Tratamento da Obesidade: Modelo de Grupo Baseado em Terapia Cognitivo Comportamental
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (Online) |
Texto Completo: | https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/156 |
Resumo: | Introdução: o tratamento da obesidade em grupos (GO) tem um resultado variável conforme a metodologia utilizada, chegando a se obter uma perda ponderal (PP) de até 10% em 3-6 meses. Embora muito utilizada na atenção primária, esta abordagem tem sido pouco estudada. Objetivo: avaliar a evolução dos pacientes em acompanhamento em um GO, correlacionando seu perfil com sua permanência no grupo e a PP obtida. Também se buscou comparar os resultados com a literatura. Materiais e Métodos: estudo não controlado, quase-experimento, com intervenção. Foram avaliados os pacientes que freqüentaram pelo menos uma reunião do GO na Unidade Básica de Saúde HCPA no período de outubro de 2007 a outubro de 2008. A busca ao GO foi por demanda espontânea ou por indicação do médico na consulta. Em encontros semanais, com duração de 90 minutos, foram utilizadas técnicas de educação cooperativa, cognitivo-comportamentais e motivacionais para PP, adesão à dieta e atividade física, aferido peso semanalmente, discutidos os resultados em grupo e fornecida dieta hipocalórica. Os pacientes foram classificados em: não aderentes (NA) e aderentes (A) conforme tenham participado de ? 2 ou ? 3 encontros, respectivamente. Foram avaliados a PP e possíveis fatores relacionados a isso. Os resultados são descritivos e em comparações utilizando Teste T, Mann Whitney, Qui-quadrado e correlação de Spearmann. Nível de significância de 5%. Resultados: foram avaliados 69 pacientes, 62 (89,9%) do sexo feminino, idade de 49,2±13,2; 33 classificados como NA e 36 como A. Comparando estes dois grupos, observamos a diferença quanto ao peso inicial: NA= 98,7 ± 24,7 e A= 88,4 ± 16,8, p< 0,05; e quanto ao percentual de mulheres: NA= 26 (81,3%) e A= 35 (97,2%), p< 0,05; e semelhança quanto idade, escolaridade, cor e estado civil. Houve correlação entre o número de reuniões e a PP (r= (-)0,61, p< 0,0001). Nos 20 participantes com permanência ? 12 semanas observou-se PP média de 6,63 Kg. Conclusões: o GO obteve um bom resultado para os pacientes mais aderentes e parece ser mais adequado ao tratamento das mulheres e indivíduos com menores graus de obesidade. O ideal será a inclusão de um grupo controle em um próximo estudo. |
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