Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000400325 |
Resumo: | RESUMO Objetivo A artrite gostosa e a febre familiar do Mediterrâneo (FFM) compartilham algumas características clínicas e patológicas, como ser classificada como uma doença autoimune inflamatória, ter associação com o inflamassoma, manifestar artrite intermitente de curta duração e boa resposta a tratamentos com colchicina e anti-interleucina-1. Como o gene da febre familiar do Mediterrâneo (MEFV) é o fator causador da FFM, este estudo teve como objetivo investigar a prevalência de mutações do gene MEFV e seu efeito sobre as manifestações da doença em pacientes turcos com artrite gotosa. Métodos Foram incluídos no estudo 97 pacientes com diagnóstico de artrite gotosa primária (93 M e 4 F; 54 [37-84] anos) e 100 controles saudáveis (94 M e 6 F; 57 [37-86] anos). Todos os indivíduos foram submetidos à análise do genótipo à procura de variações no MEFV. Também foi registrado o número de crises de gota, o uso de diuréticos e a história de nefrolitíase e presença de tofos. Resultados A frequência de portadores de mutações no MEFV em pacientes e controles foi de 22,7% (n = 22) e 24% (n = 24), respectivamente. A comparação entre os pacientes e os controles não produziu diferença estatisticamente significativa em termos de frequência de portadores de mutações no MEFV (p = 0,87). As frequências alélicas de mutações no MEFV nos pacientes foram de 11,9% (n = 23) e 14% (n = 28) nos controles (p = 0,55). A presença de variantes do MEFV não mostrou qualquer associação com as características clínicas da artrite gotosa. A análise por subgrupos de pacientes revelou que aqueles com artrite gotosa com mutações tinham frequências semelhantes de tofo, história de nefrolitíase e podogra em comparação com os indivíduos sem mutações (p > 0,05). Conclusões As mutações no gene MEFV não exercem um papel relevante em pacientes turcos com artrite gotosa. |
id |
SBR-1_66eb26b18b5ea8d88eece67bfae8bf6e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0482-50042015000400325 |
network_acronym_str |
SBR-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo?Artrite gotosaProteína MEFVFebre familiar do MediterrâneoRESUMO Objetivo A artrite gostosa e a febre familiar do Mediterrâneo (FFM) compartilham algumas características clínicas e patológicas, como ser classificada como uma doença autoimune inflamatória, ter associação com o inflamassoma, manifestar artrite intermitente de curta duração e boa resposta a tratamentos com colchicina e anti-interleucina-1. Como o gene da febre familiar do Mediterrâneo (MEFV) é o fator causador da FFM, este estudo teve como objetivo investigar a prevalência de mutações do gene MEFV e seu efeito sobre as manifestações da doença em pacientes turcos com artrite gotosa. Métodos Foram incluídos no estudo 97 pacientes com diagnóstico de artrite gotosa primária (93 M e 4 F; 54 [37-84] anos) e 100 controles saudáveis (94 M e 6 F; 57 [37-86] anos). Todos os indivíduos foram submetidos à análise do genótipo à procura de variações no MEFV. Também foi registrado o número de crises de gota, o uso de diuréticos e a história de nefrolitíase e presença de tofos. Resultados A frequência de portadores de mutações no MEFV em pacientes e controles foi de 22,7% (n = 22) e 24% (n = 24), respectivamente. A comparação entre os pacientes e os controles não produziu diferença estatisticamente significativa em termos de frequência de portadores de mutações no MEFV (p = 0,87). As frequências alélicas de mutações no MEFV nos pacientes foram de 11,9% (n = 23) e 14% (n = 28) nos controles (p = 0,55). A presença de variantes do MEFV não mostrou qualquer associação com as características clínicas da artrite gotosa. A análise por subgrupos de pacientes revelou que aqueles com artrite gotosa com mutações tinham frequências semelhantes de tofo, história de nefrolitíase e podogra em comparação com os indivíduos sem mutações (p > 0,05). Conclusões As mutações no gene MEFV não exercem um papel relevante em pacientes turcos com artrite gotosa.Sociedade Brasileira de Reumatologia2015-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000400325Revista Brasileira de Reumatologia v.55 n.4 2015reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)instacron:SBR10.1016/j.rbr.2014.10.008info:eu-repo/semantics/openAccessSari,IsmailSimsek,IsmailTunca,YusufKisacik,BunyaminErdem,HakanPay,SalihCay,Hasan FatihGul,DavutDinc,Ayhanpor2016-08-25T00:00:00Zoai:scielo:S0482-50042015000400325Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0482-5004&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbre@terra.com.br1809-45700482-5004opendoar:2016-08-25T00:00Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
