Associação de consumo de café da manhã com fatores de risco cardiometabólico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Shafiee,Gita
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Kelishadi,Roya, Qorbani,Mostafa, Motlagh,Mohammad Esmaeil, Taheri,Majzobeh, Ardalan,Gelayol, Taslimi,Mahnaz, Poursafa,Parinaz, Heshmat,Ramin, Larijani,Bagher
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572013000600010
Resumo: OBJETIVO: o objetivo deste estudo foi avaliar a associação do consumo de café da manhã com fatores de risco cardiometabólico em uma amostra representativa, em termos nacionais, de pacientes de pediatria iranianos. MÉTODOS: os participantes do estudo, composto de 5.625 alunos em idade escolar de 10-18 anos, participaram da terceira pesquisa do sistema nacional de vigilância nas escolas (CASPIAN-III). Eles foram classificados em três grupos, com base na quantidade de dias em que consumiam café da manhã: "indivíduos que consomem café da manhã regularmente" (6-7 dias/semana), "indivíduos que consomem café da manhã normalmente" (3-5 dias/semana) e "indivíduos que consomem café da manhã raramente" (0-2 dias/semana). A síndrome metabólica (SM) foi definida com base nos critérios do III Painel de Tratamento de Adultos (ATP III), adaptados para a faixa etária pediátrica. Ademais, o colesterol total elevado, a lipoproteína de baixa densidade-colesterol elevada (LDL-C) e a obesidade generalizada foram incluídos como outros fatores de risco cardiometabólico. As análises de regressão logística múltipla foram utilizadas para avaliar a associação entre a categoria consumo de café da manhã e fatores de risco cardiometabólico. RESULTADOS: a quantidade de pessoas classificadas como indivíduos que consomem café da manhã "regularmente", "normalmente" e "raramente" foram 2.653 (47,3%), 1.327 (23,7%) e 1.624 (29%), respectivamente. As médias de triglicerídeos (TG), LDL-C, pressão arterial sistólica (PAS) e índice de massa corporal (IMC) foram mais elevadas no grupo de "indivíduos que consomem café da manhã raramente" (P para tendência < 0,001), ao passo que a lipoproteína de alta densidade-colesterol (HDL-C) foi menor nesse grupo que nos outros. Os indivíduos que consomem café da manhã raramente apresentaram um aumento no risco de obesidade, TG e LDL-C elevados, bem como baixo HDL-C em comparação a "indivíduos que consomem café da manhã regularmente". O risco de SM foi significativamente maior nos indivíduos que consomem café da manhã raramente (RC 1,96, 95% IC 1,18-3,27). CONCLUSÕES: pular o café da manhã está relacionado a aumento no risco de SM e outros fatores cardiometabólicos em crianças e adolescentes. Promover o benefício do consumo do café da manhã pode ser uma implicação simples e importante para evitar esses fatores de risco.
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