O valor prognóstico da telerradiografia de tórax na cardiomiopatia dilatada idiopática na infância
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal de Pediatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000100014 |
Resumo: | OBJETIVOS: Analisar o valor prognóstico da cardiomegalia, da congestão pulmonar e do índice cardiotorácico como marcadores de óbito e sobrevida em crianças com cardiomiopatia dilatada. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 152 pacientes entre setembro de 1979 e março de 2003. Foram realizados 722 exames nos primeiros 72 meses e 100 nos primeiros 15 dias de evolução. Análise estatística: qui-quadrado, teste t de Student, análise de variância para medidas repetidas e método de Kaplan-Meier. Foram utilizados os valores alfa = 0,05 e beta = 0,80. RESULTADOS: Idade no diagnóstico de 2,2±3,2 anos. Incidência maior nos menores de 2 anos (76,3%; IC 95% = 68,7% a 82,8%) (p < 0,0001). Sexo (p = 0,07) e etnia (p = 0,11) não foram significantes, e a mortalidade não foi influenciada pela faixa etária (p = 0,73), sexo (p = 0,78) e etnia (p = 0,20). A maioria dos pacientes (84,2%; IC 95% = 77,4% a 89,6%) era grave, classe funcional III e IV (p < 0,0001), e todos os 43 óbitos ocorreram neste grupo (p = 0,0008). Cardiomegalia inicial foi observada em 94,1% (IC 95% = 89,1% a 97,2%) (p < 0,0001) e congestão pulmonar em 75,6% (IC 95% = 68,0% a 82,2%)(p < 0,0001), sendo mais freqüente na classe funcional III/IV (RC = 8,03; IC 95% = 2,85% a 23,1%)(p < 0,0001). A congestão pulmonar foi marcadora de óbito (RC = 3,16; IC 95 %= 1,06% a 10,07) (p = 0,0222), o mesmo não ocorrendo com a cardiomegalia (p = 0,1185). A sobrevida foi influenciada pela cardiomegalia (p = 0,0189) e pela congestão pulmonar (p = 0,0050). O índice cardiotorácico máximo e médio foram superiores no grupo óbito (0,749+0,053 versus 0,662+0,080) (p < 0,0001) e (0,716+0,059 versus 0,620+0,085) (p < 0,0001). A análise de variância demonstrou diminuição progressiva do índice cardiotorácico no grupo que sobreviveu (p < 0,0001). CONCLUSÃO: Em crianças com diagnóstico de cardiomiopatia dilatada Idiopática, a presença de congestão pulmonar no exame inicial e o aumento do índice cardiotorácico, são achados associados a menor sobrevida. |
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OBJETIVOS: Analisar o valor prognóstico da cardiomegalia, da congestão pulmonar e do índice cardiotorácico como marcadores de óbito e sobrevida em crianças com cardiomiopatia dilatada. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de 152 pacientes entre setembro de 1979 e março de 2003. Foram realizados 722 exames nos primeiros 72 meses e 100 nos primeiros 15 dias de evolução. Análise estatística: qui-quadrado, teste t de Student, análise de variância para medidas repetidas e método de Kaplan-Meier. Foram utilizados os valores alfa = 0,05 e beta = 0,80. RESULTADOS: Idade no diagnóstico de 2,2±3,2 anos. Incidência maior nos menores de 2 anos (76,3%; IC 95% = 68,7% a 82,8%) (p < 0,0001). Sexo (p = 0,07) e etnia (p = 0,11) não foram significantes, e a mortalidade não foi influenciada pela faixa etária (p = 0,73), sexo (p = 0,78) e etnia (p = 0,20). A maioria dos pacientes (84,2%; IC 95% = 77,4% a 89,6%) era grave, classe funcional III e IV (p < 0,0001), e todos os 43 óbitos ocorreram neste grupo (p = 0,0008). Cardiomegalia inicial foi observada em 94,1% (IC 95% = 89,1% a 97,2%) (p < 0,0001) e congestão pulmonar em 75,6% (IC 95% = 68,0% a 82,2%)(p < 0,0001), sendo mais freqüente na classe funcional III/IV (RC = 8,03; IC 95% = 2,85% a 23,1%)(p < 0,0001). A congestão pulmonar foi marcadora de óbito (RC = 3,16; IC 95 %= 1,06% a 10,07) (p = 0,0222), o mesmo não ocorrendo com a cardiomegalia (p = 0,1185). A sobrevida foi influenciada pela cardiomegalia (p = 0,0189) e pela congestão pulmonar (p = 0,0050). O índice cardiotorácico máximo e médio foram superiores no grupo óbito (0,749+0,053 versus 0,662+0,080) (p < 0,0001) e (0,716+0,059 versus 0,620+0,085) (p < 0,0001). A análise de variância demonstrou diminuição progressiva do índice cardiotorácico no grupo que sobreviveu (p < 0,0001). CONCLUSÃO: Em crianças com diagnóstico de cardiomiopatia dilatada Idiopática, a presença de congestão pulmonar no exame inicial e o aumento do índice cardiotorácico, são achados associados a menor sobrevida. |
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