Estudo da macrovasculatura por ultra-sonografia Doppler na esclerose sistêmica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Godoi,Emmanuelle Tenório Albuquerque Madruga
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Barbosa,Alexandre Domingues, Godoi,Juannicelle Tenório Albuquerque Madruga, Ramos,Mariana Atanásio Morais, Godoi,Jocelene Tenório Albuquerque Madruga, Marques,Sílvio Romero de Barros, Duarte,Ângela Luzia Branco Pinto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Reumatologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042008000200004
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a ocorrência e a distribuição das alterações macrovasculares em uma população com esclerose sistêmica (ES) por meio da ultra-sonografia Doppler (USG Doppler) e do índice tornozelo-braço (ITB). Foi investigada a associação destes achados com as características demográficas e clínicas dos pacientes, bem como fatores de risco e antecedentes da doença ateromatosa. MÉTODOS: Estudo prospectivo, tipo série de casos, constituído de 20 pacientes, sendo 19 do sexo feminino, com idade média de 46,30 anos. A forma clínica difusa esteve presente em 85% dos pacientes. Todos tinham fenômeno de Raynaud (FR), 55% apresentaram alteração de polpas digitais, 15% úlcera atual de membros e 25% reabsorção de falange. Não houve amputação e 70% apresentaram de um a quatro fatores de risco de aterosclerose. A aorta, as carótidas, bem como as artérias dos membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) foram estudadas por USG Doppler para a avaliação de espessamento do complexo íntima-medial (CIM), presença de placas e aneurismas. Nas artérias dos MMII, foi também realizado o ITB. RESULTADOS: O ITB foi normal em todos os pacientes, entretanto 12 (60%) destes apresentaram doença macrovascular (DMV), sendo 9 (45%) na aorta, 7 (35%) nos MMII, 6 (30%) nas carótidas e 1 (5%) nas artérias dos MMSS. Observou-se associação entre DMV e alterações de polpas digitais (p = 0,0045). CONCLUSÕES: A USG Doppler identificou DMV em 60% dos pacientes com ES. Nenhum paciente apresentou ITB anormal. Verificou-se associação significante da DMV com as alterações atuais de polpas digitais. As alterações macrovasculares encontradas não estão necessariamente associadas à esclerose sistêmica e podem decorrer do processo aterosclerótico.
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