Uma visão evidente da prática baseada em evidências na medicina perinatal: ausência de evidência não é evidência de ausência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sola,Augusto
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Dieppa,Fernando Dominguez, Rogido,Marta R.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572007000600003
Resumo: OBJETIVO: Proporcionar elementos valiosos e um pouco de humor nesta chamada era da "prática baseada em evidências" com o objetivo de ajudar os clínicos a fazer escolhas melhores no cuidado que eles provêem com base em evidências, e não simples ou exclusivamente com base em um ensaio clínico randomizado (ECR) ou meta-análise (o que pode não ser evidência). FONTE DOS DADOS: Livros e artigos com revisão por pares são citados e listados na bibliografia. Evidências de vida, aprendizado através de nossos próprios erros e muitos outros fatos evidentes que sustentam esta revisão não são citados. SÍNTESE DOS DADOS: 1) "Ausência de evidência não é evidência de ausência" e "falta de evidência de efeito não significa evidência de nenhum efeito". 2) Os ECR com resultado "negativo" e aqueles com resultado "positivo", mas sem os resultados importantes, muitas vezes não podem concluir o que concluem. 3) Os ensaios clínicos não-randomizados e os estudos práticos podem ser importantes. 4) A pesquisa em busca de provas é diferente da pesquisa em busca de aperfeiçoamento. 5) A escolha clínica deve avaliar os efeitos nos desfechos importantes para os pacientes e seus pais. 6) A quantificação de desfechos adversos, do número necessário para causar dano e do número necessário para tratamento não é assim tão simples. CONCLUSÕES: Desafios importantes inerentes à pesquisa em serviços de saúde devem ser correlacionados a possíveis aplicações clínicas usando ferramentas que permitam uma "visão mais clara da prática baseada em evidências" na medicina perinatal, lembrando que a ausência de evidência não é evidência de ausência.
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