Padrões alimentares do café da manhã de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita previamente submetidos a procedimento terapêutico: associação com parâmetros cardiometabólicos e nutricionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maraschim, Joanna
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222026
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021.
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Objetivos: Identificar a prevalência de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita que realizavam o café da manhã e os padrões alimentares desta refeição e investigar sua associação com os marcadores cardiometabólicos e nutricionais em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de janeiro a junho de 2017, com 232 crianças e adolescentes previamente submetidos a procedimento terapêutico para cardiopatias congênitas. As medidas de desfecho incluíram parâmetros cardiometabólicos (colesterol, HDL-c, não HDL-c, LDL-c, triglicerídeos, glicose, PCR-us e pressão arterial) e nutricionais (circunferência da cintura, percentual de massa magra e percentual de gordura corporal). O percentual de gordura e o percentual de massa magra foram avaliados por meio da plestimografia por deslocamento de ar. Os dados sociodemográficos foram obtidos por meio de entrevista com os pais. Os dados de consumo alimentar foram obtidos através de três recordatórios 24 horas, coletados em dias não consecutivos, utilizando a técnica de passagens múltiplas. Os padrões alimentares do café da manhã foram identificados pela análise fatorial de componentes principais. Diferenças quanto aos parâmetros cardiometabólicos e nutricionais de acordo com a realização do café da manhã foram avaliadas utilizando o test T-Student ou Mann-Whitney. Associação entre a mediana dos padrões alimentares do café da manhã e as características da amostra foi avaliada utilizado o teste de qui-quadrado e T-Student e com os parâmetros cardiometabólicos e nutricionais foi aplicado regressão linear simples e múltipla. Resultados: A não realização do café da manhã (27%) foi associada a história familiar para a obesidade (p=0,001) e aqueles participantes com cardiopatia congênita acianótica (p=0,01). Quatro padrões alimentares do café da manhã foram identificados entre os realizadores do café da manhã (73%), os quais explicaram 37,0% da variabilidade total do café da manhã. O primeiro padrão caracterizado pelo consumo de leite, pães ultraprocessados e achocolatado apresentou maior adesão em pacientes com menor idade (p=0,001) e com maior escolaridade materna (p=0,01). O segundo padrão constituído pelo consumo de margarina e pães processados não foi associado a quaisquer variável analisada. O terceiro padrão caracterizado pelo consumo de frios/ embutidos, queijos, manteiga/ nata apresentou maior adesão entre os pacientes com maior idade (p=0,003) e ao maior tempo médio de pós-operatório (p=0,04). O quarto padrão caracterizado pelo consumo de frutas/ sucos de frutas, cereais matinais, iogurtes e bolos/ tortas e doces caseiros apresentou maior adesão em pacientes com maior idade (p=0,001) e maior escolaridade materna (p=0,002). Nenhuma associação entre os padrões alimentares e os parâmetros cardiometabólicos e nutricionais foi observada. Conclusão: Os achados reforçam a necessidade de intervenção nutricional nesta população, objetivando reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar alimentos in natura e minimamente processados, especialmente no café da manhã.Abstract: Introdução: Crianças e adolescentes, após a realização cirúrgica cardíaca corretiva, estão mais propensas ao excesso de peso e alterações nos parâmetros cardiometabólicos. No entanto, até o momento, nada se sabe sobre a contribuição dos padrões alimentares do café da manhã nos desfechos cardiometabólicos e nutricionais nesse público. Objetivos: Identificar a prevalência de crianças e adolescentes com cardiopatia congênita que realizavam o café da manhã e os padrões alimentares desta refeição e investigar sua associação com os marcadores cardiometabólicos e nutricionais em crianças e adolescentes com cardiopatia congênita. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no período de janeiro a junho de 2017, com 232 crianças e adolescentes previamente submetidos a procedimento terapêutico para cardiopatias congênitas. As medidas de desfecho incluíram parâmetros cardiometabólicos (colesterol, HDL-c, não HDL-c, LDL-c, triglicerídeos, glicose, PCR-us e pressão arterial) e nutricionais (circunferência da cintura, percentual de massa magra e percentual de gordura corporal). O percentual de gordura e o percentual de massa magra foram avaliados por meio da plestimografia por deslocamento de ar. Os dados sociodemográficos foram obtidos por meio de entrevista com os pais. Os dados de consumo alimentar foram obtidos através de três recordatórios 24 horas, coletados em dias não consecutivos, utilizando a técnica de passagens múltiplas. Os padrões alimentares do café da manhã foram identificados pela análise fatorial de componentes principais. Diferenças quanto aos parâmetros cardiometabólicos e nutricionais de acordo com a realização do café da manhã foram avaliadas utilizando o test T-Student ou Mann-Whitney. Associação entre a mediana dos padrões alimentares do café da manhã e as características da amostra foi avaliada utilizado o teste de qui-quadrado e T-Student e com os parâmetros cardiometabólicos e nutricionais foi aplicado regressão linear simples e múltipla. Resultados: A não realização do café da manhã (27%) foi associada a história familiar para a obesidade (p=0,001) e aqueles participantes com cardiopatia congênita acianótica (p=0,01). Quatro padrões alimentares do café da manhã foram identificados entre os realizadores do café da manhã (73%), os quais explicaram 37,0% da variabilidade total do café da manhã. O primeiro padrão caracterizado pelo consumo de leite, pães ultraprocessados e achocolatado apresentou maior adesão em pacientes com menor idade (p=0,001) e com maior escolaridade materna (p=0,01). 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Conclusão: Os achados reforçam a necessidade de intervenção nutricional nesta população, objetivando reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar alimentos in natura e minimamente processados, especialmente no café da manhã.Vieira, Francilene Gracieli KunradiMoreno, Yara Maria FrancoUniversidade Federal de Santa CatarinaMaraschim, Joanna2021-04-12T18:35:08Z2021-04-12T18:35:08Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis140 p.| il., tabs.application/pdf371585https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222026porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-04-12T18:35:08Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/222026Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-04-12T18:35:08Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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