Avaliação funcional e radiográfica do pé torto congênito tratado cirurgicamente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lara,Luiz Carlos Ribeiro
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Luciano,Alexandre de Paiva, Barros,Marcos Alexandre, Franco Filho,Nelson, Feroldi,Paulo César
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162007000700006
Resumo: OBJETIVO: Analisar aspectos radiográficos de pés tortos congênitos idiopáticos operados e confrontá-los com os resultados cirúrgicos obtidos. MÉTODOS:A amostra constitui-se de 68 pés tortos congênitos operados por liberações póstero-média e/ou lateral das partes moles. A idade no momento da cirurgia variou de seis a 24 meses e o tempo de seguimento do pós-operatório foi de um ano a 16 anos, com média de 4,87 anos. No momento da avaliação dos resultados foram realizadas radiografias dos pés em ântero-posterior e perfil com carga e traçados os ângulos talocalcaneano, talo-1º metatarsal e calcâneo-5º metatarsal. Analisou-se também a relação percentual de posteriorização da fíbula sobre a tíbia e a posição do navicular em relação ao tálus nos dois planos radiográficos. RESULTADOS: Houve 90,8% de resultados satisfatórios e 9,2% insatisfatórios. A média do ângulo talocalcaneano na incidência em ântero-posterior foi de 23,20º e, no perfil, de 23,26º, sem significância estatística com os resultados. O ângulo talo-1º metatarsal teve média de 4,84º e o calcâneo-5º metatarsal, média de 7,70º; ambos correlacionaram-se com os resultados (P = 0,003). O percentual de posteriorização da fíbula sobre a tíbia teve valor médio de 60,67% (P = 0,007). CONCLUSÕES: 1ª) os ângulos talo-1º metatarsal e calcâneo-5º metatarsal nas radiografias em ântero-posterior, quando maiores do que 10º e 12º, respectivamente, mostraram significância com os pés tortos que apresentaram resultados insatisfatórios; 2ª) quanto melhor o alinhamento do navicular em relação ao tálus, nas radiografias em ântero-posterior e no perfil, melhor foi o resultado; 3ª) a relação percentual de posteriorização da fíbula sobre a tíbia foi maior nos pés com resultados insatisfatórios; 4ª) o ângulo talocalcaneano na incidência em ântero-posterior e no perfil não se mostrou como bom parâmetro na avaliação dos resultados do tratamento do pé torto congênito idiopático.
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