S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rey,Luís C.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Wolf,Bart, Moreira,J. Luciano B., Verhoef,Jan, Farhat,Calil K.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal de Pediatria (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000200008
Resumo: Objetivos: comparar as taxas de colonização e a resistência antimicrobiana de pneumococos em nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia. Métodos: estudo de tipo transversal. As crianças sadias foram recrutadas em centros de vacinação (CV) e creches públicas (CP), selecionados aleatoriamente, e aquelas com pneumonia em emergências pediátricas. Foram utilizados swabs flexíveis de alginato para a colheita do material de nasofaringe. O isolamento e a identificação dos pneumococos seguiram procedimentos padronizados. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas por microdiluição em placas. Resultados: foram estudadas 911 crianças, 429 sadias (60% portadoras de pneumococo, sendo 72% destas recrutadas em CP e 49% em CV) e 482 com pneumonia (50% de portadoras) (p=0,002). De 441 isolados com CIM determinadas, 198 (45%) apresentavam resistência intermediária, e 16 (4%) apresentavam resistência plena à penicilina. As taxas de resistência dos pneumococos isolados de portadores sadios e com pneumonia, respectivamente, foram: penicilina 48% (CV 37% e CP 55%) e 50% (p>0,05); eritromicina: 28% e 19% (p=0,05); cotrimoxazol 81% e 76% (p>0,05); cloranfenicol 6% e 7% (p>0,05), rifampicina 5% e 3% (p>0,05), ceftriaxone 2 e 4% (p>0,05) e vancomicina 0%, para ambos grupos. Foi constatada associação entre as resistências do pneumococo à penicilina, eritromicina e ao cotrimoxazol. Conclusões: a taxa de portador de pneumococos foi maior em crianças sadias do que naquelas com pneumonia. As resistências dos pneumococos à penicilina e ao cotrimoxazol foram elevadas, sobretudo entre os usuários de creches públicas.
id SBPE-1_c705a4cc40657147c254b4d79114cb3e
oai_identifier_str oai:scielo:S0021-75572002000200008
network_acronym_str SBPE-1
network_name_str Jornal de Pediatria (Online)
repository_id_str
spelling S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianosStreptococcus pneumoniaeresistência aos antibióticosinfecção respiratória agudapneumoniaObjetivos: comparar as taxas de colonização e a resistência antimicrobiana de pneumococos em nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia. Métodos: estudo de tipo transversal. As crianças sadias foram recrutadas em centros de vacinação (CV) e creches públicas (CP), selecionados aleatoriamente, e aquelas com pneumonia em emergências pediátricas. Foram utilizados swabs flexíveis de alginato para a colheita do material de nasofaringe. O isolamento e a identificação dos pneumococos seguiram procedimentos padronizados. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas por microdiluição em placas. Resultados: foram estudadas 911 crianças, 429 sadias (60% portadoras de pneumococo, sendo 72% destas recrutadas em CP e 49% em CV) e 482 com pneumonia (50% de portadoras) (p=0,002). De 441 isolados com CIM determinadas, 198 (45%) apresentavam resistência intermediária, e 16 (4%) apresentavam resistência plena à penicilina. As taxas de resistência dos pneumococos isolados de portadores sadios e com pneumonia, respectivamente, foram: penicilina 48% (CV 37% e CP 55%) e 50% (p>0,05); eritromicina: 28% e 19% (p=0,05); cotrimoxazol 81% e 76% (p>0,05); cloranfenicol 6% e 7% (p>0,05), rifampicina 5% e 3% (p>0,05), ceftriaxone 2 e 4% (p>0,05) e vancomicina 0%, para ambos grupos. Foi constatada associação entre as resistências do pneumococo à penicilina, eritromicina e ao cotrimoxazol. Conclusões: a taxa de portador de pneumococos foi maior em crianças sadias do que naquelas com pneumonia. As resistências dos pneumococos à penicilina e ao cotrimoxazol foram elevadas, sobretudo entre os usuários de creches públicas.Sociedade Brasileira de Pediatria2002-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000200008Jornal de Pediatria v.78 n.2 2002reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.1590/S0021-75572002000200008info:eu-repo/semantics/openAccessRey,Luís C.Wolf,BartMoreira,J. Luciano B.Verhoef,JanFarhat,Calil K.por2002-11-26T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572002000200008Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2002-11-26T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false
dc.title.none.fl_str_mv S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
title S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
spellingShingle S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
Rey,Luís C.
