Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2001 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Acta Ortopédica Brasileira (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522001000100006 |
Resumo: | O objetivo do estudo foi comparar a eficácia e a tolerabilidade da nimesulida versus o celecoxib no tratamento da osteoartrite. A casuística envolveu 57 pacientes com idade entre 40 e 80 anos, que foram randomizados em dois grupos, recebendo as medicações do estudo durante 30 dias de forma simples-cega na dosagem de um comprimido de 100mg de nimesulida duas vezes ao dia e uma cápsula de 100mg de celecoxib duas vezes ao dia. Após a inclusão no estudo na visita basal, foram realizadas três visitas com intervalo de dez dias entre elas. Os aspectos analisados foram: dor em repouso, dor em movimento e dor noturna, através de uma escala analógica da dor, duração da rigidez matinal, capacidade funcional (HAQ), classe funcional ACR-1991 e o índice de gravidade para osteoartrite de joelhos em todas as visitas. Foi também avaliado o tempo para andar 15 metros naqueles pacientes com acometimento de joelhos ou quadril. A avaliação da eficácia e tolerabilidade foi realizada pelo investigador e pelo paciente nas três visitas após o início do tratamento. Os eventos adversos foram registrados durante todo o período do estudo. Houve diminuição significativa e semelhante nas médias da escala para dor ao movimento e dor em repouso para ambos medicamentos em todas as visitas. Houve diminuição da dor noturna ao longo do tratamento no grupo celecoxib e a partir da visita 3 no grupo nimesulida, e ao final do estudo, as médias dos dois grupos foram semelhantes ( p = 0,152). As médias da duração da rigidez matinal diminuíram significativamente no grupo tratado com nimesulida durante todo o seguimento, e no grupo celecoxib a partir da visita 3, sendo semelhantes ao final do estudo ( p= 0,993). O tempo médio para andar 15 metros diminuiu significativamente no grupo nimesulida na visita 4 (p < 0,001*), e todas as médias deste intervalo de tempo foram menores do que no grupo celecoxib a partir da segunda visita. Houve diminuição significativa nas médias de capacidade funcional ( escala HAQ) no grupo nimesulida durante todo o período do estudo, enquanto que no grupo celecoxib, apenas na visita 4, onde as médias foram semelhantes ( p=0,517). No grupo nimesulida o índice de gravidade de Lequesne e Samson (1991) para osteoartrite de joelhos diminuiu significativamente a partir da visita 3, o que não ocorreu no grupo celecoxib. Os dois grupos tiveram evolução semelhante quanto à classificação funcional ACR-1991 durante o período do estudo. Ambos grupos foram semelhantes na avaliação da eficácia e da tolerabilidade segundo o paciente, e da eficácia segundo o médico. Durante o período do estudo, 21% dos pacientes do grupo nimesulida e 25% do grupo celecoxib apresentaram eventos adversos. Em conclusão, a nimesulida demonstrou eficácia e tolerabilidade semelhante ao celecoxib no tratamento da osteoartrite. A dor noturna diminuiu mais precocemente no grupo celecoxib; nos parâmetros rigidez matinal, capacidade funcional e o índice de gravidade para a osteoartrite de joelho constatou-se uma resposta mais rápida nos pacientes tratados com a nimesulida. |
id |
SBOT-1_5f32c45acb920fc7c67182f6b865776f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1413-78522001000100006 |
network_acronym_str |
SBOT-1 |
network_name_str |
Acta Ortopédica Brasileira (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartriteosteoartritenimesulidacelecoxibO objetivo do estudo foi comparar a eficácia e a tolerabilidade da nimesulida versus o celecoxib no tratamento da osteoartrite. A casuística envolveu 57 pacientes com idade entre 40 e 80 anos, que foram randomizados em dois grupos, recebendo as medicações do estudo durante 30 dias de forma simples-cega na dosagem de um comprimido de 100mg de nimesulida duas vezes ao dia e uma cápsula de 100mg de celecoxib duas vezes ao dia. Após a inclusão no estudo na visita basal, foram realizadas três visitas com intervalo de dez dias entre elas. Os aspectos analisados