Pneumonia associada à ventilação mecânica: impacto da multirresistência bacteriana na morbidade e mortalidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira,Paulo José Zimermann
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Hertz,Felipe Teixeira, Cruz,Dennis Baroni, Caraver,Fernanda, Hallal,Ronaldo Campos, Moreira,José da Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Jornal Brasileiro de Pneumologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132004000600009
Resumo: INTRODUÇÃO: A pneumonia associada à ventilação mecânica é a infecção hospitalar mais comum nas unidades de terapia intensiva. OBJETIVO: Determinar o impacto da multirresistência dos microorganismos na morbidade e mortalidade dos pacientes com pneumonia associada à ventilação mecânica. MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo. Em 40 meses consecutivos, 91 pacientes sob ventilação mecânica tiveram o diagnóstico de pneumonia. Os casos foram divididos entre causados por microorganismo multirresistente e causados por microorganismo sensível à antibioticoterapia. RESULTADOS: Pneumonia foi causada por microorganismo multirresistente em 75 casos (82,4%) e por microorganismo sensível 16 (17,6%) deles. As características clínicas e epidemiológicas não foram estatisticamente diferentes entre os grupos. O Staphylococcus aureus foi responsável por 27,5% dos episódios de pneumonia associada à ventilação mecânica e a Pseudomonas aeruginosa por 17,6%. A doença foi de início recente em 33 pacientes (36,3%) e de início tardio em 58 deles (63,7%). Os tempos de ventilação mecânica, de internação em unidade de terapia intensiva e de internação hospitalar total não diferiram. O tratamento empírico foi considerado inadequado em 42 pacientes com pneumonia por microorganismo multirresistente (56%) e em 4 com pneumonia por microorganismo sensível (25%) (p = 0,02). Óbito ocorreu em 46 pacientes com a pneumonia por microorganismo multirresistente (61,3%), e em 4 daqueles com pneumonia por microorganismo sensível (25%) (p = 0,008). CONCLUSÃO: A multirresistência bacteriana não determinou nenhum impacto na morbidade, mas esteve associada à maior mortalidade.
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