Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave

Bibliographic Details
Main Author: Guerra,Sérgio Diniz
Publication Date: 2010
Other Authors: Carvalho,Luis Fernando Andrade, Affonseca,Carolina Araújo, Ferreira,Alexandre Rodrigues, Freire,Heliane Brant Machado
Format: Article
Language: por
Source: Jornal de Pediatria (Online)
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000100013
Summary: OBJETIVO: Analisar fatores associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em pacientes pediátricos vítimas de traumatismo crânio-encefálico (TCE) grave. MÉTODOS: Coorte com coleta retrospectiva do período de 1998 a 2003. Incluídos pacientes entre 0 e 16 anos com TCE, pontuação < 9 na escala de Glasgow e submetidos a monitoração da pressão intracraniana (PIC) (n = 132). A hipertensão intracraniana (HIC) foi definida como episódio de PIC > 20 mmHg com necessidade de tratamento e HIC refratária, acima de 25 mmHg, com necessidade de coma barbitúrico ou craniectomia descompressiva. Foi realizada análise univariada, seguida de multivariada, sendo consideradas significativas as variáveis com p < 0,05. RESULTADOS: A idade variou entres 2 meses e 16 anos, mediana de 9,7 (6,0-2,3) anos. A pontuação de Glasgow foi de 3 a 8, mediana de 6 (4-7). O trânsito respondeu por 79,5% dos eventos. A instalação do monitor ocorreu, em média, 14 h após o trauma, mediana de 24 h. Cento e três pacientes (78%) apresentaram HIC, e 57 (43,2%), HIC refratária. Na análise multivariada, a menor faixa etária foi associada a HIC risco relativo = 1,67 (1,03-2,72); p = 0,037, e a presença de posturas anormais foi associada a HIC refratária risco relativo = 2,25 (1,06-4,78). A mortalidade do grupo foi de 51,5% e foi relacionada a uso de barbitúrico na HIC refratária e a baixa pressão de perfusão encefálica na unidade de terapia intensiva. CONCLUSÕES: HIC e HIC refratária foram eventos frequentes em pacientes pediátricos com TCE grave. Quanto menor a idade do paciente, maior a chance de desenvolvimento de HIC. A presença de posturas anormais foi fator associado a maior ocorrência de HIC refratária.
id SBPE-1_8d05692af85c498e9dbf97908e8a7702
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572010000100013
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico graveTraumatismo cranioencefálico em pediatriatraumatismo cerebral em pediatrialesão cerebral pediátricahipertensão intracranianaOBJETIVO: Analisar fatores associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em pacientes pediátricos vítimas de traumatismo crânio-encefálico (TCE) grave. MÉTODOS: Coorte com coleta retrospectiva do período de 1998 a 2003. Incluídos pacientes entre 0 e 16 anos com TCE, pontuação < 9 na escala de Glasgow e submetidos a monitoração da pressão intracraniana (PIC) (n = 132). A hipertensão intracraniana (HIC) foi definida como episódio de PIC > 20 mmHg com necessidade de tratamento e HIC refratária, acima de 25 mmHg, com necessidade de coma barbitúrico ou craniectomia descompressiva. Foi realizada análise univariada, seguida de multivariada, sendo consideradas significativas as variáveis com p < 0,05. RESULTADOS: A idade variou entres 2 meses e 16 anos, mediana de 9,7 (6,0-2,3) anos. A pontuação de Glasgow foi de 3 a 8, mediana de 6 (4-7). O trânsito respondeu por 79,5% dos eventos. A instalação do monitor ocorreu, em média, 14 h após o trauma, mediana de 24 h. Cento e três pacientes (78%) apresentaram HIC, e 57 (43,2%), HIC refratária. Na análise multivariada, a menor faixa etária foi associada a HIC risco relativo = 1,67 (1,03-2,72); p = 0,037, e a presença de posturas anormais foi associada a HIC refratária risco relativo = 2,25 (1,06-4,78). A mortalidade do grupo foi de 51,5% e foi relacionada a uso de barbitúrico na HIC refratária e a baixa pressão de perfusão encefálica na unidade de terapia intensiva. CONCLUSÕES: HIC e HIC refratária foram eventos frequentes em pacientes pediátricos com TCE grave. Quanto menor a idade do paciente, maior a chance de desenvolvimento de HIC. A presença de posturas anormais foi fator associado a maior ocorrência de HIC refratária.Sociedade Brasileira de Pediatria2010-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000100013Jornal de Pediatria v.86 n.1 2010reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572010000100013info:eu-repo/semantics/openAccessGuerra,Sérgio DinizCarvalho,Luis Fernando AndradeAffonseca,Carolina AraújoFerreira,Alexandre RodriguesFreire,Heliane Brant Machadopor2010-03-25T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572010000100013Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2010-03-25T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
title Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
spellingShingle Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
Guerra,Sérgio Diniz
Traumatismo cranioencefálico em pediatria
traumatismo cerebral em pediatria
lesão cerebral pediátrica
hipertensão intracraniana
title_short Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
title_full Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
title_fullStr Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
title_full_unstemmed Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
title_sort Fatores associados à hipertensão intracraniana em crianças e adolescentes vítimas de traumatismo crânio-encefálico grave
author Guerra,Sérgio Diniz
author_facet Guerra,Sérgio Diniz
Carvalho,Luis Fernando Andrade
Affonseca,Carolina Araújo
Ferreira,Alexandre Rodrigues
Freire,Heliane Brant Machado
author_role author
author2 Carvalho,Luis Fernando Andrade
Affonseca,Carolina Araújo
Ferreira,Alexandre Rodrigues
Freire,Heliane Brant Machado
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Guerra,Sérgio Diniz
Carvalho,Luis Fernando Andrade
Affonseca,Carolina Araújo
Ferreira,Alexandre Rodrigues
Freire,Heliane Brant Machado
dc.subject.por.fl_str_mv Traumatismo cranioencefálico em pediatria
traumatismo cerebral em pediatria
lesão cerebral pediátrica
hipertensão intracraniana
topic Traumatismo cranioencefálico em pediatria
traumatismo cerebral em pediatria
lesão cerebral pediátrica
hipertensão intracraniana
description OBJETIVO: Analisar fatores associados à ocorrência de hipertensão intracraniana em pacientes pediátricos vítimas de traumatismo crânio-encefálico (TCE) grave. MÉTODOS: Coorte com coleta retrospectiva do período de 1998 a 2003. Incluídos pacientes entre 0 e 16 anos com TCE, pontuação < 9 na escala de Glasgow e submetidos a monitoração da pressão intracraniana (PIC) (n = 132). A hipertensão intracraniana (HIC) foi definida como episódio de PIC > 20 mmHg com necessidade de tratamento e HIC refratária, acima de 25 mmHg, com necessidade de coma barbitúrico ou craniectomia descompressiva. Foi realizada análise univariada, seguida de multivariada, sendo consideradas significativas as variáveis com p < 0,05. RESULTADOS: A idade variou entres 2 meses e 16 anos, mediana de 9,7 (6,0-2,3) anos. A pontuação de Glasgow foi de 3 a 8, mediana de 6 (4-7). O trânsito respondeu por 79,5% dos eventos. A instalação do monitor ocorreu, em média, 14 h após o trauma, mediana de 24 h. Cento e três pacientes (78%) apresentaram HIC, e 57 (43,2%), HIC refratária. Na análise multivariada, a menor faixa etária foi associada a HIC risco relativo = 1,67 (1,03-2,72); p = 0,037, e a presença de posturas anormais foi associada a HIC refratária risco relativo = 2,25 (1,06-4,78). A mortalidade do grupo foi de 51,5% e foi relacionada a uso de barbitúrico na HIC refratária e a baixa pressão de perfusão encefálica na unidade de terapia intensiva. CONCLUSÕES: HIC e HIC refratária foram eventos frequentes em pacientes pediátricos com TCE grave. Quanto menor a idade do paciente, maior a chance de desenvolvimento de HIC. A presença de posturas anormais foi fator associado a maior ocorrência de HIC refratária.
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000100013
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572010000100013
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572010000100013
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.86 n.1 2010
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122317823016960