foram: dor em repouso, dor em movimento e dor noturna, através de uma escala analógica da dor, duração da rigidez matinal, capacidade funcional (HAQ), classe funcional ACR-1991 e o índice de gravidade para osteoartrite de joelhos em todas as visitas. Foi também avaliado o tempo para andar 15 metros naqueles pacientes com acometimento de joelhos ou quadril. A avaliação da eficácia e tolerabilidade foi realizada pelo investigador e pelo paciente nas três visitas após o início do tratamento. Os eventos adversos foram registrados durante todo o período do estudo. Houve diminuição significativa e semelhante nas médias da escala para dor ao movimento e dor em repouso para ambos medicamentos em todas as visitas. Houve diminuição da dor noturna ao longo do tratamento no grupo celecoxib e a partir da visita 3 no grupo nimesulida, e ao final do estudo, as médias dos dois grupos foram semelhantes ( p = 0,152). As médias da duração da rigidez matinal diminuíram significativamente no grupo tratado com nimesulida durante todo o seguimento, e no grupo celecoxib a partir da visita 3, sendo semelhantes ao final do estudo ( p= 0,993). O tempo médio para andar 15 metros diminuiu significativamente no grupo nimesulida na visita 4 (p < 0,001*), e todas as médias deste intervalo de tempo foram menores do que no grupo celecoxib a partir da segunda visita. Houve diminuição significativa nas médias de capacidade funcional ( escala HAQ) no grupo nimesulida durante todo o período do estudo, enquanto que no grupo celecoxib, apenas na visita 4, onde as médias foram semelhantes ( p=0,517). No grupo nimesulida o índice de gravidade de Lequesne e Samson (1991) para osteoartrite de joelhos diminuiu significativamente a partir da visita 3, o que não ocorreu no grupo celecoxib. Os dois grupos tiveram evolução semelhante quanto à classificação funcional ACR-1991 durante o período do estudo. Ambos grupos foram semelhantes na avaliação da eficácia e da tolerabilidade segundo o paciente, e da eficácia segundo o médico. Durante o período do estudo, 21% dos pacientes do grupo nimesulida e 25% do grupo celecoxib apresentaram eventos adversos. Em conclusão, a nimesulida demonstrou eficácia e tolerabilidade semelhante ao celecoxib no tratamento da osteoartrite. A dor noturna diminuiu mais precocemente no grupo celecoxib; nos parâmetros rigidez matinal, capacidade funcional e o índice de gravidade para a osteoartrite de joelho constatou-se uma resposta mais rápida nos pacientes tratados com a nimesulida.ATHA EDITORA2001-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522001000100006Acta Ortopédica Brasileira v.9 n.1 2001reponame:Acta Ortopédica Brasileira (Online)instname:Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)instacron:SBOT10.1590/S1413-78522001000100006info:eu-repo/semantics/openAccessSilva,Nilzio Antonio daMarczyk,Luiz Roberto S.por2006-06-27T00:00:00Zoai:scielo:S1413-78522001000100006Revistahttp://www.actaortopedica.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php1atha@uol.com.br||actaortopedicabrasileira@uol.com.br1809-44061413-7852opendoar:2006-06-27T00:00Acta Ortopédica Brasileira (Online) - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
title |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
spellingShingle |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite Silva,Nilzio Antonio da osteoartrite nimesulida celecoxib |
title_short |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
title_full |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
title_fullStr |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
title_full_unstemmed |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
title_sort |
Eficácia e tolerabilidade da nimesulida versus celecoxib na osteoartrite |
author |
Silva,Nilzio Antonio da |
author_facet |
Silva,Nilzio Antonio da Marczyk,Luiz Roberto S. |
author_role |
author |
author2 |
Marczyk,Luiz Roberto S. |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva,Nilzio Antonio da Marczyk,Luiz Roberto S. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
osteoartrite nimesulida celecoxib |
topic |
osteoartrite nimesulida celecoxib |
