Comparação da acurácia de preditores de mortalidade na pneumonia associada à ventilação mecânica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Seligman, Renato
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Seligman, Beatriz Graeff Santos, Teixeira, Paulo Jose Zimermann
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/34362
Resumo: Objetivo: Níveis de procalcitonina, midregional pro-atrial natriuretic peptide (MR-proANP, pró-peptídeo natriurético atrial midregional),, C-terminal provasopressin (copeptina), proteína C reativa (CRP) e escore do Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) são associados a gravidade e descritos como preditores de desfechos na pneumonia associada a ventilação mecânica (PAVM). Este estudo procurou comparar o valor preditivo de mortalidade desses biomarcadores na PAVM. Métodos: Estudo observacional com 71 pacientes com PAVM. Níveis de procalcitonina, MR-proANP, copeptina e PCR, bem como escore de SOFA foram obtidos no dia do diagnóstico de PAVM, designado dia zero (D0), e no quarto dia de tratamento (D4) Os pacientes receberam tratamento antimicrobiano empírico, com modificações baseadas nos resultados de cultura. Os pacientes que morreram antes de D28 foram classificados como não sobreviventes. Resultados: Dos 71 pacientes, 45 sobreviveram. Dos 45 sobreviventes, 35 (77,8%) receberam tratamento antimicrobiano adequado, comparados com 18 (69,2%) dos 26 não sobreviventes (p = 0,57). Os sobreviventes apresentaram valores significativamente mais baixos em todos os biomarcadores estudados, inclusive no escore de SOFA (exceto PCR) em D0 e D4. Em D0 e D4, a área sob a curva ROC foi maior para procalcitonina. Em D0, MR-proANP teve a maior razão de verossimilhança positiva (2,71) e valor preditivo positivo (0,60), mas a procalcitonina apresentou o maior valor preditivo negativo (0,87). Em D4, a procalcitonina apresentou a maior razão de verossimilhança positiva (3,46), o maior valor preditivo positivo (0,66) e o maior valor preditivo negativo (0,93). Conclusões: Os biomarcadores procalcitonina, MR-proANP e copeptina podem predizer mortalidade na PAVM, assim como o escore de SOFA. A procalcitonina tem o maior poder preditivo de mortalidade na PAVM.
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Os pacientes que morreram antes de D28 foram classificados como não sobreviventes. Resultados: Dos 71 pacientes, 45 sobreviveram. Dos 45 sobreviventes, 35 (77,8%) receberam tratamento antimicrobiano adequado, comparados com 18 (69,2%) dos 26 não sobreviventes (p = 0,57). Os sobreviventes apresentaram valores significativamente mais baixos em todos os biomarcadores estudados, inclusive no escore de SOFA (exceto PCR) em D0 e D4. Em D0 e D4, a área sob a curva ROC foi maior para procalcitonina. Em D0, MR-proANP teve a maior razão de verossimilhança positiva (2,71) e valor preditivo positivo (0,60), mas a procalcitonina apresentou o maior valor preditivo negativo (0,87). Em D4, a procalcitonina apresentou a maior razão de verossimilhança positiva (3,46), o maior valor preditivo positivo (0,66) e o maior valor preditivo negativo (0,93). Conclusões: Os biomarcadores procalcitonina, MR-proANP e copeptina podem predizer mortalidade na PAVM, assim como o escore de SOFA. A procalcitonina tem o maior poder preditivo de mortalidade na PAVM.Objective: Levels of procalcitonin, midregional pro-atrial natriuretic peptide (MR-proANP), C-terminal provasopressin (copeptin), and C-reactive protein (CRP), as well as Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) scores, are associated with severity and described as predictors of outcome in ventilator-associated pneumonia (VAP). This study sought to compare the predictive value of these biomarkers for mortality in VAP. Methods: An observational study of 71 patients with VAP. Levels of procalcitonin, MR-proANP, copeptin, and CRP, together with SOFA scores, were determined at VAP onset, designated day 0 (D0), and on day 4 of treatment (D4). Patients received empirical antimicrobial therapy, with modifications based on culture results. Patients who died before D28 were classified as nonsurvivors. Results: Of the 71 patients evaluated, 45 were classified as survivors. Of the 45 survivors, 35 (77.8%) received appropriate antimicrobial therapy, compared with 18 (69.2%) of the 26 nonsurvivors (p = 0.57). On D0 and D4, the levels of all biomarkers (except CRP), as well as SOFA scores, were lower in eventual survivors than in eventual nonsurvivors. For D0 and D4, the area under the ROC curve was largest for procalcitonin. On D0, MR-proANP had the highest positive likelihood ratio (2.71) and positive predictive value (0.60), but procalcitonin had the highest negative predictive value (0.87). On D4, procalcitonin had the highest positive likelihood ratio (3.46), the highest positive predictive value (0.66), and the highest negative predictive value (0.93). Conclusions: The biomarkers procalcitonin, MR-proANP, and copeptin can predict mortality in VAP, as can the SOFA score. Procalcitonin alone has the greatest predictive power for such mortality.application/pdfapplication/pdfporJornal brasileiro de pneumologia. Brasilia. Vol. 37, n. 4 (jul./ago. 2011), p. 495-503PneumoniaRespiração artificialMortalidadePneumoniaVentilator-associated/mortalityBiological markers/analysisHealth status indicatorsComparação da acurácia de preditores de mortalidade na pneumonia associada à ventilação mecânicaComparing the accuracy of predictors of mortality in ventilator-associated pneumonia info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000786875-02.pdf.txt000786875-02.pdf.txtExtracted Texttext/plain38355http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/3/000786875-02.pdf.txt50a050cf14e894d79d4a71829c07e692MD53000786875.pdf.txt000786875.pdf.txtExtracted Texttext/plain40656http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/4/000786875.pdf.txt54dbb5f32372dafd87771a31b0281d02MD54ORIGINAL000786875.pdf000786875.pdfTexto completoapplication/pdf313834http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/1/000786875.pdf488628e8aa99de1b1e9c7105713944b5MD51000786875-02.pdf000786875-02.pdfTexto completo (inglês)application/pdf316449http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/2/000786875-02.pdf5eb81f769a2b765b69bf512ab7a0bf97MD52THUMBNAIL000786875.pdf.jpg000786875.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1933http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/5/000786875.pdf.jpgf151ed9256ff73aaf153bada12522788MD55000786875-02.pdf.jpg000786875-02.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1973http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/34362/6/000786875-02.pdf.jpg2c7bf74be116ab83fc457fff1f63eaeeMD5610183/343622018-10-11 09:01:10.588oai:www.lume.ufrgs.br:10183/34362Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-11T12:01:10Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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