Avaliação da qualidade de vida em pacientes idosos um ano após o tratamento cirúrgico de fraturas transtrocanterianas do fêmur

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães,Fernanda de Aquino Moraes
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Lima,Renato Ribeiro de, Souza,Alessandra de Castro, Livani,Bruno, Belangero,William Dias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162011000700012
Resumo: OBJETIVO: Avaliar o impacto que as fraturas transtrocanterianas produzem sobre a qualidade de vida de pacientes idosos, tratados cirurgicamente, durante o período de um ano de acompanhamento. MATERIAL E MÉTODO: Foram selecionados 73 idosos com fratura transtrocanterina, com idade igual ou superior a 65 anos de ambos os sexos. Foi aplicado questionário padronizado, para se obter informações quanto aos hábitos de vida, atividade física, funcionalidade, deambulação e estado cognitivo. Foram excluídos os óbitos ocorridos durante o estudo, pacientes que não deambulavam, com doenças neurológicas ou fraturas patológicas. RESULTADOS: A média de idade foi 80,17 ± 7,2, sendo 75% do sexo feminino. Ao comparar as somatórias das atividades de vida diária (p=0,04) e instrumentais da vida diária (p=0,004), obtidas na pré e pós-fratura, os pacientes tornaram-se mais dependentes pós-fratura. Atividades de vida diária que apresentaram piora pós-fratura foram: tomar banho (p=0,04), ir ao banheiro (p=0,02) e vestir-se (p=0,04). Todas as atividades instrumentais da vida diária apresentaram diferença significativa, apresentando maior dependência funcional pós-fratura, assim como aumento da necessidade de auxílio a deambulação (p=0,00002), idade avançada (p=0,01) e não realizar atividades domésticas (p=0,01). A baixa pontuação no teste Minimental estava associada com uma maior dependência para realizar as atividades da vida diária na pré-fratura (p=0,00002) e pós-fratura (p=0,01). CONCLUSÃO: Após um ano, as atividades de vida diária que dependiam dos membros inferiores pioraram significativamente, todas as atividades instrumentais de vida diária apresentaram piora significativa em mais de 50% dos pacientes e mais da metade dos pacientes que andavam sem apoio perderam esta capacidade.
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