O decréscimo vertiginoso das autópsias em um hospital universitário do Brasil nos últimos 20 anos
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442011000400009 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O declínio no número de autópsias em hospitais e instituições universitárias é evento amplamente reportado, inicialmente em países do primeiro mundo e posteriormente em muitos países em desenvolvimento, como o Brasil. As causas para essa tendência são múltiplas e complexas, incluindo aspectos religiosos, familiares e médicos. Entre estes últimos, salientam-se razões diagnósticas, caracterizadas pelo significativo avanço tecnológico na imagenologia, com a suposição de que todos os diagnósticos agora podem ser feitos em vida, e a crescente ansiedade de processos judiciais contra médicos por má prática. OBJETIVO: Demonstrar o decréscimo vertiginoso e drástico do número de autópsias em um hospital universitário no Brasil. MATERIAL E MÉTODO: Avaliou-se o número de registros nos livros de autópsias consecutivas realizadas no Departamento de Patologia do Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense (HUAP/UFF), Niterói, Rio de Janeiro, criando um banco dados em tabela do programa Microsoft Excel. RESULTADOS: Durante os anos 1966 a 2009, foram realizadas 23.813 necrópsias, sendo 12.702 de adultos e 11.111 de fetos. Entre os anos 1966 e 1998, foram realizadas mais necrópsias, no total de 23.321, sendo 12.482 de adultos e 10.839 de fetos. Já entre os anos 1999 e 2009, foi observado o declínio acentuado e drástico das mesmas, totalizando apenas 492 necrópsias, sendo 220 de adultos e 272 de fetos. CONCLUSÃO: Acreditamos que a principal causa para esse declínio é a pouca informação da população, que desconhece que o saber é fruto de estudo, pesquisa, prática e aprimoramento. |
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