O extrativismo da fava d'anta (Dimorphandra mollis Benth.) na região do Norte de Minas Gerais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722012000200018 |
Resumo: | A exploração desenfreada dos ecossistemas tropicais, principalmente o Cerrado, tem provocado uma redução nos indivíduos de inúmeras espécies medicinais, levando prejuízos para toda a população. A falta de informações sobre o extrativismo tem dificultado o uso de estratégias eficazes de manejo e conservação das espécies do cerrado. A fava-d'anta é uma dessas espécies nativas que possuem potencial econômico, principalmente devido à rutina, que é usada na fabricação de fármacos e de cosméticos. O objetivo deste estudo foi analisar os aspectos da atividade de coleta da fava-d'anta pelos coletores e comerciantes. Realizou-se entrevista estruturada com 61 extrativistas, sendo 44 coletores e 17 comerciantes em oito municípios do Norte de Minas Gerais. Constatou-se que a maioria dos entrevistados são homens casados, analfabetos ou com a primeira etapa do ensino fundamental. A coleta da fava-d'anta, apesar de pouco rentável, é uma alternativa para os coletores, sendo a renda inferior à dos comerciantes que já estão nesta atividade de compra da fava-d'anta há mais de 10 anos. A faixa etária de adulto e adulto/idoso são as mais representativas. A época de maior produção ocorre entre os meses de abril a julho, a bienalidade da produção leva à mudança do local de extração. Observou-se o auxílio de toda a família na atividade. Utiliza-se como instrumento de coleta o podão, a foice, facões e outras ferramentas que danificam as árvores. A maior dificuldade para os coletores é a secagem e, para os comerciantes, a venda. O plantio ou a produção de mudas não tem sido prática habitual dos entrevistados. |
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