Aspectos clínicos e terapêuticos da osteomielite vertebral por fungos: análise secundária de dados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Figueiredo,Giovannini Cesar
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Figueiredo,Evânia Claudino Queiroga de, Tavares-Neto,José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042007000100007
Resumo: OBJETIVO: avaliar os dados bibliométricos e as manifestações clínico-terapêuticas da osteomielite vertebral por fungos, retirados dos relatos de casos publicados e disponíveis nos bancos de dados eletrônicos. MÉTODO: revisão sistemática, com análise secundária de dados, considerando os casos comprovados, do banco de dados Medline, Embase e Lilacs, e da busca ativa das referências, entre 1966 e 2004. RESULTADOS: houve a tendência de crescimento de publicações de casos de osteomielite vertebral por fungos no período (R² = 0,5518), com a maioria ocorrendo após 1990 (218/318 [68,5%]). Os relatos provenientes da América do Norte predominaram (148/318 [46,5%]). O agente etiológico mais comum foi Candida sp (131/318 [41,2%]), seguido de Aspergillus sp (102/318 [32,1%]). O tempo compreendido entre o aparecimento dos sintomas e o diagnóstico variou de uma semana a 9,6 anos, com média de 24,4 ± 41,6 semanas. A coluna lombo-sacra foi o segmento mais afetado (188/318 [59,1%]), sendo a coluna cervical acometida em apenas 24/318 (7,5%) descrições. O evento infeccioso ocorreu com mais freqüência na combinação L2 + L3 (35/318 [11%]), sendo L2 e L3 as vértebras mais lesionadas (84/318 [26,4%], cada uma). O tratamento cirúrgico foi realizado em 194/307 (63,2%) casos com clara notificação, dos quais a artrodese foi necessária em 91/307 (29,6%). Foi observada uma tendência da utilização de compostos azólicos, em substituição à anfotericina B, no tratamento da infecção, entre os períodos de 1966-1989 (10/37) e 1990-2004 (40/63). CONCLUSÃO: a osteomielite vertebral por fungos é um evento mais freqüentemente publicado após 1990, sendo necessária a máxima atenção para que o seu diagnóstico não passe despercebido tanto tempo, por falta de uma solicitação de pesquisa micológica rotineira ao serviço de microbiologia geral.
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