title |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
spellingShingle |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? Sari,Ismail Artrite gotosa Proteína MEFV Febre familiar do Mediterrâneo |
title_short |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
title_full |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
title_fullStr |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
title_full_unstemmed |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
title_sort |
Existe uma relação entre a artrite gotosa e as mutações genéticas da febre familiar do Mediterrâneo? |
author |
Sari,Ismail |
author_facet |
Sari,Ismail Simsek,Ismail Tunca,Yusuf Kisacik,Bunyamin Erdem,Hakan Pay,Salih Cay,Hasan Fatih Gul,Davut Dinc,Ayhan |
author_role |
author |
author2 |
Simsek,Ismail Tunca,Yusuf Kisacik,Bunyamin Erdem,Hakan Pay,Salih Cay,Hasan Fatih Gul,Davut Dinc,Ayhan |
author2_role |
author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Sari,Ismail Simsek,Ismail Tunca,Yusuf Kisacik,Bunyamin Erdem,Hakan Pay,Salih Cay,Hasan Fatih Gul,Davut Dinc,Ayhan |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Artrite gotosa Proteína MEFV Febre familiar do Mediterrâneo |
topic |
Artrite gotosa Proteína MEFV Febre familiar do Mediterrâneo |
description |
RESUMO Objetivo A artrite gostosa e a febre familiar do Mediterrâneo (FFM) compartilham algumas características clínicas e patológicas, como ser classificada como uma doença autoimune inflamatória, ter associação com o inflamassoma, manifestar artrite intermitente de curta duração e boa resposta a tratamentos com colchicina e anti-interleucina-1. Como o gene da febre familiar do Mediterrâneo (MEFV) é o fator causador da FFM, este estudo teve como objetivo investigar a prevalência de mutações do gene MEFV e seu efeito sobre as manifestações da doença em pacientes turcos com artrite gotosa. Métodos Foram incluídos no estudo 97 pacientes com diagnóstico de artrite gotosa primária (93 M e 4 F; 54 [37-84] anos) e 100 controles saudáveis (94 M e 6 F; 57 [37-86] anos). Todos os indivíduos foram submetidos à análise do genótipo à procura de variações no MEFV. Também foi registrado o número de crises de gota, o uso de diuréticos e a história de nefrolitíase e presença de tofos. Resultados A frequência de portadores de mutações no MEFV em pacientes e controles foi de 22,7% (n = 22) e 24% (n = 24), respectivamente. A comparação entre os pacientes e os controles não produziu diferença estatisticamente significativa em termos de frequência de portadores de mutações no MEFV (p = 0,87). As frequências alélicas de mutações no MEFV nos pacientes foram de 11,9% (n = 23) e 14% (n = 28) nos controles (p = 0,55). A presença de variantes do MEFV não mostrou qualquer associação com as características clínicas da artrite gotosa. A análise por subgrupos de pacientes revelou que aqueles com artrite gotosa com mutações tinham frequências semelhantes de tofo, história de nefrolitíase e podogra em comparação com os indivíduos sem mutações (p > 0,05). Conclusões As mutações no gene MEFV não exercem um papel relevante em pacientes turcos com artrite gotosa. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000400325 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042015000400325 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1016/j.rbr.2014.10.008 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Reumatologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Reumatologia |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Reumatologia v.55 n.4 2015 reponame:Revista Brasileira de Reumatologia (Online) instname:Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) instacron:SBR |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) |
instacron_str |
SBR |
institution |
SBR |
reponame_str |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Reumatologia (Online) - Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbre@terra.com.br |
_version_ |
1750318051015786496 |