Avaliação transversal dos métodos terapêuticos do pé torto congênito equinovaro idiopático: controvérsias sobre a tenotomia do tendão calcâneo
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ortopedia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-36162010000700006 |
Resumo: | OBJETIVO: Há muita discussão em relação ao tratamento do pé torto congênito equino-cavo-varo e atualmente a sistemática proposta por Ponseti parece ser a mais racional oferecendo altas taxas de resultados satisfatórios em detrimento à metodologia de Kite que predominou no meio ortopédico até o final da década de 90. Com a recente mudança de conceitos, este trabalho tem o intuito de analisar, por meio de questionário aplicado no 39° Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, o perfil dos ortopedistas no Brasil frente a esta afecção, fato este desconhecido considerando a literatura nacional. MÉTODO: Um questionário para investigação foi elaborado para verificar o método de tratamento utilizado, as características da população estudada, os resultados obtidos com o tratamento e particularmente como abordam cirurgicamente o tendão calcâneo. RESULTADOS: Do total de 5.329 ortopedistas inscritos, obtivemos 539 participações espontâneas; destes, somente 88 (16,30%) indivíduos executam o tratamento para o pé torto congênito; 78 (88,60%) aplicam o método de Ponseti; e nove (10,20%) o de Kite. Para 47,70%, o tratamento conservador é realizado entre quatro e seis meses e para 35,20% entre um e três meses; 58 (66,00%) entrevistados efetuam a tenotomia do tendão calcâneo em 80% a 100% de seus pacientes e 59 (67,05%) a realizam no centro cirúrgico devido às condições de segurança, assepsia, anestesia, facilidade de acesso e monitorização do paciente; 32 (36,36%) ortopedistas apresentam 80% ou mais de bons resultados, 54 (61,36%) apresentam 50% a 80% de bons resultados e 46 (52,27%) apresentam taxa de recidiva de 10%. CONCLUSÃO: Embora o método de Ponseti defina que a tenotomia do tendão calcâneo seja realizada ambulatorialmente com anestesia local, a maioria 59 (67,05%) dos ortopedistas a realiza no centro cirúrgico. |
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