Streptococcus pneumoniae
resistência aos antibióticos
infecção respiratória aguda
pneumonia
title_short S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
title_full S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
title_fullStr S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
title_full_unstemmed S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
title_sort S. pneumoniae isolados da nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia: taxa de colonização e suscetibilidade aos antimicrobianos
author Rey,Luís C.
author_facet Rey,Luís C.
Wolf,Bart
Moreira,J. Luciano B.
Verhoef,Jan
Farhat,Calil K.
author_role author
author2 Wolf,Bart
Moreira,J. Luciano B.
Verhoef,Jan
Farhat,Calil K.
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rey,Luís C.
Wolf,Bart
Moreira,J. Luciano B.
Verhoef,Jan
Farhat,Calil K.
dc.subject.por.fl_str_mv Streptococcus pneumoniae
resistência aos antibióticos
infecção respiratória aguda
pneumonia
topic Streptococcus pneumoniae
resistência aos antibióticos
infecção respiratória aguda
pneumonia
description Objetivos: comparar as taxas de colonização e a resistência antimicrobiana de pneumococos em nasofaringe de crianças sadias e com pneumonia. Métodos: estudo de tipo transversal. As crianças sadias foram recrutadas em centros de vacinação (CV) e creches públicas (CP), selecionados aleatoriamente, e aquelas com pneumonia em emergências pediátricas. Foram utilizados swabs flexíveis de alginato para a colheita do material de nasofaringe. O isolamento e a identificação dos pneumococos seguiram procedimentos padronizados. As concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas por microdiluição em placas. Resultados: foram estudadas 911 crianças, 429 sadias (60% portadoras de pneumococo, sendo 72% destas recrutadas em CP e 49% em CV) e 482 com pneumonia (50% de portadoras) (p=0,002). De 441 isolados com CIM determinadas, 198 (45%) apresentavam resistência intermediária, e 16 (4%) apresentavam resistência plena à penicilina. As taxas de resistência dos pneumococos isolados de portadores sadios e com pneumonia, respectivamente, foram: penicilina 48% (CV 37% e CP 55%) e 50% (p>0,05); eritromicina: 28% e 19% (p=0,05); cotrimoxazol 81% e 76% (p>0,05); cloranfenicol 6% e 7% (p>0,05), rifampicina 5% e 3% (p>0,05), ceftriaxone 2 e 4% (p>0,05) e vancomicina 0%, para ambos grupos. Foi constatada associação entre as resistências do pneumococo à penicilina, eritromicina e ao cotrimoxazol. Conclusões: a taxa de portador de pneumococos foi maior em crianças sadias do que naquelas com pneumonia. As resistências dos pneumococos à penicilina e ao cotrimoxazol foram elevadas, sobretudo entre os usuários de creches públicas.
publishDate 2002
dc.date.none.fl_str_mv 2002-04-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000200008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000200008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0021-75572002000200008
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Brasileira de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv Jornal de Pediatria v.78 n.2 2002
reponame:Jornal de Pediatria (Online)
instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron:SBPE
instname_str Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
instacron_str SBPE
institution SBPE
reponame_str Jornal de Pediatria (Online)
collection Jornal de Pediatria (Online)
repository.name.fl_str_mv Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
repository.mail.fl_str_mv ||jped@jped.com.br
_version_ 1752122314259955712