Comparação das alterações do fluxo venoso pulmonar à telerradiografia do tórax em pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica dilatada epacientes com cardiomiopatia dilatada de outras etiologias, com parâmetros morfofuncionais semelhantes à ecocardiografia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/ECJS-73UJPT |
Resumo: | Com o objetivo de comparar a intensidade da congestão pulmonar à radiografia de tórax entre pacientes com cardiopatia chagásica dilatada e pacientes com cardiopatia dilatada NCh, foram estudados 65 pacientes de cada grupo, de março de 2003 a setembro de 2005. O primeiro grupo apresentava pelo menos duas reações sorológicas positivas para doença de Chagas e dilatação cardíaca definida pelo diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo igual ou maior que 55 mm, e o segundo, foi formado por pacientes com cardiopatia não-chagásica ecaracterísticas ecocardiográficas semelhantes às dos chagásicos. A história clínica, radiografia de tórax e ecocardiograma transtorácico foram obtidos em todos os pacientes.Os dados radiológicos e ecocardiográficos foram revistos por dois observadores, sendo as diferenças eventuais resolvidas por consenso. O grupo I constituiu-se de 43 homens (66,2%) com idade média de 47,83±11,2 anos, e, o grupo II, de 38 homens (58,5%), com 62,43±13,5 anos. Sessenta pacientes (92,3%) chagásicos e 59 não-chagásicos (90,8%) estavam em classefuncional da NYHA I e II. A radiografia de tórax mostrou sinais de congestão pulmonar em 41 (63,1%) pacientes chagásicos e 63 (96,9%) dos não-chagásicos. O escore radiológico de congestão pulmonar (ECP) apresentou média de 3,2±2,3 entre os chagásicos e de 5,9±2,6 nos não-chagásicos (p=0,000). O diâmetro diastólico final do átrio esquerdo (r=0,223;p= 0,045 para Ch e r=0,226;p=0,047 para NCh) do ventrículo esquerdo (r=0,278,p=0,025 para Ch e r=0,226;p=0,050 paraNCh) e do ventrículo direito (r=0,248,p=0,023 para Ch er=0,206,p=0,050 para NCh) associaram-se com o ECP. A fração de ejeção média, pelo método de Teichholz, nos pacientes chagásicos foi de 39,0±11,0, a qual associou-se com o ECP (r=-0,414;p=0,001). Entre os não-chagásicos, a fração de ejeção média foi de 41,7±10,0(r=- 0,205;p=0,050 com o ECP). A fração de ejeção, ao método área-comprimento associouse com o ECP nos grupos I (r=-0,479;p=0,000) e II (r=-0,350;p=0,004). Ocorreu associaçãoentre os padrões de relaxamento diastólico e o ECP nos chagásicos (r=0,587;p=0,000) e nãochagásicos (r=0,294;p=0,017). Dos parâmetros usados para análise da diástole, foi encontrada associação do ECP com a relação E/Eao Doppler tecidual (r= 0,274;p=0,027 para Ch e r=0,350;p=0,025 para NCh), dentre outros. O ECP associou-se com o nível de pressão sistólica estimada em artéria pulmonar (r = 0,645;p=0,000), com o tempo de aceleração do fluxo pulmonar (r=-0,325,p=0,009) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,224;p=0,050) no grupo I. No grupo II houve associação com o tempos de aceleração do fluxo pulmonar (r=- 0,348;p=0,005) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,350;p=0,004) e tendência aassociação com a PSAP (r=0,393;p=0,056). À análise de regressão linear, a relação E/E (ß=0,133;p=0,000), o diâmetro diastólico do VE(ß=0,065;p=0,064), do AE (ß=0,051;p=0,081) e o diâmetro diastólico do VD (ß=0,024;p=0,484) foram os que mais determinaram congestão pulmonar nos grupos. Conclui-se que houve maior congestãopulmonar nos pacientes com cardiopatia não-chagásica. Os graus de disfunção sistólica e diastólica do VE e as dimensões do VD associaram-se com a congestão pulmonar nos dois grupos. |
