Avaliação da deformidade estética após a tenotomia da cabeça longa do bíceps na artroscopia do ombro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Alexandre
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Roveda,Gilberto, Valin,Márcio Rangel, Almeida,Nayvaldo Couto de, Agostini,Ana Paula, Scheifler,Camila
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Ortopedia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162008000700002
Resumo: OBJETIVO: Analisar a freqüência da queixa estética resultante do procedimento da tenotomia da cabeça longa do bíceps (CLB), com o propósito de criar um critério de análise pré-operatória capaz de identificar os pacientes com tendência a apresentarem queixa estética decorrente de tal procedimento, com a intenção de reduzir sua incidência. MÉTODOS: Foi analisado um grupo de 89 pacientes (90 ombros) submetidos à tenotomia artroscópica da CLB. Os pacientes incluídos no estudo tiveram seu índice de massa corporal (IMC) aferido e foram classificados entre os diferentes graus de obesidade. Foram aferidas a dobra cutânea abdominal e a tricipital contralateral com um adipômetro graduado em milímetros, bem como determinado o biótipo de cada indivíduo através do ângulo mensurado no apêndice xifóide. A tenotomia do CLB, quando indicada, foi realizada junto a sua inserção no labrum superior da glenóide. Os pacientes foram questionados quanto à percepção da deformidade residual gerada pela tenotomia do CLB. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, lado operado, dominância, biótipo, grau de obesidade, dobra cutânea abdominal e dobra cutânea tricipital contralateral. Foram avaliados 77 pacientes com média de 15,14 (± 10,7) meses de pós-operatório. RESULTADOS: Não houve queixa da deformidade em 50 (64,9%), enquanto 27 pacientes (35,1%) manifestaram alguma queixa estética. A análise estatística não foi significativa quando avaliou de forma cruzada a idade (p = 0,788), o lado (p = 0,075) e o biótipo (p = 0,529) dos pacientes que apresentaram queixa estética de sua deformidade residual. Houve correlação significativa para a queixa da deformidade quando foram avaliados o sexo (p = 0,004), a dominância (p = 0,026) e ao agrupar os pacientes com IMC abaixo de 30 (normal e sobrepeso) e compará-los com os pacientes com IMC acima de 30 (obesidade graus 1, 2 e mórbida) (p = 0,005). Demonstrou-se correlação significativa para a queixa da deformidade nos pacientes com a dobra cutânea abdominal abaixo de 23,2mm (p = 0,003), bem como com a dobra cutânea tricipital contralateral abaixo de 14,5mm (p = 0,001). CONCLUSÕES: A freqüência da queixa estética foi de 35,1% na amostra. Pacientes masculinos; submetidos à tenotomia do CLB no lado dominante; com IMC abaixo de 30; com dobra cutânea abdominal abaixo de 23,2mm e dobra cutânea tricipital contralateral abaixo de 14,5mm são considerados de risco para apresentar queixa estética da deformidade residual.
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