Percepção de estresse e sintomas depressivos: funcionalidade e impacto na qualidade de vida em mulheres com fibromialgia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Homann,Diogo
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Stefanello,Joice Mara Facco, Góes,Suelen Meira, Breda,Chris Andreissy, Paiva,Eduardo dos Santos, Leite,Neiva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042012000300003
Resumo: INTRODUÇÃO: A depressão está entre as comorbidades psiquiátricas mais frequentes em pacientes com fibromialgia (FM), e o estresse crônico pode ser um dos eventos desencadeadores dos sintomas característicos da FM. OBJETIVOS: Comparar os sintomas depressivos e a percepção de estresse entre pacientes com FM e controles saudáveis e investigar relações entre essas características e a funcionalidade e o impacto na qualidade de vida no grupo de pacientes. MÉTODOS: Participaram do estudo 20 mulheres diagnosticadas com FM e 20 sem o diagnóstico da doença. Foram aplicados os seguintes questionários: Inventário de Depressão de Beck, Escala de Percepção de Estresse-10, Health Assessment Questionnaire, Fibromyalgia Impact Questionnaire e Escala Visual Analógica de dor (0-10 cm). RESULTADOS: Mulheres com FM apresentaram maior intensidade dos sintomas depressivos (24,10 ± 11,68) e maior percepção de estresse (25,10 ± 4,82) em comparação às controles (10,20 ± 12,78, P < 0,01 e 15,45 ± 7,29, P < 0,01, respectivamente). Verificou-se maior incidência dos sintomas depressivos no grupo de pacientes (75%), em comparação ao grupo-controle (25%) (c² = 10,00;P < 0,01). No grupo de pacientes, os sintomas depressivos correlacionaram-se com maior percepção de estresse (r = 0,54;P < 0,05), dor (r = 0,58;P < 0,01), comprometimento da funcionalidade (r = 0,56;P < 0,05) e impacto na qualidade de vida (r = 0,46;P < 0,05). Nesse grupo também houve correlação entre maior percepção de estresse e comprometimento da funcionalidade (r = 0,50;P < 0,05). Não houve relação entre dor e percepção de estresse. CONCLUSÃO: A relação entre estresse, depressão e funcionalidade parece fazer parte de um complexo mecanismo que pode interferir na qualidade de vida de pacientes com FM.
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