Validação da medida de proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-as) por quimioluminescência para estimativa de risco cardiovascular em indivíduos ambulatoriais: análise comparativa com nefelometria

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima,José Carlos C.
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Moreira,Agnaluce, Lima,Daniela, Correia,Luis C. L.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-24442005000100005
Resumo: FUNDAMENTO: A proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-as) é um preditor de risco cardiovascular estabelecido no cenário de prevenção primária, de acordo com os métodos de enzyme linked immunosorbent assay (ELISA) e nefelometria. O método de quimioluminescência tem sensibilidade suficiente para discriminação de baixos níveis de PCR-as, com valor preditor estabelecido em síndromes coronarianas agudas. No entanto este método carece de validação em indivíduos ambulatoriais, cujos valores de PCR são significativamente menores que os de pacientes instáveis. OBJETIVO: Testar a hipótese de que o método de quimioluminescência possui acurácia adequada para mensuração de PCR-as e classificar indivíduos ambulatoriais de acordo com o risco cardiovascular. MÉTODOS: A proteína C-reativa foi medida pelos métodos de quimioluminescência e nefelometria em 152 amostras séricas obtidas de diferentes indivíduos ambulatoriais. Considerando-se a nefelometria o padrão-ouro, a performance do método de quimioluminescência foi avaliada. RESULTADOS: Observou-se forte associação linear entre os dois métodos, ilustrada pelos coeficientes de correlação (r = 0,99; p < 0,001) e regressão (beta = 0,94, 95% C.I. = 0,92 - 0,95, p < 0,001). A diferença média entre os valores de cada método foi - 0,22 ± 0,4mg/l. Em 97% dos indivíduos houve concordância entre os métodos quando à classificação em baixo risco (PCR-as < 1mg/l), risco intermediário (PCR-as = 1-3mg/l) ou alto risco cardiovascular (PCR-as > 3mg/l) (kappa = 0,96; p < 0,001). CONCLUSÃO: A medida de PCR-as por quimioluminescência representa uma alternativa ao método nefelométrico na avaliação de risco cardiovascular de indivíduos ambulatoriais.
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