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Comparação das alterações do fluxo venoso pulmonar à telerradiografia do tórax em pacientes com cardiomiopatia chagásica crônica dilatada epacientes com cardiomiopatia dilatada de outras etiologias, com parâmetros morfofuncionais semelhantes à ecocardiografiaMiocardiopatia chagásicaTórax (Radiologia)EcocardiografiaRadiografia torácicaCardiomiopatia chagásicaEcocardiografiaCardiomiopatia dilatadaCom o objetivo de comparar a intensidade da congestão pulmonar à radiografia de tórax entre pacientes com cardiopatia chagásica dilatada e pacientes com cardiopatia dilatada NCh, foram estudados 65 pacientes de cada grupo, de março de 2003 a setembro de 2005. O primeiro grupo apresentava pelo menos duas reações sorológicas positivas para doença de Chagas e dilatação cardíaca definida pelo diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo igual ou maior que 55 mm, e o segundo, foi formado por pacientes com cardiopatia não-chagásica ecaracterísticas ecocardiográficas semelhantes às dos chagásicos. A história clínica, radiografia de tórax e ecocardiograma transtorácico foram obtidos em todos os pacientes.Os dados radiológicos e ecocardiográficos foram revistos por dois observadores, sendo as diferenças eventuais resolvidas por consenso. O grupo I constituiu-se de 43 homens (66,2%) com idade média de 47,83±11,2 anos, e, o grupo II, de 38 homens (58,5%), com 62,43±13,5 anos. Sessenta pacientes (92,3%) chagásicos e 59 não-chagásicos (90,8%) estavam em classefuncional da NYHA I e II. A radiografia de tórax mostrou sinais de congestão pulmonar em 41 (63,1%) pacientes chagásicos e 63 (96,9%) dos não-chagásicos. O escore radiológico de congestão pulmonar (ECP) apresentou média de 3,2±2,3 entre os chagásicos e de 5,9±2,6 nos não-chagásicos (p=0,000). O diâmetro diastólico final do átrio esquerdo (r=0,223;p= 0,045 para Ch e r=0,226;p=0,047 para NCh) do ventrículo esquerdo (r=0,278,p=0,025 para Ch e r=0,226;p=0,050 paraNCh) e do ventrículo direito (r=0,248,p=0,023 para Ch er=0,206,p=0,050 para NCh) associaram-se com o ECP. A fração de ejeção média, pelo método de Teichholz, nos pacientes chagásicos foi de 39,0±11,0, a qual associou-se com o ECP (r=-0,414;p=0,001). Entre os não-chagásicos, a fração de ejeção média foi de 41,7±10,0(r=- 0,205;p=0,050 com o ECP). A fração de ejeção, ao método área-comprimento associouse com o ECP nos grupos I (r=-0,479;p=0,000) e II (r=-0,350;p=0,004). Ocorreu associaçãoentre os padrões de relaxamento diastólico e o ECP nos chagásicos (r=0,587;p=0,000) e nãochagásicos (r=0,294;p=0,017). Dos parâmetros usados para análise da diástole, foi encontrada associação do ECP com a relação E/Eao Doppler tecidual (r= 0,274;p=0,027 para Ch e r=0,350;p=0,025 para NCh), dentre outros. O ECP associou-se com o nível de pressão sistólica estimada em artéria pulmonar (r = 0,645;p=0,000), com o tempo de aceleração do fluxo pulmonar (r=-0,325,p=0,009) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,224;p=0,050) no grupo I. No grupo II houve associação com o tempos de aceleração do fluxo pulmonar (r=- 0,348;p=0,005) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,350;p=0,004) e tendência aassociação com a PSAP (r=0,393;p=0,056). À análise de regressão linear, a relação E/E (ß=0,133;p=0,000), o diâmetro diastólico do VE(ß=0,065;p=0,064), do AE (ß=0,051;p=0,081) e o diâmetro diastólico do VD (ß=0,024;p=0,484) foram os que mais determinaram congestão pulmonar nos grupos. Conclui-se que houve maior congestãopulmonar nos pacientes com cardiopatia não-chagásica. Os graus de disfunção sistólica e diastólica do VE e as dimensões do VD associaram-se com a congestão pulmonar nos dois grupos.