam indicadores de máximo estado estável de variáveis como o VO2 e lactato sanguíneo. Este trabalho teve como objetivo verificar a coincidência entre LEP, potência crítica (PCrit) e um indicador de máximo estado estável de VO2 (PCrit') em cicloergômetro. Oito participantes do sexo masculino foram submetidos a teste de esforço progressivo, para determinação do VO2pico (46,7 ± 8,5ml/kg/min), e a quatro testes retangulares exaustivos para estimativa dos parâmetros do modelo de potência crítica, LEP e PCrit'. A relação hiperbólica entre potência mecânica e tempo até que o VO2pico fosse alcançado em cada teste foi utilizada para a estimativa da PCrit', tida como a assíntota no eixo da potência, e a porção da capacidade de trabalho anaeróbio (CTAnaer) depletada até o estabelecimento do VO2pico (CTAnaer'). Para identificar o LEP, os coeficientes angulares das retas do aumento do esforço percebido no tempo (ordenada) e as potências utilizadas (abscissa) foram ajustados a uma função linear que fornecia um ponto no eixo da potência em que o esforço percebido seria mantido estável indefinidamente. Os parâmetros PCrit e CTAnaer foram estimados por meio da equação não linear potência-tempo. Para comparação das estimativas de LEP, PCrit e PCrit' foi empregada ANOVA para medidas repetidas e as associações foram estabelecidas por correlação de Pearson. CTAnaer e CTAnaer' foram comparadas por teste t. O LEP (180W ± 61W), PCrit (174W ± 43W) e PCrit' (176W ± 48W) não diferiram significantemente e as correlações foram de 0,92-0,98. CTAnaer' (14.080 ± 5.219J) foi menor que CTAnaer (22.093 ± 9.042J). Conclui-se que o LEP prediz de forma acurada a intensidade de PCrit e PCrit'.Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte2005-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922005000300009Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.11 n.3 2005reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online)instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)instacron:SBMEE10.1590/S1517-86922005000300009info:eu-repo/semantics/openAccessNakamura,Fábio YuzoBrunetto,Antônio FernandoHirai,Daniel MüllerRoseguini,Bruno TesiniKokubun,Eduardopor2005-09-15T00:00:00Zoai:scielo:S1517-86922005000300009Revistahttp://www.scielo.br/rbmeONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@medicinadoesporte.org.br1806-99401517-8692opendoar:2005-09-15T00:00Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
title |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
spellingShingle |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio Nakamura,Fábio Yuzo Esforço percebido Potência crítica Máximo estado estável de VO2 |
title_short |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
title_full |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
title_fullStr |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
title_full_unstemmed |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
title_sort |
O limiar de esforço percebido (LEP) corresponde à potência crítica e a um indicador de máximo estado estável de consumo de oxigênio |
author |
Nakamura,Fábio Yuzo |
author_facet |
Nakamura,Fábio Yuzo Brunetto,Antônio Fernando Hirai,Daniel Müller Roseguini,Bruno Tesini Kokubun,Eduardo |
author_role |
author |
author2 |
Brunetto,Antônio Fernando Hirai,Daniel Müller Roseguini,Bruno Tesini Kokubun,Eduardo |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nakamura,Fábio Yuzo Brunetto,Antônio Fernando Hirai,Daniel Müller Roseguini,Bruno Tesini Kokubun,Eduardo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esforço percebido Potência crítica Máximo estado estável de VO2 |
topic |
Esforço percebido Potência crítica Máximo estado estável de VO2 |
description |
O esforço percebido tem sido alvo de diversas investigações, geralmente associando-o a indicadores fisiológicos objetivos no exercício. Recentemente, foi proposta a identificação do limiar de esforço percebido (LEP) em corrida aquática, o qual não diferiu da velocidade crítica. Em tese, ambos os parâmetros seriam indicadores de máximo estado estável de variáveis como o VO2 e lactato sanguíneo. Este trabalho teve como objetivo verificar a coincidência entre LEP, potência crítica (PCrit) e um indicador de máximo estado estável de VO2 (PCrit') em cicloergômetro. Oito participantes do sexo masculino foram submetidos a teste de esforço progressivo, para determinação do VO2pico (46,7 ± 8,5ml/kg/min), e a quatro testes retangulares exaustivos para estimativa dos parâmetros do modelo de potência crítica, LEP e PCrit'. A relação hiperbólica entre potência mecânica e tempo até que o VO2pico fosse alcançado em cada teste foi utilizada para a estimativa da PCrit', tida como a assíntota no eixo da potência, e a porção da capacidade de trabalho anaeróbio (CTAnaer) depletada até o estabelecimento do VO2pico (CTAnaer'). Para identificar o LEP, os coeficientes angulares das retas do aumento do esforço percebido no tempo (ordenada) e as potências utilizadas (abscissa) foram ajustados a uma função linear que fornecia um ponto no eixo da potência em que o esforço percebido seria mantido estável indefinidamente. Os parâmetros PCrit e CTAnaer foram estimados por meio da equação não linear potência-tempo. Para comparação das estimativas de LEP, PCrit e PCrit' foi empregada ANOVA para medidas repetidas e as associações foram estabelecidas por correlação de Pearson. CTAnaer e CTAnaer' foram comparadas por teste t. O LEP (180W ± 61W), PCrit (174W ± 43W) e PCrit' (176W ± 48W) não diferiram significantemente e as correlações foram de 0,92-0,98. CTAnaer' (14.080 ± 5.219J) foi menor que CTAnaer (22.093 ± 9.042J). Conclui-se que o LEP prediz de forma acurada a intensidade de PCrit e PCrit'. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922005000300009 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922005000300009 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1517-86922005000300009 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.11 n.3 2005 reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online) instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) instacron:SBMEE |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) |
instacron_str |
SBMEE |
institution |
SBMEE |
reponame_str |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
collection |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista@medicinadoesporte.org.br |
_version_ |
1752122231228465152 |