description |
O objetivo do estudo foi comparar a eficácia e a tolerabilidade da nimesulida versus o celecoxib no tratamento da osteoartrite. A casuística envolveu 57 pacientes com idade entre 40 e 80 anos, que foram randomizados em dois grupos, recebendo as medicações do estudo durante 30 dias de forma simples-cega na dosagem de um comprimido de 100mg de nimesulida duas vezes ao dia e uma cápsula de 100mg de celecoxib duas vezes ao dia. Após a inclusão no estudo na visita basal, foram realizadas três visitas com intervalo de dez dias entre elas. Os aspectos analisados foram: dor em repouso, dor em movimento e dor noturna, através de uma escala analógica da dor, duração da rigidez matinal, capacidade funcional (HAQ), classe funcional ACR-1991 e o índice de gravidade para osteoartrite de joelhos em todas as visitas. Foi também avaliado o tempo para andar 15 metros naqueles pacientes com acometimento de joelhos ou quadril. A avaliação da eficácia e tolerabilidade foi realizada pelo investigador e pelo paciente nas três visitas após o início do tratamento. Os eventos adversos foram registrados durante todo o período do estudo. Houve diminuição significativa e semelhante nas médias da escala para dor ao movimento e dor em repouso para ambos medicamentos em todas as visitas. Houve diminuição da dor noturna ao longo do tratamento no grupo celecoxib e a partir da visita 3 no grupo nimesulida, e ao final do estudo, as médias dos dois grupos foram semelhantes ( p = 0,152). As médias da duração da rigidez matinal diminuíram significativamente no grupo tratado com nimesulida durante todo o seguimento, e no grupo celecoxib a partir da visita 3, sendo semelhantes ao final do estudo ( p= 0,993). O tempo médio para andar 15 metros diminuiu significativamente no grupo nimesulida na visita 4 (p < 0,001*), e todas as médias deste intervalo de tempo foram menores do que no grupo celecoxib a partir da segunda visita. Houve diminuição significativa nas médias de capacidade funcional ( escala HAQ) no grupo nimesulida durante todo o período do estudo, enquanto que no grupo celecoxib, apenas na visita 4, onde as médias foram semelhantes ( p=0,517). No grupo nimesulida o índice de gravidade de Lequesne e Samson (1991) para osteoartrite de joelhos diminuiu significativamente a partir da visita 3, o que não ocorreu no grupo celecoxib. Os dois grupos tiveram evolução semelhante quanto à classificação funcional ACR-1991 durante o período do estudo. Ambos grupos foram semelhantes na avaliação da eficácia e da tolerabilidade segundo o paciente, e da eficácia segundo o médico. Durante o período do estudo, 21% dos pacientes do grupo nimesulida e 25% do grupo celecoxib apresentaram eventos adversos. Em conclusão, a nimesulida demonstrou eficácia e tolerabilidade semelhante ao celecoxib no tratamento da osteoartrite. A dor noturna diminuiu mais precocemente no grupo celecoxib; nos parâmetros rigidez matinal, capacidade funcional e o índice de gravidade para a osteoartrite de joelho constatou-se uma resposta mais rápida nos pacientes tratados com a nimesulida. |
publishDate |
2001 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2001-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522001000100006 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522001000100006 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1413-78522001000100006 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
ATHA EDITORA |
publisher.none.fl_str_mv |
ATHA EDITORA |
dc.source.none.fl_str_mv |
Acta Ortopédica Brasileira v.9 n.1 2001 reponame:Acta Ortopédica Brasileira (Online) instname:Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) instacron:SBOT |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) |
instacron_str |
SBOT |
institution |
SBOT |
reponame_str |
Acta Ortopédica Brasileira (Online) |
collection |
Acta Ortopédica Brasileira (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Acta Ortopédica Brasileira (Online) - Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) |
repository.mail.fl_str_mv |
1atha@uol.com.br||actaortopedicabrasileira@uol.com.br |
_version_ |
1752122272123977728 |