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGManoel Otavio da Costa RochaMárcia de Melo BarbosaDomenico CaponeAntonio Luiz Pinho RibeiroMarcio Vinicius Lins de BarrosMarselha Marques Barral2019-08-10T12:19:49Z2019-08-10T12:19:49Z2007-04-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/ECJS-73UJPTinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2019-11-14T09:15:08Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-73UJPTRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2019-11-14T09:15:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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Com o objetivo de comparar a intensidade da congestão pulmonar à radiografia de tórax entre pacientes com cardiopatia chagásica dilatada e pacientes com cardiopatia dilatada NCh, foram estudados 65 pacientes de cada grupo, de março de 2003 a setembro de 2005. O primeiro grupo apresentava pelo menos duas reações sorológicas positivas para doença de Chagas e dilatação cardíaca definida pelo diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo igual ou maior que 55 mm, e o segundo, foi formado por pacientes com cardiopatia não-chagásica ecaracterísticas ecocardiográficas semelhantes às dos chagásicos. A história clínica, radiografia de tórax e ecocardiograma transtorácico foram obtidos em todos os pacientes.Os dados radiológicos e ecocardiográficos foram revistos por dois observadores, sendo as diferenças eventuais resolvidas por consenso. O grupo I constituiu-se de 43 homens (66,2%) com idade média de 47,83±11,2 anos, e, o grupo II, de 38 homens (58,5%), com 62,43±13,5 anos. Sessenta pacientes (92,3%) chagásicos e 59 não-chagásicos (90,8%) estavam em classefuncional da NYHA I e II. A radiografia de tórax mostrou sinais de congestão pulmonar em 41 (63,1%) pacientes chagásicos e 63 (96,9%) dos não-chagásicos. O escore radiológico de congestão pulmonar (ECP) apresentou média de 3,2±2,3 entre os chagásicos e de 5,9±2,6 nos não-chagásicos (p=0,000). O diâmetro diastólico final do átrio esquerdo (r=0,223;p= 0,045 para Ch e r=0,226;p=0,047 para NCh) do ventrículo esquerdo (r=0,278,p=0,025 para Ch e r=0,226;p=0,050 paraNCh) e do ventrículo direito (r=0,248,p=0,023 para Ch er=0,206,p=0,050 para NCh) associaram-se com o ECP. A fração de ejeção média, pelo método de Teichholz, nos pacientes chagásicos foi de 39,0±11,0, a qual associou-se com o ECP (r=-0,414;p=0,001). Entre os não-chagásicos, a fração de ejeção média foi de 41,7±10,0(r=- 0,205;p=0,050 com o ECP). A fração de ejeção, ao método área-comprimento associouse com o ECP nos grupos I (r=-0,479;p=0,000) e II (r=-0,350;p=0,004). Ocorreu associaçãoentre os padrões de relaxamento diastólico e o ECP nos chagásicos (r=0,587;p=0,000) e nãochagásicos (r=0,294;p=0,017). Dos parâmetros usados para análise da diástole, foi encontrada associação do ECP com a relação E/Eao Doppler tecidual (r= 0,274;p=0,027 para Ch e r=0,350;p=0,025 para NCh), dentre outros. O ECP associou-se com o nível de pressão sistólica estimada em artéria pulmonar (r = 0,645;p=0,000), com o tempo de aceleração do fluxo pulmonar (r=-0,325,p=0,009) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,224;p=0,050) no grupo I. No grupo II houve associação com o tempos de aceleração do fluxo pulmonar (r=- 0,348;p=0,005) e com o grau de regurgitação mitral (r=0,350;p=0,004) e tendência aassociação com a PSAP (r=0,393;p=0,056). À análise de regressão linear, a relação E/E (ß=0,133;p=0,000), o diâmetro diastólico do VE(ß=0,065;p=0,064), do AE (ß=0,051;p=0,081) e o diâmetro diastólico do VD (ß=0,024;p=0,484) foram os que mais determinaram congestão pulmonar nos grupos. Conclui-se que houve maior congestãopulmonar nos pacientes com cardiopatia não-chagásica. Os graus de disfunção sistólica e diastólica do VE e as dimensões do VD associaram-se com a congestão pulmonar nos dois grupos. |
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