Diversidade de angiospermas e espécies medicinais de uma área de Cerrado
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de plantas medicinais (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000701016 |
Resumo: | RESUMO Este trabalho teve como objetivo conhecer a diversidade vegetal de uma área de Cerrado em Prudente de Morais, MG, bem como suas indicações medicinais. Foram feitas nove excursões à reserva da Fazenda Experimental Santa Rita da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (FESR/EPAMIG) (19°26’20”’ S e 44°09’15”’ W). O material vegetal coletado foi herborizado, identificado e incorporado ao acervo do Herbário PAMG/EPAMIG. O sistema de classificação utilizado foi o APG III. Após a identificação, realizou-se uma pesquisa bibliográfica buscando dados sobre a utilização medicinal das espécies. Coletaram-se 108 espécies pertencentes a 47 famílias. As famílias mais representativas foram: Fabaceae, com 16 espécies, Myrtaceae com sete espécies, Asteraceae e Rubiaceae com seis espécies cada, Malpighiaceae e Solanaceae com cinco espécies cada, Erythroxylaceae, Euphorbiaceae e Vochysiaceae, com quatro espécies cada, Anacardiaceae, Apocynaceae, Lamiaceae e Sapindaceae com três espécies cada, Annonaceae, Arecaceae, Bignoniaceae, Celastraceae e Primulaceae com duas espécies cada. Vinte e nove famílias foram monoespecíficas. Das 108 espécies, 39 são árvores (36%), 43 arbustos (40%), seis subarbustos (5,5%), 14 lianas (13%) e seis são ervas (5,5%). Sessenta e seis (61%) espécies pertencentes a 39 famílias (83%) são utilizadas popularmente, para o tratamento de alguma doença. As famílias com maior número de espécies medicinais foram: Fabaceae com oito espécies; Rubiaceae com cinco espécies e Solanaceae com quatro espécies. As espécies que apresentaram mais finalidades terapêuticas foram: Brosimum gaudichaudii Trécul (Moraceae), Caryocar brasiliense Cambess. (Caryocaraceae), Cochlospermum regium (Mart. ex Schrank) Pilg. (Bixaceae), Croton urucurana Bail. (Euphorbiaceae), Gomphrena officinalis Mart. (Amaranthaceae), Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne (Fabaceae), Lithrea molleoides (Vell.) Engl. (Anacardiaceae), Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) e Randia. armata (Sw.) DC. (Rubiaceae). As finalidades terapêuticas que apresentaram maior número de espécies foram: tônico (15 spp., 22,7%), afecções do aparelho respiratório (13 spp., 19,6%), afecções da pele (12 spp., 18%) e febres (12 spp., 18%). O conhecimento tradicional sobre as plantas medicinais do cerrado deve ser mais investigado para que seja preservado, valorizado, e para que medidas conservacionistas sejam tomadas evitando que essas plantas desapareçam antes que sua utilização tradicional seja corroborada pela ciência. |
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