Estudo comparativo entre a síndrome antifosfolípide primária e a secundária: características clínico-laboratoriais em 149 pacientes
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042008000600005 |
Resumo: | OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo analisar as características clínicas, laboratoriais e imunológicas dos pacientes com síndrome antifosfolípide (SAF) e comparar indivíduos portadores da síndrome primária com portadores da secundária. PACIENTES E MÉTODOS: Foi analisado o banco de dados de 149 pacientes com SAF do Serviço de Reumatologia do HC-FMUSP que satisfaziam os critérios de classificação para SAF. RESULTADOS: A amostra consistiu de 140 (94%) mulheres e 9 (6%) homens, com média de idade de 39,7 ± 11,6 anos. A SAF primária perfez o total de 50 (33,8%) pacientes. As tromboses arteriais foram mais significativamente freqüentes no grupo de SAF primária em relação à secundária (56% versus 35,7%, p = 0,02), mais especificamente a presença da síndrome de Sneddon (8% versus 0, p = 0,012) e isquemia de extremidades (18% versus 5%, p = 0,017). Com exceção de catarata, que foi mais freqüente no grupo associado ao LES (10% versus 0, p = 0,017), não se observou diferenças significativas em relação às outras comorbidades. Em relação aos auto-anticorpos, o grupo de SAF secundária apresentou significativamente maior prevalência de FAN (99% versus 60%, p < 0,0001), anti-ENA (45,9% versus 22%, p = 0,007) e anti-Ro/SS-A (43% versus 8%, p < 0,0001). Com exceção da anticardiolipina IgG que foi mais freqüentemente observada no grupo de SAF secundária (84,7% versus 60%, p = 0,0018), os outros anticorpos antifosfolípides (anticardiolipina IgM e anticoagulante lúpico) não diferiram entre os grupos. CONCLUSÕES: O presente estudo identificou população de SAF primária que apresenta maior freqüência de fenômenos trombóticos arteriais, mais especificamente a síndrome de Sneddon e isquemia de extremidades, em relação aos pacientes com SAF secundária. Reforçou, também, o papel de auto-anticorpos na identificação de subgrupos de SAF associada ao LES. |
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