Capacidade de enraizamento de estacas de Maytenus muelleri Schwacke com a aplicação de ácido indol butírico relacionada aos aspectos anatômicos
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722011000400008 |
Resumo: | A espinheira-santa (Maytenus muelleri - Celastraceae) é a planta medicinal nativa do Sul do Brasil, cujas folhas são tradicionalmente utilizadas pela medicina popular para o tratamento de úlceras e outros problemas gástricos. Existem poucos trabalhos publicados sobre a produção de mudas e técnicas de propagação vegetativa da espécie. A propagação de espinheira-santa por estaquia poderia ser um método eficiente para obtenção de material homogêneo, com características genéticas desejáveis, produzido a partir de plantas matrizes selecionadas. O presente trabalho teve por objetivo estudar os efeitos da aplicação de ácido indol butírico (AIB), em solução e em pó, no enraizamento de estacas de espinheira-santa coletadas nas quatro estações do ano (abril/2005 a janeiro/2006), bem como averiguar, por meio de análises anatômicas e histoquímicas das estacas, a presença de possíveis impedimentos à iniciação do enraizamento adventício. Estacas provenientes de ramos de plantas matrizes de seis anos cultivadas da Estação Experimental do Canguiri, Pinhais, PR, foram coletadas e tratadas com AIB (0, 1500, 3000 mg L-1 ou mg kg-1), em solução alcoólica (50% v/v) e em talco. Aos 365 dias foram avaliadas as porcentagens de estacas enraizadas e mortas, número e comprimento médio de raízes formadas por estaca. Análises anatômicas e histoquímicas com lugol e cloreto férrico foram realizadas. A estação mais promissora para o enraizamento foi o verão/2006 com 62,50% para o tratamento controle, devido à menor lignficação dos ramos no período de intenso crescimento vegetativo. O número médio de raízes formadas por estaca foi de 6,94 (solução) e o comprimento médio de raízes formadas/estaca chegou a 4,82 cm nesta mesma estação. As concentrações de AIB aplicadas não foram eficientes na indução radicial, independentemente do modo de aplicação. Foi detectada a presença de uma camada quase contínua de fibras e braquiesclereídes, a qual constitui barreira anatômica à indução radicial. Os testes histoquímicos revelaram a presença de amido e de compostos fenólicos nas estacas, em todas as estações do ano. A dificuldade ou demora no enraizamento não pode ser justificada pela falta de reservas de amido nos tecidos das estacas, mas pode ser justificada pela presença de compostos fenólicos, possivelmente do grupo dos monofenóis, que causam a degradação do AIA, interferindo negativamente na indução do enraizamento. |
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A espinheira-santa (Maytenus muelleri - Celastraceae) é a planta medicinal nativa do Sul do Brasil, cujas folhas são tradicionalmente utilizadas pela medicina popular para o tratamento de úlceras e outros problemas gástricos. Existem poucos trabalhos publicados sobre a produção de mudas e técnicas de propagação vegetativa da espécie. A propagação de espinheira-santa por estaquia poderia ser um método eficiente para obtenção de material homogêneo, com características genéticas desejáveis, produzido a partir de plantas matrizes selecionadas. O presente trabalho teve por objetivo estudar os efeitos da aplicação de ácido indol butírico (AIB), em solução e em pó, no enraizamento de estacas de espinheira-santa coletadas nas quatro estações do ano (abril/2005 a janeiro/2006), bem como averiguar, por meio de análises anatômicas e histoquímicas das estacas, a presença de possíveis impedimentos à iniciação do enraizamento adventício. Estacas provenientes de ramos de plantas matrizes de seis anos cultivadas da Estação Experimental do Canguiri, Pinhais, PR, foram coletadas e tratadas com AIB (0, 1500, 3000 mg L-1 ou mg kg-1), em solução alcoólica (50% v/v) e em talco. Aos 365 dias foram avaliadas as porcentagens de estacas enraizadas e mortas, número e comprimento médio de raízes formadas por estaca. Análises anatômicas e histoquímicas com lugol e cloreto férrico foram realizadas. A estação mais promissora para o enraizamento foi o verão/2006 com 62,50% para o tratamento controle, devido à menor lignficação dos ramos no período de intenso crescimento vegetativo. O número médio de raízes formadas por estaca foi de 6,94 (solução) e o comprimento médio de raízes formadas/estaca chegou a 4,82 cm nesta mesma estação. As concentrações de AIB aplicadas não foram eficientes na indução radicial, independentemente do modo de aplicação. Foi detectada a presença de uma camada quase contínua de fibras e braquiesclereídes, a qual constitui barreira anatômica à indução radicial. Os testes histoquímicos revelaram a presença de amido e de compostos fenólicos nas estacas, em todas as estações do ano. A dificuldade ou demora no enraizamento não pode ser justificada pela falta de reservas de amido nos tecidos das estacas, mas pode ser justificada pela presença de compostos fenólicos, possivelmente do grupo dos monofenóis, que causam a degradação do AIA, interferindo negativamente na indução do enraizamento. |
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